ARTIGO – Especialista aponta quatro comportamentos ligados aos transtornos alimentares durante a pandemia

ARTIGO - Especialista aponta quatro comportamentos ligados aos transtornos alimentares durante a pandemia - saude, artigosImagem de Ji-yeon Yun do Pixabay

Por Dra. Lívia Salomé – médica especialista em Medicina do Estilo de Vida

Os transtornos alimentares – conjunto de doenças psiquiátricas de origem genética e hereditária, caracterizado pela constante perturbação na alimentação – já afetam 4,7% da população brasileira, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS); entre os jovens, o índice pode chegar a 10%.

“São doenças que retratam mais do que a quantidade ou os aspectos econômicos e demográficos relacionados ao consumo da população. Não estamos falando apenas sobre o quanto ou o que se come, mas como e por que se come”, reflete Dra. Lívia Salomé, especialista em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard e vice-presidente da Regional Minas Gerais do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

Ela lembra que durante a pandemia, quando as pessoas tiveram seus níveis de estresse aumentados por conta do isolamento e do sofrimento psicológico, os problemas alimentares tornaram-se ainda mais frequentes nos consultórios. (mais…)

Especialista explica como ansiedade e medo provocam dores pelo corpo

Especialista explica como ansiedade e medo provocam dores pelo corpo - saudeImagem de Pexels do Pixabay

Pesquisa feita pelo instituto Ipsos comprovou o que muita gente vem sentindo na pele: a pandemia afetou a saúde mental dos brasileiros. 53% das pessoas entrevistadas no Brasil relataram piora no bem-estar emocional no último ano. E isso, revela o PhD em neuroanatomia e anatomia humana pela Unicamp, Mario Sabha Jr., está contribuindo para o surgimento de doenças psicossomáticas, processo também conhecido como somatização.

“As células do nosso corpo são inteligentes e o que mais interfere nessa inteligência, além de nutrição e exercício físico, são as nossas emoções. Se a pessoa está pensando e emitindo impulsos de medo, raiva, culpa e sentimentos de autoflagelação isso interfere negativamente no corpo e pode até causar alterações genéticas, na imunidade e em toda a parte endócrina e metabólica provocando doenças”, explica.

Emoções e sentimentos podem refletir inclusive na saúde física:

“Os sintomas são diversos desde os de ordem psicológica como medo, ansiedade, rejeição e culpa, até dores, fibromialgia e Lesões por Esforço Repetitivo (LER), também conhecidas como Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)”, afirma o PhD.

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Saiba como tratar a queda capilar provocada pela Covid-19

Saiba como tratar a queda capilar provocada pela Covid-19 - saudeImagem de kaleido-dp por Pixabay

Segundo estudos realizados em países como Estados Unidos, México, Suécia pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), a queda de cabelo vem sendo relatada entre os cinco sintomas mais comuns após a infecção por Covid-19. Acredita-se que a cada quatro pacientes que tiveram a doença, pelo menos um apresenta queda capilar, seja em casos graves, leves ou mesmo assintomáticos.

Observou-se nos diversos estudos sobre o assunto, que na infecção, o próprio coronavírus contribuiria para a liberação de algumas substâncias ligadas à inflamação e reduziria a oxigenação nos tecidos provocando uma inflamação nos folículos pilosos e uma alteração do ciclo capilar, similar a observada em outras viroses, como zika e chikungunya.

“O folículo piloso (“raíz” do cabelo) possui um ciclo de crescimento com três fases. Fase anágena, que é a fase do crescimento do fio que dura de dois a sete anos; fase catágena, de repouso e que dura semanas e fase telógena, que é a fase onde o cabelo cai. Num ciclo capilar normal o fio que cai é automaticamente substituído por um novo. Com a febre alta em alguns casos da infecção, alguns medicamentos utilizados no tratamento da Covid, como os anticoagulantes, somados ao estresse psicológico e isolamento social contribuiriam para aumento da fase telógena do ciclo capilar, e consequente, queda excessiva dos cabelos”, avalia a dermatologista Cibele Tamietti. (mais…)

ARTIGO – Você sabia que adolescentes também podem ter varizes?

