Os alunos do curso de Medicina da UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em Santo Antônio de Jesus (BA), das turmas IV e V, se manifestaram na manhã desta quinta-feira, dia 20, sobre a suspensão das atividades do rodízio de saúde mental, do internato de medicina da UFRB no CAPS – Centros de Atenção Psicossocial.
Segundo eles, na manhã do dia 18/02/2020 (terça-feira), os mesmos foram chamados na sala da coordenação do CAPS, para o anúncio da suspensão das atividades do internato de saúde mental naquele espaço. “A decisão arbitrária surgiu por parte do Secretário de Saúde do Município de Santo Antônio de Jesus, que sem nenhuma justificativa solicitou a suspensão das nossas atividades, por tempo indeterminado”, disse um estudante.
Ainda segundo os estudantes, eles tentaram agendar uma reunião com o secretário de saúde, mas o mesmo só teria agenda a partir de 02/03/2020, sem dá outra possibilidade de diálogo ou resolução do caso.
“Ressaltamos que a UFRB participa de outros serviços do município, incluindo as unidades de saúde da família, prestando serviço à população santoantoniense, da zona urbana e da zona rural. Esta decisão arbitrária e sem fundamento, traz impactos ao nosso campo de prática e tempo de formação. Além disso, nos preocupamos com a repercussão, que este momento pode trazer pro vínculo com nossos pacientes, assim com a continuidade do projeto terapêutico iniciado com as atividades do internato de Medicina da UFRB. Desta forma, repudiamos a decisão autoritária e sem fundamento deste secretário, que sem diálogos ou justificativas subitamente interrompeu nossas atividades. A UFRB sempre se mostrou parceira da prefeitura no que se diz a prestação de serviços públicos de saúde. Somos defensores de um sistema de saúde, público, gratuito e de qualidade, e nos inserimos no município para que assim seja feito”, diz uma nota emitida pelos alunos.
O Tribuna do Recôncavo falou com o conselheiro, Marcos Lessa, representante da Igreja Católica no Conselho Municipal de Saúde, o qual considera a atitude da secretaria municipal de saúde desnecessária e prejudicial aos usuários do serviço de saúde mental e que o sentimento do mesmo é de que se trata de represália ao representante da UFRB no conselho de Saúde, o qual nem sempre concorda com a gestão municipal. Marcos ainda falou que já indicou ao presidente do conselho solicitação urgente de reunião extraordinária para tratar do assunto.
Fonte: Tribuna do Recôncavo
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