Desmatamento e fogo podem agravar pandemia na Amazônia

Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Abatidos pela alta incidência da covid-19 e a baixa oferta de leitos hospitalares de cuidado intensivo, os estados amazônicos podem ver o número de pacientes com problemas respiratórios explodir a partir das próximas semanas, quando começa a temporada do fogo na região. Com o fim do período de chuvas, desmatadores costumam retornam aos locais onde a floresta foi derrubada anteriormente para queimar os restos e, assim, “limpar” o terreno.

Estimativas divulgadas nesta segunda-feira (08/06) pelo Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam) indicam que este deve ser o destino dos 4.509 quilômetros quadrados de Floresta Amazônica – o equivalente a quatro vezes a cidade de Belém, no Pará – derrubados entre janeiro de 2019 e abril de 2020 e que ainda não foram queimados.

“Se continuar o ritmo intenso de desmatamento nos próximos meses, que é quando, geralmente, há aumento porque fica mais seco e mais fácil de entrar na mata com o trator, haverá uma área bem maior pra queimar, que pode chegar a 9 mil quilômetros quadrados”, afirmou Paulo Moutinho, pesquisador sênior do Ipam. “Pode ser uma área nunca vista antes para queimar”, adverte.

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STF decide se estados podem autorizar descontos em mensalidade escolar

Foto: Ricardo Stuckert/ EBC

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nas últimas semanas pelo menos três ações que contestam a constitucionalidade de decretos estaduais que permitiram descontos nas mensalidades escolares durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Os processos tentam suspender leis do Maranhão, Pará e Ceará que estabeleceram a redução.

Em todo o país, os efeitos econômicos da pandemia provocaram demissões ou redução de salários de diversos trabalhadores. Sem recursos suficientes para pagar as mensalidades, alguns pais pediram descontos no pagamento ou retiraram seus filhos das escolas. Os que mantiveram a renda também passaram a cobrar a redução diante da proibição das aulas presenciais.

De acordo com a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) à Agência Brasil, a receita das escolas particulares de pequeno porte caiu mais de 50%, e o pagamento das mensalidades é necessário para manter o funcionamento das empresas. (mais…)

MPF dá 72 horas para Ministério da Saúde explicar omissão de dados

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

A Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral do Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para apurar os motivos que levaram o Ministério da Saúde a excluir do Painel de Informações da Covid-19 o número acumulado de mortes e de casos confirmados da doença.

A investigação foi iniciada no sábado (6) e o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, tem até 72 horas para fornecer as informações detalhadas sobre o assunto. Na fundamentação do pedido, o órgão cita a Constituição que assegura a todos o acesso à informação e a Lei de Acessos à Informação, que prevê a transparência do poder público.

O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde indicavam 904 mortes nas últimas 24 horas e 27.075 novos casos confirmados, sem o número total, que chegou a 35.930 infecções e 672.846 mortes, unindo os dados anteriores. (mais…)

DPU pede que Ministério da Saúde libere dados da Covid-19 até às 7 da noite

Imagem de Masum Ali por Pixabay

A DPU (Defensoria Pública da União) ingressou neste sábado, dia 6, com um pedido de liminar no plantão da Justiça Federal de São Paulo para obrigar o Ministério da Saúde a divulgar atualizações integrais do avanço dos casos e mortes da covid-19 até as 19h.

A DPU pede ainda que a pasta adicione novamente ao Painel Coronavírus os dados apagados na sexta-feira (5), referentes ao histórico do avanço da doença no País. Após a atualização do sistema, a Universidade Johns Hopkins chegou a retirar o Brasil do painel que contabiliza a evolução da doença respiratória causada pelo novo coronavírus. Os dados voltaram a aparecer no portal horas após a exclusão.

O defensor João Paulo Dorini afirma que é dever do poder público ‘informar correta e adequadamente à população todos os atos adotados no combate à disseminação da doença’ no Brasil. (mais…)

Empresário proativo tem mais chance de superar crise

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Por Alessandro Azzoni 

Com o anúncio do governo do Estado de São Paulo de flexibilização da quarentena pelo coronavírus e reabertura de atividades econômicas, os empresários e comerciantes devem adotar medidas sanitárias rígidas para proteger clientes e funcionários. Uso de máscaras, aplicação de testes e reestruturação de espaços para evitar aglomerações são alguns exemplos.

Mas ter uma postura proativa nesse momento é tão importante quanto todos esses cuidados para que a recuperação dos negócios seja realmente efetiva. De acordo com Alessandro Azzoni, advogado, economista e professor de Direito na Universidade Nove de Julho (Uninove), a reabertura é necessária pela dificuldade de uma empresa se manter ativa por mais de 60 dias com as portas fechadas, mas deve ser feita com cuidado e planejamento.

“Seguir as regras determinadas pelos governos, como uso de máscaras, atendimento limitado de pessoas, distanciamento pessoal e escalas de equipes para evitar aglomerações, mesmo com o custo que isso acarreta, é importantíssimo para que a empresa não tenha um problema mais grave ainda, que é o afastamento dos funcionários e contaminação de clientes”, destaca ele.

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Crise ocasionada pela pandemia será seguida por mudanças que marcarão definitivamente nosso dia a dia

Imagem de Sebastian Thöne por Pixabay
  • 42% dos brasileiros evitarão dar beijos e abraços depois do isolamento
  • 79% dos brasileiros se tornaram mais conscientes sobre os efeitos da luta contra a mudança climática do que antes da crise
  • 45% dos brasileiros evitarão usar o transporte público depois do fim do isolamento
  • A maioria dos brasileiros (63%) atribui aos influenciadores digitais o êxito do movimento #FiqueEmCasa

Mesmo estando ainda no começo do segundo semestre, 2020 já entra para a história por marcar uma cisão entre o ‘antes’ e o ‘depois’ na atual geração. A crise de saúde, econômica e social ocasionada pela pandemia do novo coronavírus será seguida por mudanças que marcarão definitivamente nosso dia a dia.

No segundo bloco do ‘Estudo MARCO Hábitos de Consumo Pós-COVID-19’, a agência MARCO avaliou como a sociedade global irá se comportar depois da pandemia, explorando costumes sociais em um total de 4.500 pessoas entrevistadas no Brasil, Espanha, Itália, Portugal, México e Colômbia.

Daqui para frente, as reuniões sociais deverão ser marcadas por medidas de segurança e distanciamento social. Dessa forma, 42% dos brasileiros afirmam que evitarão dar beijos e abraços mesmo após o fim do isolamento. Essa tendência é bem mais alta no exterior – em média, 61% dos entrevistados nos outros cinco países tomarão a mesma atitude. (mais…)