França não assinará acordo com Mercosul se Bolsonaro abandonar o Acordo de Paris, diz Macron

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quinta-feira (27), que não assinará nenhum acordo comercial com o Brasil, se o presidente Jair Bolsonaro se retirar do acordo climático de Paris. A decisão ameaça colocar um entrave nos trabalhos das negociações comerciais entre a União Europeia e o Mercosul, bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

“Se o Brasil deixar o acordo de Paris, no que nos diz respeito, não poderemos assinar um acordo comercial com eles”, disse Macron a repórteres antes da reunião do G20, no Japão.  “Por uma simples razão. Estamos pedindo aos nossos agricultores que parem de usar pesticidas, estamos pedindo a nossas empresas que produzam menos carbono, o que tem um custo de competitividade”, continuou.

No início do ano, a França votou contra a abertura das negociações entre a União Europeia e os EUA por causa da decisão de Washington de abandonar o Acordo Climático de Paris. As conversações da União Europeia com o Mercosul, o quarto maior bloco comercial do mundo, se intensificaram, com Bolsonaro afirmando que um acordo poderia ser assinado “em breve”. (mais…)

Bolsonaro embarca para o Japão para participar de cúpula do G20

Bolsonaro embarca para o Japão para participar de cúpula do G20 - politicaFoto: Alan Santos/ PR

O presidente Jair Bolsonaro embarcou na ultima terça-feira (25), para Osaka, no Japão, onde participará da cúpula de líderes do G20, grupo que reúne as 20 principais economias do mundo.

Ele deverá desembarcar na cidade nesta quinta-feria (27) para o encontro, que acontece na sexta (28) e no sábado (29). Antes de viajar, Bolsonaro transmitiu o cargo para o vice-presidente, Hamilton Mourão.

Além de fazer sua estreia no G20, onde será um dos três oradores principais na sessão temática de inovação e tecnologia, Bolsonaro se reunirá com líderes de outros países, entre os quais o presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro ministro da Índia, Narendra Modi.

Metro1

Governo aprova registro de mais 42 agrotóxicos; já são 211 no ano

O Ministério da Agricultura aprovou o registro de 42 agrotóxicos, totalizando 211 neste ano. Os pesticidas são de fabricantes como Dow Agrosciences, Bayer e Syngenta, e aguardavam liberação há quatro anos, em média, de acordo com comunicado da pasta. As aprovações foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24), e incluem apenas um ingrediente ativo novo (o chamado produto técnico).

Os demais são “genéricos” de substâncias e produtos já disponíveis no mercado, afirmou o ministério. A última lista de aprovações havia saído em 21 de maio, com 31 produtos. A novidade entre as aprovações é o produto técnico Rinksor, da Dow, à base de Florpirauxifen-benzil. É o primeiro ingrediente ativo novo aprovado em 2019. Ele ainda não chegou ao mercado para o agricultor. Para isso, um produto formulado à base dessa substância ainda precisará ser aprovado.

Segundo o Ministério da Agricultura, o ingrediente ativo “apresenta alta eficiência contra a infestação de diversas plantas daninhas”. Da lista de registros, outros 29 são produtos técnicos equivalentes, ou seja, “genéricos” de princípios ativos já autorizados no país, para uso industrial, que serão usados para compor novas misturas.

Bahia.Ba

Bolsonaro não revogará decreto das armas, diz porta-voz

Bolsonaro não revogará decreto das armas, diz porta-voz - politicaFoto: Valter Campanato/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro não revogará ou agirá para impedir a votação do decreto das armas na Câmara Federal, prevista para a tarde desta terça-feira (25), informou o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros. Segundo o porta-voz, o governo “já enfatizou que não irá interferir nas questões do Congresso Nacional”.

“Entretanto, o governo federal tem buscado diálogo e o consenso para a aprovação das medidas que atendam às aspirações da maioria dos cidadãos brasileiros, que querem segurança e paz”, acrescentou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou na segunda-feira (24), que o decreto deve ser derrubado também na Câmara e que negocia com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para achar uma solução por meio de projetos de lei. Parlamentares já articulam um novo texto para rever o Estatuto do Desarmamento, com medidas para desburocratizar a posse e o porte de armas.

Redação: Bahia.Ba | Fonte: Globo

Fernando Holiday propõe que grávida após estupro ouça coração de feto antes de aborto legal

O vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM) propôs, em projeto de lei, que a mulher que engravidou após um estupro seja submetida a várias medidas antes de decidir pelo aborto legal. Entre as condições, está obrigar a vítima de violência sexual a ouvir o coração do feto. No Brasil, o abortamento é permitido nos casos autorizados pela Constituição (risco de morte para a gestante e estupro) ou pelo Supremo Tribunal Federal (fetos anencéfalos).

O projeto ainda propõe só permitir o aborto nos casos legais depois da emissão de um “alvará judiciário”, impor atendimento psicológico para dissuadir a decisão de abortar e obrigar a gestante a passar por atendimento religioso. O projeto chocou especialistas em aborto legal. Para a psicóloga Daniela Pedroso, do GEA (Grupo de Estudos sobre Aborto), o projeto de lei “perpetua a violência sofrida por essas mulheres e pode ser comparado a uma tortura”.

“Como é que você coloca uma mulher para ouvir o coração de um feto fruto de um estupro? A mulher que engravida de um estuprador sente essa gestação como uma segunda violência. Você não pode obrigar essa mulher a ouvir o coração do feto”, questionou.

Segundo a psicóloga, o projeto fere o código de ética profissional ao obrigar a mulher que tem direito ao aborto legal a passar por “atendimento psicológico com vistas a dissuadi-la da ideia de realizar o abortamento”.

Redação: Metro1 | Fonte: BuzzFeed News Brasil

Bolsonaro manda recado ao Congresso: ‘Querem me deixar como rainha da Inglaterra?’

Bolsonaro manda recado ao Congresso: 'Querem me deixar como rainha da Inglaterra?' - politicaFoto: Alan Santos/ PR

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou neste sábado (22), que o Legislativo passa a ter cada vez mais “superpoderes” e que quer deixá-lo como “rainha da Inglaterra”, ou seja, que reina, mas não tem poder de governar. “Pô, querem me deixar como rainha da Inglaterra? Este é o caminho certo?”, questionou Bolsonaro, que enfrenta uma turbulenta relação com o Congresso.

O presidente afirmou ter tido conhecimento de um projeto aprovado no Congresso que transfere a parlamentares o poder de fazer indicações para agências reguladoras. “Se isso aí se transformar em lei, todas as agências serão indicadas por parlamentares. Imagina qual o critério que vão adotar. Acho que eu não preciso complementar”, disse Bolsonaro. O mandatário declarou ainda que “o Legislativo, cada vez mais, passa a ter superpoderes” e disse que o pacto entre Executivo, Legislativo e Judiciário deveria ser algo vindo “do coração”.

“Com todo respeito, nem precisava ter um pacto. Isso precisava ser do coração, do teu sentimento, da tua alma”, afirmou o presidente. O presidente deu as declarações na saída do centro médico do Palácio do Planalto, onde realizou exames antes de embarcar para o Japão, na terça-feira (25) para participar da reunião do G-20.

Redação: Metro1 | Fonte: Folha