Observar, falar, ouvir, buscar ajuda. Estas são algumas ações que podem contribuir para prevenir o suicídio, que na maior parte dos casos está associado a um distúrbio mental. Ontem, a notícia do suicídio de um policial militar em Salvador despertou, mais uma vez, o alerta para a necessidade de se falar sobre o tema de forma responsável e esclarecedora.
Informações preliminares apontam que o policial teria um diagnóstico de depressão, uma das patologias que está mais associada ao suicídio, como pontua o psiquiatra da clínica Holiste, Victor Pablo da Silveira. Ele destaca que mais de 80% dos casos ocorre em pessoas que têm sintomas de depressão maior.
“O cotidiano de uma pessoa com potencial suicida pode ou não estar associado a gestos de negligência com a própria saúde, queda da produtividade, isolamento social, exposição a situações de risco e precariedade na qualidade de vida. Muitas vezes a ocorrência de alguma adversidade ou mudança de vida pode funcionar como gatilho para o impulso”, completa o psiquiatra da Holiste.