Artigo sobre tecnologia no campo. Saiba como identificar e prevenir problemas comuns em plantações de soja

Artigo sobre tecnologia no campo. Saiba como identificar e prevenir problemas comuns em plantações de soja - artigosImagem de Charles Echer por Pixabay

Por Marilize Oliveira – analista de pesquisa na TMG

Para quem cultiva soja, é comum enfrentar problemas como ferrugem asiática, nematoide de cisto e grande diversidade de climas e solos. Essas são situações que podem afetar a produção, gerando grandes prejuízos. De acordo com Marilize Oliveira, analista de pesquisa na TMG — Tropical Melhoramento & Genética — empresa brasileira de soluções genéticas de algodão, soja e milho –, há meios de identificar e prevenir alguns problemas para evitar perdas.

A ferrugem asiática é provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e é considerada um dos principais problemas enfrentados pelos produtores. “Os sintomas começam com o surgimento de pequenas lesões angulares formando urédias (estrutura de reprodução do patógeno) na parte abaixo da folha. Com o progresso da doença, as lesões ficam com coloração castanho-claro (lesão TAN) ou castanho-avermelhado (lesão RB – “reddish-brown”). O formato dessas lesões é delimitado pelas nervuras das folhas e podem ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura, sendo mais comum após o florescimento. A ferrugem asiática provoca amarelecimento foliar e a planta pode perder as folhas precocemente, o que reduz o número de vagens por planta e de grãos por vagem, além de que o grão gerado tem peso menor”, explica Marilize.

O nematoide de cisto da soja (NCS), Heterodera glycines, é um dos nematoides que vêm causando grandes prejuízos à cultura. “As perdas podem ficar entre 5% e 30% em locais com baixas infestações e chegar a 70% naqueles com maior incidência”, comenta a analista. Mais prevalente no Estado de Mato Grosso, principalmente em locais com solos arenosos ou médio-arenosos, o nematoide de cisto da soja é caracterizado por uma ligeira redução no porte da planta, mesmo em regiões com boa distribuição de chuvas e em solos de fertilidade naturalmente mais alta. “Em lavouras onde há uma grande área afetada, é comum ocorrer a morte prematura de plantas”, diz a analista. (mais…)

ARTIGO – Síndrome do intestino hemorrágico prejudica vacas leiteiras e pode levá-las à morte

ARTIGO - Síndrome do intestino hemorrágico prejudica vacas leiteiras e pode levá-las à morte - artigosImagem de Charlie Boyd do Pixabay

Por Vanessa Carvalho – zootecnista 

Informações levantadas nos Estados Unidos indicam que apenas 14% dos rebanhos identificaram casos da síndrome do intestino hemorrágico – também conhecida pela sigla em inglês HBS, de Hemorragic Bowel Syndrome. Ainda mais preocupante é que 79,3% das vacas acometidas pela enfermidade são retiradas do rebanho por morte ou descarte. “Ainda pouco conhecida no Brasil, a síndrome é bastante perigosa e tem potencial para causar sérios prejuízos em uma propriedade leiteira”, alerta a zootecnista Vanessa Carvalho, gerente de produtos e serviços técnicos para bovinos de leite da Phibro Saúde Animal.

“Esse problema é caracterizado principalmente por hemorragia aguda no jejuno, a parte intermediária do intestino delgado, que pode subsequentemente levar à formação de coágulos sanguíneos intraluminais e obstrução. Como consequência, os animais apresentam diferentes sintomas, como depressão, estase – ou impotência – ruminal, diminuição repentina da produção de leite, queda no consumo, cólicas, desidratação, fezes escuras ou com presença de sangue coagulado e morte”, informa Vanessa Carvalho.

Doutora em nutrição de ruminantes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Vanessa explica que a HBS é uma enfermidade ainda pouco diagnosticada no Brasil, apesar de presente em fazendas, e, justamente por isso, causa prejuízos em razão da queda repentina no leite e das baixas taxas de recuperação e de cura, levando grande parte dos animais a morte. (mais…)

Artigo sobre renovação de seguros. Especialista do setor dá dicas de como economizar

Artigo sobre renovação de seguros. Especialista do setor dá dicas de como economizar - artigosImagem de aleksandarlittlewolf no Freepik

O seguro automóvel é indispensável para a tranquilidade de muitos motoristas, por isso, antes de renovar ou contratá-lo, é importante o proprietário do veículo ficar atento aos detalhes do contrato da apólice e do cálculo dos valores finais, já que é preciso avaliar quais são as necessidades reais e se faz sentido pagar mais caro por coberturas adicionais, como por exemplo, assistência aos vidros, guincho ilimitado, carro reserva dentre outros serviços. Também é extremamente importante levar em consideração o valor da franquia em caso de sinistro. Ismael Dias CEO da Franquias CotaFácil, maior rede de franquias de consórcio e seguros do Brasil , preparou cinco dicas para economizar na renovação ou contratação do seguro auto:

1 –  O que analisar antes de contratar ou renovar o seguro do carro?

“A cobertura dos seguros varia muito. A mais básica, que cobre apenas roubo e furto até os planos mais completos chamado de compreensivo que abrange colisão, incêndio, roubo e furto, incluem coberturas adicionais, como: assistência 24 horas, proteção de acessórios do carro (vidros, retrovisores, lanternas e faróis), e até mesmo cobertura a danos em caso de alagamento e queda de árvores”, esclarece Ismael.

