Neste sábado, dia 19 de junho, é celebrado no Brasil o “Dia Nacional do Luto”, uma data dedicada à reflexão e aos sentimentos de perda. Desde sempre escutamos que aceitar a morte de alguém obedece a um ciclo quase ritualizado em que a dor sentida tem que ser aglomerada à visão do corpo inerte, frio, sem vida. Esse momento duro e de choque seria especialmente necessário para a aceitação da finitude e daria lugar a um novo ciclo, uma nova estrada sem essa pessoa. Mas a época que vivemos fez com que tal não fosse possível.
A pandemia da covid-19 afastou-nos dessa parte, afastou-nos da visualização do corpo morte, afastou-nos desse luto palpável. Poderíamos esperar portanto que o ciclo do luto não fosse completado. No entanto, para o PhD, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu, as coisas não tem que ser exatamente assim.
” Eu aceito essas estratégias comumente usadas para aceitar o término. No entanto, eu acredito muito mais no uso da inteligência emocional. Um luto em que a consciência e a razão estão presentes. Não ver o corpo não tem que significar a não aceitação da morte. Está relacionado ao sistema límbico (SL) que se conecta com o córtex pré-frontal (CPF) e este, por sua vez, pode racionalizar e amenizar o SL”, esclarece.


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