O Brasil tem 19 milhões de pessoas passando fome em meio à pandemia. Em mais da metade dos domicílios brasileiros, famílias têm algum nível de insegurança alimentar. Por esse motivo, centrais sindicais e movimentos sociais organizaram um ato nacional em Brasília (DF), realizado nesta quarta-feira (26). Intitulado “#600ContraFome”, o evento reivindicou a manutenção do Auxílio Emergencial, no valor de 600 reais, além de mais celeridade e compromisso com um plano de vacinação ágil e amplo para os brasileiros.
Moacyr Auersvald, vice-presidente da CONTRATUH e Secretário Geral da Nova Central Sindical (NCST), afirma que o controle do orçamento não pode estar acima da vida da população. “Nos organizamos, respeitando o distanciamento e impedindo riscos de contágio da COVID-19, mas fomos pras ruas mesmo assim, pois não podemos ficar parados, enquanto representantes da sociedade. O povo passando fome, sem emprego, sem renda, e o governo preocupado com o ajuste fiscal. A vida da população tem que ser prioridade”, indagou o dirigente, que participou do ato.
Além da luta para reduzir os números da miséria, os manifestantes pediram a adoção de um novo modelo de desenvolvimento econômico com capacidade de retomar o crescimento com geração de empregos, contemplado em uma Agenda Legislativa comum entre as maiores representações sindicais do País. O documento, organizado pelo Fórum das Centrais Sindicais, foi concluído e entregue aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), com apoio da assessoria técnica do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). (mais…)