2- Seguro Roubo e Furto

É um seguro bem simples que protege apenas contra roubo e furto. “É uma cobertura que custa em média 60% a menos que o seguro compreensivo e o cliente recebe a indenização se o carro não for recuperado ou, se o veículo for recuperado com danos de reparo maior que 80% da cobertura contratada, será considerada a perda total do bem”, esclarece Dias, que explica também que esta é uma opção válida para as pessoas com veículos importados com mais de 10 anos de fabricação. (mais…)

Artigo sobre Infertilidade conjugal. Quando um casal deve buscar ajuda especializada?

Artigo sobre Infertilidade conjugal. Quando um casal deve buscar ajuda especializada? - artigosFoto: Divulgação

Por Gérsia Viana – médica especialista em medicina reprodutiva

Quando um casal infértil deve buscar ajuda especializada? Essa é uma das dúvidas que acomete o casal que enfrenta dificuldade para ter filhos. Um casal que tem relações sexuais frequentes, sem uso de métodos anticoncepcionais, possui cerca 20% de chance de engravidar a cada mês. A infertilidade conjugal, que atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva, é caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com relações sexuais regulares, sem uso de medidas anticonceptivas, por um período de um ou mais anos.

Os tratamentos de reprodução assistida são cada vez mais procurados por pessoas que não conseguem ter filhos naturalmente. De acordo com o último relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), em 2021 foram realizados 45.952 ciclos de fertilização in vitro no Brasil.  O relatório é produzido com dados coletados pela ANVISA junto aos Centros de Reprodução Humana Assistida de todo país. Segundo a médica Gérsia Viana, especialista em medicina reprodutiva e diretora do Cenafert, a maternidade tardia é um dos fatores que levam os casais a buscarem ajuda especializada. “No mundo moderno, a mulher tem adiado cada vez mais seu projeto de maternidade para uma fase de sua vida, após os 35 anos, justamente quando a fertilidade feminina começa a declinar”, explica a especialista.

Apesar da maternidade tardia ser um dos fatores que levam muitos casais ou mulheres interessadas em ser mães-solo a buscarem ajuda nos centros de reprodução assistida, é importante ressaltar que a infertilidade é compartilhada igualmente por ambos os parceiros. “Se até pouco tempo a responsabilidade em gerar uma criança era atribuída exclusivamente à mulher, hoje já está comprovado que essa responsabilidade é compartilhada por ambos os sexos”, revela Gérsia Viana. Cerca de 40% dos casos de infertilidade de um casal são atribuídos à mulher, 40 % aos homens e em 20% dos casos o problema está presente em ambos os parceiros ou tem causas indefinidas. Portanto, quando um casal decide buscar ajuda médica para ter filhos, a investigação da infertilidade deve ser sempre feita pelos dois, o homem e a mulher. “É fundamental identificar as condições de fertilidade de cada um dos parceiros para que o tratamento mais adequado para cada caso seja indicado’, esclarece. (mais…)

ARTIGO – Você escova os dentes de seu animal? Periodontite atinge 85% dos pets

Escovando dente do petPhoto by Anna Shvets / Pexels

Por Stefanie Poblete – médica veterinária

Escovar os dentes é um hábito que faz parte da nossa rotina e deve fazer também na dos nossos pets. Problemas nos dentes e gengivas podem ser a porta de entrada para doenças ainda mais perigosas, mas afinal, o que é e como prevenir as periodontites?

A médica veterinária Stefanie Poblete, analista técnica de marketing da Syntec do Brasil, esclarece que a doença periodontal, ou periodontite, é o processo inflamatório dos tecidos que sustentam o dente, e dependendo do seu grau compromete a qualidade de vida dos pets. “Ela surge em razão do acúmulo de placa bacteriana. Mesmo sendo uma característica fisiológica frequente, o desafio pode aumentar se o tutor não realizar a higienização correta dos dentes dos animais”.

De acordo com a Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan), pelo menos 85% da população de cachorros e gatos no país já sofreram com essa doença. A prevalência pode variar de 44 a 80% em animais com mais de 3 anos de idade. (mais…)

ARTIGO – Desigualdade social, exclusão e polarização política

ARTIGO - Desigualdade social, exclusão e polarização política - artigosFoto: Divulgação | Editada pelo Tribuna do Recôncavo

Por André Naves – especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social

A polarização político-eleitoral, que tantos males traz ao desenvolvimento nacional, é uma consequência da nefasta desigualdade social existente em nosso país. Essa desigualdade pode ser percebida em cada grupo ou setor social que se encastelou em bolhas ideológicas incomunicáveis, formadas a partir de diferentes conjunturas e percepções da realidade de cada um.

Condições materiais extremamente distintas levam a incomunicáveis torres de marfim habitadas por setores sociais cada vez mais apartados uns dos outros: é o tecido social que se esgarça, o diálogo que se rompe, e realidades diversas são ignoradas.

Com grupos incomunicáveis, a representação política, que deveria ser democrática, e, portanto, deveria contar com a participação de todos, se torna exclusiva dos setores sociais que possuem influência política. Dessa forma, grupos politicamente dominantes predam os recursos públicos, instituindo políticas públicas exclusivistas e ineficientes, geradoras de privilégios, desvios e deturpadoras das prioridades sociais. Esse mecanismo excludente determina a menor transparência das relações políticas, impulsionando a corrupção. (mais…)