Pesquisa mostra efeito da pandemia de Covid-19 no sono e na saúde mental dos brasileiros

Pesquisa mostra efeito da pandemia de Covid-19 no sono e na saúde mental dos brasileiros - saudeImage by Wokandapix from Pixabay

As mulheres estiveram mais ligadas com níveis altos de ansiedade, depressão e sono ruim durante a pandemia de Covid-19 do que homens. É o que mostra o estudo “Impacto da Covid-19 no sono e na saúde mental dos brasileiros”, desenvolvido pelo professor Paulo Afonso Mei, da Faculdade São Leopoldo Mandic e alunos da graduação de Medicina da instituição. A pesquisa foi realizada com 2.695 participantes, maiores de 17 anos, que estavam vivendo no Brasil no período da quarentena. Somente no quesito ansiedade, mulheres tiveram o dobro de chances de se encontrarem ansiosas, na comparação aos homens.

De acordo com o Prof. Mei, o sono ruim é caracterizado por qualquer distúrbio como insônia ou dificuldades para respirar à noite e para ficar parado na cama. “Quem tem insônia tem mais probabilidade de desenvolver depressão e ansiedade. E o contrário também vale, quem é depressivo ou ansioso também tem mais chance de apresentar insônia.”

Em geral, as situações de estresse, em nível pessoal ou comunitário, devem resultar no aumento de prevalência de sintomas de ansiedade, depressão e má qualidade do sono. Assim, a pandemia de Covid-19 deve predispor a população ao aumento desses distúrbios. No entanto, essas alterações não acontecem de forma homogênea, havendo provavelmente grupos mais sensíveis. (mais…)

“Baby blues” e depressão pós-parto: conheça os principais sintomas e tratamentos

“Baby blues” e depressão pós-parto: conheça os principais sintomas e tratamentos - saudeImage by Dumitrița Albu from Pixabay

O nascimento de um filho é considerado um dos momentos mais felizes e esperados pela grande parte das mulheres. Entretanto, algumas desenvolvem quadros depressivos no pós-parto, que podem ser leves ou mais graves. Estima-se que cerca de 50% das mulheres que dão à luz apresentem certa tristeza, disforia e irritabilidade, que costuma ter início no terceiro dia depois do parto e pode durar até 15 dias após o nascimento do bebê, desaparecendo espontaneamente.

Segundo o psiquiatra especialista em transtornos de humos, Dr. Sivan Mauer, o parto gera um estresse muito grande no organismo feminino, sendo comum a aparição de quadros de ‘blues puerperal’, como chamamos essas alterações iniciais de humor, logo após o nascimento de uma criança. “Apesar de ser comum, é preciso estar atendo. Mesmo que os sentimentos de tristeza e irritabilidade sejam passageiros ou, em casos mais graves, apareçam apenas semanas após o parto, o ideal é que seja feito um acompanhamento médico e psicológico”, diz.

O “blues puerperal”, também conhecido como “baby blues”, gera sintomas depressivos leves, como alternância de humor, exaustão, diminuição da concentração e, até mesmo, insônia. “É essencial que os obstetras sejam capazes de distinguir o que é um episódio depressivo de um cansaço habitual em uma mulher que acabou de ter um bebê, para assim destiná-la ao tratamento correto”, aponta. Segundo o especialista, existem alguns fatores que devem ser levados em consideração para o diagnóstico, como histórico prévio de alteração do humor no período pré-menstrual, síndrome depressiva anterior à gravidez, histórico familiar de transtorno de humor, entre outros. (mais…)

Triagem neonatal é essencial para detectar doenças genéticas nos primeiros dias de vida dos bebês

O exame de triagem neonatal, mais conhecido como o teste do pezinho, é de extrema importância para o desenvolvimento saudável das crianças. Realizado por meio de uma gota de sangue coletada do calcanhar do recém-nascido entre o terceiro e o quinto dia de vida, o exame está disponível na saúde púbica (SUS) e é um direito de toda criança ao nascer1.

Introduzido no Brasil na década de 70, tornou-se obrigatório com a instituição da portaria do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) em 2001 pela Lei número 822, incorporado pelo Governo Federal. O teste tem o objetivo de detectar precocemente doenças genéticas, infecciosas e hematológicas e é fundamental para o início do tratamento específico e precoce2.

