A Secretaria da Educação do Estado (SEC) promoveu nesta quinta-feira, dia 21, no seu auditório, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, uma mesa de debate sobre o tema ‘Práticas pedagógicas de valorização da identidade, da memória e cultura negra’. A atividade faz parte da programação voltada para as comemorações do Novembro Negro.

Ana Célia da Silva, doutora em Educação e pesquisadora sobre racismo em publicações didáticas adotadas por escolas brasileiras, falou sobre a educação nas relações, relações étnico-raciais e de como conviver com as diferenças. ‘Acho muito importante discutir esse tema com os educadores para que eles entendam que o básico é reconstruir a autoestima e a identidade das crianças e dos jovens, que eles próprios tenham consciência étnico-racial e comecem a ver o diferente como diferente e não como desigual’, disse.

Já a palestrante Vanda Machado, doutora e acadêmica dedicada à Educação Étnico-racial, abordou sobre práticas pedagógicas. ‘Neste encontro, eu quis saber quais são as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores e o que eles acham da possibilidade de a gente trabalhar a Educação das relações étnico-raciais e a questão do racismo fora da escola, da sociedade e no mundo’, comentou.

A peça ‘Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso’, escrita por Paulo Henrique Alcântara e dirigida por Hyago Matos, está de volta aos palcos para sua segunda temporada. O espetáculo será apresentado de 21 a 24 de novembro, no Teatro Martim Gonçalves, com sessões às 20h na quinta e sexta-feira e às 19h no sábado e domingo.

A obra, inicialmente concebida como uma homenagem à atriz baiana Yumara Rodrigues, ganha uma carga emocional ainda mais intensa com o falecimento da atriz no último dia 2 de novembro, aos 90 anos. Figura central na história do teatro baiano, Yumara deixou um legado extraordinário em mais de 60 anos de atuação, sendo um dos grandes nomes da Companhia de Teatro da UFBA.

Uma lenda eternizada no teatro baiano

Sobre a atriz, o autor Paulo Henrique Alcântara destaca: ‘Yumara Rodrigues se tornou sinônimo da história do teatro na Bahia. Sua ousadia, técnica sólida e entrega absoluta ao palco inspiraram gerações. Para ela, escrevi a protagonista da peça. Embora não tenha podido atuar, participou de momentos marcantes como a leitura dramática no Teatro Vila Velha, onde foi homenageada. Esta montagem seguirá como tributo a Yumara, que permanece como inspiração viva para todos nós.’ (mais…)