O setor de serviços turísticos fechou 35,5 mil estabelecimentos em 2020. O tombo foi causado, principalmente, pela pandemia de Covid-19, conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC). A entidade foi a responsável pelo levantamente. No mesmo período, o gasto de turistas estrangeiros caiu 50%. “Infelizmente, não há, no momento, expectativas de reversão para o setor no curto prazo”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O encerramento de atividades afetou estabelecimentos de todos os portes, mas os que mais sofreram perdas foram os micro (-19,28 mil) e pequenos (-11,45 mil) negócios. Juntos, eles responderam por 87% do total de pontos perdidos no último ano. Regionalmente, todas os estados que apresentaram maior redução ofertantes de serviços turísticos foram São Paulo (-10,9 mil), Minas Gerais (-4,1 mil), Rio de Janeiro (-3,7 mil) e Paraná (-2,6 mil).
Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo, chama a atenção para o fato de que nem mesmo a desvalorização de 29% do real no ano passado, que, em situações normais, estimularia o turismo interno, evitou perdas expressivas para o setor. “Internamente, a recessão promoveu uma realocação de gastos em favor de bens e serviços essenciais. A demanda externa, por sua vez, esbarrou nos protocolos caracterizados por severas restrições ao fluxo turístico internacional”, destacou.
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