ARTIGO: Reforma tributária poderá aumentar as desigualdades e onerar ainda mais os pobres

ARTIGO: Reforma tributária poderá aumentar as desigualdades e onerar ainda mais os pobres - artigosImagem de Сергей Игнацевич por Pixabay

Por Ives Gandra da Silva Martins – Tributarista. 

Para contextualizar suas preocupações com a atual proposta de reforma tributária em tramitação no Senado Federal, o Professor Ives Gandra da Silva Martins ressalta alguns riscos que essa reforma traz: “Não é obsessão, como alguns têm colocado, voltar repetidas vezes às minhas preocupações com a reforma tributária.

Quando vejo economistas do porte de José Serra, Everardo Maciel, que foi secretário da Receita Federal, e professores como Paulo de Barros Carvalho, Roque Carrazza, Humberto Ávila, Marcos Cintra, enfim, economistas e professores do mais alto nível no campo do direito tributário, todos conhecedores profundos do tema, também preocupados com a proposta que ora tramita no Senado Federal, estou convencido de que não é uma obsessão voltar a falar sobre as minhas preocupações com a reforma tributária.

Aqueles que viveram e que conhecem o direito tributário sabem perfeitamente os riscos que essa reforma traz; se for aprovada sem alterações. Alerto aqui para apenas alguns desses riscos e para o que deverá acontecer com a proposta no Senado: (mais…)

Como desenvolver a inteligência emocional? Veja 6 dicas

Como desenvolver a inteligência emocional? Veja 6 dicas - artigosImage by Gerd Altmann from Pixabay

Por Paula Moraes/ Redatora Freelancer.

Desenvolver a inteligência emocional é fundamental para lidar de forma saudável com as próprias emoções e as emoções dos outros. Ter essa habilidade contribui para a construção de relacionamentos interpessoais mais saudáveis, aumento da autoconfiança e uma melhor gestão das situações estressantes. Neste artigo, vamos explorar o que é inteligência emocional e por que é importante desenvolvê-la. Além disso, apresentaremos seis dicas práticas para aprimorar essa habilidade essencial. Vamos lá?

O que é e por que desenvolver a inteligência emocional

A inteligência emocional é a capacidade de identificar, compreender e gerenciar as emoções, tanto as suas quanto as dos outros. Envolve a habilidade de reconhecer sentimentos, controlar impulsos, lidar com o estresse e se relacionar de maneira empática e eficaz. Desenvolver a inteligência emocional traz inúmeros benefícios.

Pessoas com alta inteligência emocional tendem a ter relacionamentos mais saudáveis. Comunicam-se melhor, possuem maior capacidade de resolver conflitos e são mais resilientes diante de situações desafiadoras. Além disso, a inteligência emocional está associada ao bem-estar mental e físico, contribuindo para uma vida mais equilibrada e satisfatória. (mais…)

Psicóloga alerta sobre a palmada durante a infância e os efeitos neuropsicológicos

Psicóloga alerta sobre a palmada durante a infância e os efeitos neuropsicológicos - artigosFoto: Divulgação

Por Bianca Reis – psicóloga e psicoterapeuta.

‘Apanhei e não morri’. Frequentemente ouvimos essa afirmação, consideramos uma expressão normal e naturalizamos o modelo educacional com punições físicas.

Em pleno século XXI, ainda não conseguimos compreender que punições físicas como a palmada são prejudiciais ao desenvolvimento e bem-estar das nossas crianças. Os especialistas apontam que além desse tipo de punição criar uma barreira entre a criança e os pais, ou o adulto responsável pela sua educação, a punição física desenvolve alguns traumas e medos desenvolvidos ao longo da vida.

De acordo com a psicóloga e psicoterapeuta Bianca Reis, bater em uma criança não é escolha, nem uma opção ou um estilo de modelo educacional. “Ainda é muito comum percebermos que as famílias continuam se valendo da punição física, como forma de educar uma criança e manter o respeito, porém isso é uma ilusão, pois o que é construído é o medo além de distorções cognitivas e emocionais”, afirma a especialista.

Em adição, mesmo existindo leis e projetos de lei, como o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que reconheçam esse tipo de prática como um crime a problemática não é “sanada” e a psicóloga explica o motivo. (mais…)

Casos de infarto aumentam no Brasil, especialmente no inverno

Casos de infarto aumentam no Brasil, especialmente no inverno - artigosFoto: Divulgação

Por Sérgio Câmara – hemodinamicista.

O infarto agudo do miocárdio, conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando há a obstrução de uma ou mais artérias coronárias que irrigam o coração. Dados recentes do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) revelaram que, entre 2008 e 2022, o número de internações por essa doença aumentou 150% no Brasil. Entre os fatores que aumentam os riscos, além da idade avançada, hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, tabagismo e obesidade, destacam-se o frio – no inverno, as ocorrências são mais frequentes – e, mais recentemente, as infecções causadas pela Covid-19.

Até setembro, quando a estação mais fria do ano dá lugar à primavera, o número de ocorrências de infarto deve aumentar, assim como a frequência de realização de cateterismo cardíaco, “exame padrão-ouro que revela a causa do infarto e, eventualmente, evolui com a angioplastia, procedimento que restabelece o fluxo da artéria coronária quando há obstruções”, explicou o cardiologista intervencionista Sérgio Câmara.  É a partir do estudo das coronárias feito no cateterismo que também se indica a cirurgia de revascularização miocárdica em alguns poucos casos.