ARTIGO - Você sabia que adolescentes também podem ter varizes? - saudeVarizes adolescentes | Foto: Divulgação

Por Dr. Gustavo Marcatto – médico vascular

Ao se pensar em varizes, normalmente não associamos essa doença com adolescentes, porém ela pode estar presente principalmente em garotas após a primeira menstruação. “As varizes aparecem normalmente mais nas meninas devido a alguns hormônios como estrógeno e progesterona, e deve-se buscar tratamento ao perceber as primeiras varizes ou vasinhos”, conta explica Dr. Gustavo Marcatto, médico vascular e referência na área.

O que são varizes?

As varizes geralmente comprometem mais os membros inferiores, que podem causar dor e inchaço nas pernas, além de mexer com a autoestima. “A maioria dos casos de varizes podem ser causados por histórico familiar, uso de hormônios, gravidez ou ficar muito tempo em pé ou sentado”, complementa Dr. Gustavo Marcatto.

Os principais sintomas são: aparecimento de veias azuladas e muito visíveis, agrupamento de pequenos vasos avermelhados, sensação de peso nas pernas; câimbras, inchaço nas pernas, em especial ao final do dia, sensação de pernas ardendo, “Além de afetar a aparência, a doença causa inchaço, dor, cansaço e pode levar a feridas e até trombose”, explica Dr. Gustavo. (mais…)

Gordofobia: 3 verbos para saber se ela está presente na sua vida

Gordofobia: 3 verbos para saber se ela está presente na sua vida - saudeNa foto, Felipe Koleski | Crédito da imagem: Jefferson Silva dos Santos

Por Felipe Koleski é médico – médico 

Seis a cada 10 adultos no Brasil estão acima do peso. Cerca de 96 milhões de brasileiros têm sobrepeso ou obesidade, mostra a mais recente Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE. A questão é que ninguém é obeso porque quer. A genética, o estresse, a ansiedade, a cultura familiar e até baques emocionais e medicamentos desencadeiam o ganho de peso. E às vezes tudo junto, pois a obesidade é multifatorial.

O problema é que ainda lançamos um olhar de advogado de acusação para as pessoas portadoras de obesidade, atribuindo equivocadamente ao desleixo algo que não depende só de força de vontade. Por que fazemos isso? A resposta está na desinformação geral, mas também é uma questão de atitude individual. Selecionei três verbos para você identificar se a gordofobia, o preconceito contra quem tem obesidade, está presente na sua vida:

  1. Simplificar

Como vimos, a obesidade não é uma escolha. É uma doença crônica, incurável, com múltiplas causas e recidivante, ou seja, mesmo tratada ela volta a se manifestar de modo recorrente. Outra informação que você precisa saber é que a obesidade desencadeia doenças como câncer, diabetes, hipertensão, gordura no fígado e outras. Por isso, encarar a obesidade apenas como escolha ou desleixo com o próprio corpo é revelar desconhecimento. Não existem soluções simples para questões complexas – e a obesidade, decididamente, não é algo simples. (mais…)

Doenças que acometem a extensão da coluna foram principais causas de afastamento do trabalho em Goiás

Doenças da coluna foram as principais causas de afastamentos do trabalho com o pagamento do auxílio-doença pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2020. Transtornos de discos lombares e de outros discos intervertebrais ocuparam os topo das ausências, com 1.247 benefícios concedidos apenas em Goiás.

Dentre esses transtornos estão as hérnias de disco, estenoses do canal vertebral e osteoartrose, que podem acontecer em toda a extensão da coluna vertebral (cervical, torácica e lombossacra). Em segundo lugar dos benefícios no Estado está o lumbago com ciática, com 1.117 afastamentos, que é, especificamente, a dor lombar baixa irradiada para os membros inferiores no trajeto do nervo ciático. Ou seja, as duas principais causas de afastamento estão relacionadas à coluna vertebral.

O neurocirurgião Leonardo Rocha-Carneiro García-Zapata, que atende no Tumi Espaço Clínico, no Órion Complex, em Goiânia, cita alguns dos fatores que levam a esses dois problemas.

“As causas variam, podem ser traumas, sobrepeso, mau condicionamento físico, questões genéticas e má postura, a qual engloba atividades laborativas, carregar pesos de forma inadequada e esforços físicos”, detalha o médico. (mais…)