Porém, existe uma doença muito grave, a Atrofia Muscular Espinhal (AME), que ainda não está contemplada no PNTN. A AME é a causa genética mais comum de morte infantil, com incidência de aproximadamente 1 a cada 10.000 nascidos vivos, uma condição em que os pacientes perdem neurônios motores responsáveis por funções como respirar, engolir, falar e andar3. (mais…)

Obesidade em adultos cresce no Brasil segundo pesquisa do IBGE

Obesidade em adultos cresce no Brasil segundo pesquisa do IBGE - saudeCrédito: Pixabay

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde divulgada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, um pouco mais de 40 milhões da população adulta no Brasil está obesa.

“A obesidade não deve ser aliada apenas à estética. Os problemas provocados por conta dela, vão muito além porque envolve a saúde. O excesso de gordura no organismo pode comprometer o funcionamento de diversos órgãos, e interfere na circulação sanguínea e na distribuição de nutrientes”, explica Guilherme Reis, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness.

A pesquisa mostrou que a proporção de pessoas obesas no país aumentou nos últimos 17 anos. Em 2003 o percentual era de 12,2%. Já em 2019, esse número passou para 26,8%, ou seja os números mais do que dobraram. Ainda de acordo com o IBGE, 96 milhões da população (61,7%) na faixa dos 20 anos ou mais, estão com excesso de peso, porém nem todos são obesos. E o problema é mais comum entre as mulheres (62,6% das mulheres e 57,5% dos homens). Para considerar as pessoas obesas ou acima do peso, o IBGE se baseou nas recomendações da OMS da relação entre o peso e altura dos indivíduos para o cálculo do índice de massa corporal (IMC), que é o peso em quilograma dividido pelo quadrado da altura em metro. (mais…)

29/10 – Dia Mundial do AVC: 7 fatos que talvez você não conheça

Todo mundo já ouviu falar e conhece alguém que teve, seja vizinho, amigo, parente, conhecido ou até mesmo celebridade. Esse contato dos brasileiros com o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido popularmente como derrame, se explica em números: a doença é a segunda maior causa de morte no Brasil¹ e estima-se que, a cada seis segundos, uma pessoa morra por essa causa no mundo². Por aqui, são aproximadamente 400 mil casos por ano que resultam em 100 mil mortes³ – bem mais do que os cânceres de mama (18,4 mil)5 e de próstata (16,7 mil)v, por exemplo.

Mesmo com o aumento do fluxo de informações nos últimos anos quanto às principais causas do AVC, como preveni-lo e a importância de procurar atendimento médico nos primeiros sinais da doença, muitas dúvidas ainda rondam a população, e a informação segue como o principal meio de evitar que mais pessoas corram esse risco. Com o auxílio do Dr. Hélio Penna, médico especialista em emergência e presidente da ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência), listamos abaixo 7 fatos sobre o AVC que devem ser amplamente difundidos para conscientização do público:

1- Existem dois tipos

O AVC pode ocorrer de duas formas. “Quando há a obstrução do vaso e interrupção do fluxo sanguíneo em uma área do cérebro, é conhecido como AVC isquêmico. Já quando ocorre um rompimento do vaso e extravasamento do sangue, temos um AVC hemorrágico”, explica o Dr. Hélio. Enquanto o primeiro representa a grande maioria dos casos, 84%, o segundo é mais raro, mas tem impactos mais complicados e um maior índice de óbitos¹. (mais…)

Tratamento dentário em crianças diminui até 89% na pandemia

Tratamento dentário em crianças diminui até 89% na pandemia - saudeImagem ilustrativa de StockSnap de Pixabay

Durante a pandemia da Covid-19 o tratamento dental de crianças apresentou queda no país. Após o registro do primeiro caso da doença, a redução foi de 66% nos procedimentos odontológicos infantis. A queda alcançou 89% na fase mais aguda da pandemia no Brasil, no mês abril.

A redução é atribuída às medidas de restrição e orientações de entidades de saúde para que a população se mantivesse em casa, na tentativa de reduzir o contágio. Diante disso, os atendimentos e procedimentos foram reduzidos àqueles de urgência e emergência.

A análise foi feita por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas e publicada como artigo no periódico científico International Journal of Paediatric Detistry neste mês. Os autores avaliaram dados de procedimentos odontológicos promovidos no âmbito do Sistema Único de Saúde, como extrações e restaurações, no período de janeiro a maio. A queda dos tratamentos odontológicos em crianças foi mais intensa no Nordeste. (mais…)