Em 2022, segundo o INC, o número de infartos no inverno foi 27,8% maior em mulheres e 27,4% maior em homens na comparação com o verão. No frio, na tentativa de manter a temperatura do corpo, os vasos sanguíneos se contraem e diminuem de diâmetro (vasoconstrição), situação que pode levar ao infarto e piorar a hipertensão em pacientes com predisposição. (mais…)

ARTIGO – O dilema do pensamento positivo

ARTIGO - O dilema do pensamento positivo - artigosFoto: Divulgação

Por – Marco Antonio Spinelli – médico, com mestrado em psiquiatria.

Um paciente querido teve um diagnóstico avassalador de um Câncer no Intestino, com metástases no Fígado. Foi fazer cirurgias nos Estados Unidos para remoção de tumores e, na época, a implantação de uma bomba de quimioterapia diretamente nos tumores do Fígado. No meio da cirurgia deu a louca no cirurgião, ele removeu mais da metade do Fígado do paciente, que se recuperou muito bem. Voltou para o Brasil para mais quimioterapia, agressiva como sua doença. Veio passar em consulta por sintomas de irritabilidade, fadiga e cansaços intensos, além de dor em feridas e aftas na boca. Ele contou as aftas: eram vinte e três. Quando se agoniava com a dor e desconforto, era censurado pelas pessoas pela sua falta de positividade. “Pensamento positivo”! Diziam, sem nenhuma afta na boca. Outra coisa que o irritava eram as frases “Vai dar tudo certo” e, pior ainda, “Já deu certo”. Ele enfrentou a sua doença como um leão ferido lutando por sua vida, aceitava todo tipo de tratamento e procedimento. Por coragem ou por desespero, enfrentou cada passo de uma situação muito grave sem titubear. E precisava ouvir, de quem nem imaginava o que estava passando, que precisava de “Pensamento Positivo”.

Aliás, já faz algum tempo que o tal do Pensamento Positivo vem sendo questionado pelos estudos. A tal da frase “Já deu certo”, por exemplo. Os estudos mostram que mais atrapalha do que ajuda. Pensamentos do tipo: sou o homem mais bem sucedido do mundo, tenho tudo o que quero, sou um imã de dinheiro, que você pode ver nas Redes Sociais e no Youtube, geram dois tipos de problemas: seu Cérebro não é bobo. Não adianta olhar no espelho e dizer: “me sinto muito bem”, quando na verdade você está se sentindo muito mal. Falar “já deu certo” cria um paradoxo que diminui a motivação e capacidade de realização da pessoa. Para o “vai dar tudo certo” é preciso que um monte de coisas acabe dando errado. Dizer que já deu certo, estranhamente, diminui a motivação para a busca de um resultado.

Vivemos numa época em que tudo parece estar à distância de um clique, mas não é isso que ocorre na vida real. Para as coisas darem certo, é preciso muita tentativa e erro, sobretudo, muito erro, o que acaba gerando soluções e aprendizado onde menos se esperava. (mais…)

ARTIGO – Especialista alerta para uma nova realidade das crianças brasileiras: A Obesidade Infantil

ARTIGO - Especialista alerta para uma nova realidade das crianças brasileiras: A Obesidade Infantil - artigosImagem de Esi Grünhagen por Pixabay

Por Jackeline Pires de Souza –  coordenadora do curso de Nutrição da  Anhanguera. 

A obesidade infantil é a nova realidade entre crianças brasileiras, isso é o que dizem pediatras, nutricionistas e órgãos de saúde de todo o Brasil. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição, (PNAN), reconheceu, em 2022, que a obesidade é, atualmente, um problema de saúde pública. Segundo o último levantamento do órgão, realizado em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), mais de 340 mil crianças brasileiras entre 5 e 10 anos possuem obesidade. Outra pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que o Brasil terá 11,3 milhões de crianças obesas até 2025, caso o Ministério da Saúde não encontre soluções eficientes para o problema nos próximos anos.

Para a professora de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Jackeline Pires de Souza, os altos índices são reflexo de maus hábitos alimentares entre crianças. “É importante que os pais mantenham os filhos em consultas regulares com o médico-pediatra para, assim que o problema for diagnosticado, ele indique o melhor caminho, com o auxílio de um nutricionista”, alerta. A especialista explica, que para determinar se uma criança é obesa, é necessário calcular o índice de massa corporal (IMC), que é uma medida que leva em consideração a altura e o peso das pessoas, sendo calculado o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadro.

“Uma criança é considerada obesa quando seu IMC está acima do percentual 95 para seu sexo e idade. Os dados apresentados pela OMS são o reflexo da má alimentação das crianças, alinhadas ao sedentarismo. Outro exemplo, é que a alimentação dos pequenos está altamente industrializada e há um crescente consumo de doces, fast foods, congelados, bolachas, salgadinhos, embutidos, entalados, entre outros. A OMS apontou também que 47% dos brasileiros estão sedentários, e que esse problema pode levar cerca de 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis até meados de 2030”, reforça a especialista.

(mais…)