EUA fecham embaixada em Belarus e recomendam deixar a Rússia

EUA fecham embaixada em Belarus e recomendam deixar a Rússia - mundo, guerraImagem de Free-Photos por Pixabay

Os Estados Unidos fecharam sua embaixada em Minsk, na Bielorrússia, e permitiram que funcionários não emergenciais e familiares deixassem sua embaixada em Moscou nesta segunda-feira, dia 28, enquanto a Rússia avançava com a invasão da Ucrânia pelo quinto dia. “Tomamos essas medidas devido a questões de segurança decorrentes do ataque não provocado e injustificado das forças militares russas na Ucrânia”, disse o secretário de Estado Antony Blinken. Uma foto postada nas redes sociais pela embaixadora dos EUA em Belarus Julie Fisher na segunda-feira mostrou a equipe da missão baixando a bandeira americana. Todos os funcionários americanos deixaram o país, disse Fisher.

Cidadãos americanos em Belarus também devem partir imediatamente, disse o Departamento de Estado em um comunicado de viagem separado. Os Estados Unidos já haviam transferido suas operações da embaixada na Ucrânia da capital Kiev para a cidade de Lviv, no oeste, há duas semanas, enquanto as forças russas se reuniam nas fronteiras da Ucrânia. As últimas evacuações ocorrem depois que o presidente russo, Vladimir Putin, colocou as forças nucleares da Rússia em alerta máximo no domingo, dia 27, diante de uma enxurrada de represálias ocidentais por sua guerra contra a Ucrânia.

No domingo, o Departamento de Estado dos EUA disse que os cidadãos americanos deveriam considerar deixar a Rússia imediatamente em voos comerciais, citando um número crescente de companhias aéreas cancelando voos e países fechando seu espaço aéreo para a Rússia após a invasão da Ucrânia. A Rússia proibiu na segunda-feira as companhias aéreas de 36 países de usarem o espaço aéreo russo. As nações europeias e o Canadá se moveram no domingo para fechar seu espaço aéreo para aeronaves russas. (mais…)

Vaticano se oferece para ajudar nas negociações entre Rússia e Ucrânia

O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, afirmou que a Santa Sé “está pronta para facilitar as negociações entre Rússia e Ucrânia”. A proposta foi feita nesta segunda-feira, dia 28, pouco antes do início da conversa que está ocorrendo entre representantes dos dois países em Belarus. Em entrevista concedida a jornais italianos, Parolin disse que a Santa Sé tem acompanhado os conflitos na região e constantemente oferecido disponibilidade para mediar os diálogos.

“Estou convencido que sempre há espaço para a negociação. Nunca é tarde demais! Porque a única forma razoável e construtiva de resolver as diferenças é o diálogo, como o papa Francisco não se cansa de repetir”, disse.

A partir do momento em que a tensão entre Rússia e Ucrânia ficou mais latente, o próprio papa Francisco deu diversas declarações a favor da paz. Na última sexta-feira, dia 25, inclusive, Francisco fez uma visita fora de sua agenda oficial à Embaixada da Rússia no Vaticano para manifestar sua preocupação com a guerra.

Metro1

Em 5° dia desde o início da invasão, Rússia e Ucrânia negociam em Belarus

Em 5° dia desde o início da invasão, Rússia e Ucrânia negociam em Belarus - mundo, guerraImagem de Amber Clay por Pixabay

Nesta segunda-feira, dia 28, por volta das 12h (horário local), representantes da Ucrânia e Rússia iniciaram as negociações em Belarus. Pouco antes do horário, o ministério das Relações Exteriores de Belarus publicou uma foto da sala preparada para sediar o encontro.

O presidente ucraniano, Volodymy Zelensky, disse que quer o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas do país. Enquanto isso, Moscou quer chegar a um acordo que alcance o interesse de ambos os lados, de acordo com o negociador russo, Vladimir Medisnky.

A negociação ocorre no quinto dia de invasão russa à Ucrânia. Inicialmente, Zelensky resistia em negociar em Belarus, país aliado à Rússia. Porém, com a escalada da invasão, o presidente ucraniano aceitou fazê-la em uma região de fronteira com a Ucrânia.

Metro1

‘Quem interferir levará consequências nunca antes experimentadas na história’, ameaça Putin

Ao anunciar o início de uma operação no leste da Ucrânia, na noite desta quarta-feira, dia 23, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um pronunciamento aos russos. Ele afirmou que todas as decisões já foram tomadas e que os russos precisam se preparar para mudanças nos próximos dias. Putin alertou para que nenhum outro país interfira na ação russa na região separatista na Ucrânia.

“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, disse o líder russo. O presidente da Rússia também afirmou que a responsabilidade pela guerra e suas consequências é da Ucrânia.

“Toda responsabilidade será do regime da Ucrânia. Todas as decisões já foram tomadas. A verdade está do nosso lado. Os objetivos serão atingidos”. Putin alertou os russos precisam se preparar para alterações na vida cotidiana no país, já prevendo sanções mais severas por parte dos Estados Unidos e aliados. “Será necessário se adaptar às mudanças que podem acontecer”, afirmou.

G1

Após bombardeio em Kiev, conta oficial da Ucrânia publica charge com Hitler acariciando Putin

Após bombardeio em Kiev, conta oficial da Ucrânia publica charge com Hitler acariciando Putin - mundo, guerraFoto: Reprodução/ Twitter

A conta oficial da Ucrânica no twitter publicou nesta quinta-feira, dia 24, após os ataques da Rússia ao país, uma caricatura na qual Adolf Hitler aparece fazendo um afago em Vladmir Putin. O ataque do líder russo tem sido comparado às ofensivas do führer alemão, que conduziu a Alemanha e o partido Nazista, de 1934 a 1945, quando morreu.

Assim como Hitler fez, Putin citou a necessidade do espaço vital da Rússia e chegou a dizer que a Ucrânia não existe como país, tratando-se de uma ficção — pois lá, segundo, ele vive uma maioria de russos. Ao invadir países como Áustria, Tchecoslováquia (atual República Tcheca e Eslováquia) e Polônia, Hitler usou como argumento que eram território de maioria alemã.

Metro1

Mourão diz que ‘Brasil não está neutro’ e que respeita a soberania da Ucrânia

Mourão diz que ‘Brasil não está neutro’ e que respeita a soberania da Ucrânia - politica, mundo, guerra, brasilFoto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, dia 24, em Brasília, o vice-presidente Hamilton Mourão se manifestou e afirmou que “o Brasil não está neutro” a respeito dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, que se intensificaram após o Exército do país liderado por Vladimir Putin bombardear o vizinho.

“Se não houver uma ação bem significativa, e, na minha visão, meras sanções econômicas, que é uma forma intermediária de intervenção não, funcionam. Vamos lembrar que o Iraque passou mais de 20 anos sob sanção econômica e nada mudou, o Irã está não sei há quanto tempo sobre sanção econômica, também nada mudou”, declarou o general, que criticou o ataque russo e previu retrocessos com o sistema internacional “rachado”.

“Nós vamos voltar para o tempo das cavernas, onde cada um faz o que quer e bem entende e não há respeito entre os povos, entre as nações. Conceito de soberania se dissolve a partir do momento em que um estado mais forte julga que ele pode meter a mão num estado mais fraco e continuar tudo como dantes”, disse Mourão, defendendo ainda que é preciso “haver o uso da força” e “um apoio à Ucrânia, mais do que “está sendo colocado”. (mais…)