Comandantes das Forças Armadas pedem demissão em protesto contra Bolsonaro

Comandantes das Forças Armadas pedem demissão em protesto contra Bolsonaro - politica, brasilFoto: Marcos Corrêa/ PR

Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica pediram renúncia conjunta  por discordar do presidente da República. O fato é inédito na história do país. Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica) colocaram seus cargos à disposição do general da reserva Walter Braga Netto, novo ministro da Defesa, na manhã desta terça-feira, dia 30.

De acordo com a Folha, todos reafirmaram que os militares não participarão de nenhuma aventura golpista, mas buscam uma saída de acomodação para a crise, a maior na área desde a demissão do então ministro do Exército, Sylvio Frota, em 1977 pelo presidente Ernesto Geisel.

O novo ministro tentou dissuadi-los de seguir o seu antecessor, o também general da reserva Fernando Azevedo, demitido por Jair Bolsonaro na última segunda-feira, dia 29, mas o mal-estar pela saída do ex-ministro, que funcionava como pivô entre as alas militares no governo, o serviço ativo e o Judiciário, foi grande demais.

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Bolsonaro entra no STF para derrubar medidas de isolamento tomadas pelos governadores

Bolsonaro entra no STF para derrubar medidas de isolamento tomadas pelos governadores - politica, justicaFoto: Marcos Corrêa/ PR

O presidente Jair Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar os decretos dos governos que determinaram restrições de circulação de pessoas diante do aumento expressivo do número de mortes e transmissão da Covid-19. Entre os alvos está a Bahia, que teve um decreto expedido pelo governador Rui Costa. Além do estado baiano, Distrito Federal e Rio Grande do Sul entraram na mira de Bolsonaro. Na ação, o governo pede que o Supremo determine que o fechamento de atividades não essenciais durante a pandemia só pode ter por base uma lei aprovada pelo Legislativo, e não decretos de governadores.

“Entramos com ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF buscando conter esses abusos. Entre eles, o mais importante é que nossa ação foi contra o decreto de três governadores. No decreto, inclusive, o cara bota toque de recolher. Isso é estado de sítio, que só uma pessoa pode decretar: eu”, disse o presidente, em live semanal transmitida pelas redes sociais. O texto requer à Corte que se “estabeleça que, mesmo em casos de necessidade sanitária comprovada, medidas de fechamento de serviços não essenciais exigem respaldo legal e devem preservar o mínimo de autonomia econômica das pessoas, possibilitando a subsistência pessoal e familiar”.

Na prática, isso dificultaria a adoção de medidas urgentes para combater a pandemia, já que a necessidade de aprovação de uma lei exige a negociação política e também a tramitação de um processo legislativo. O presidente também informou que o Executivo enviará um projeto de lei (PL) com urgência para o Congresso em que define o que são atividades consideradas essenciais durante a pandemia de covid-19. “É toda aquela que serve para o cidadão botar pão na mesa. Então, tudo passa a ser atividade essencial”, apontou o presidente.

Metro1

Ex-governador de Goiás morre de Covid-19 após esperar 3 dias por leito de UTI

Ex-governador de Goiás morre de Covid-19 após esperar 3 dias por leito de UTI - politicaFoto: Reprodução/ Vídeo - TV Assembleia

O ex-governador de Goiás Helenês Cândido, 86 anos, morreu de Covid-19, após aguardar três dias por um leito de UTI no estado. Ele morreu na ambulância, durante a transferência do hospital em que estava internado para um leito em Caldas Novas, na região sul de Goiás. Cândido foi diagnosticado com a Covid-19 no início de março, junto com a esposa, Lila Morais.

Logo que foram diagnosticados, os dois foram internados em um hospital particular em Goiânia. Após uma semana, apresentaram melhora, receberam alta e voltaram para Morrinhos, onde moram. Na última sexta-feira, dia 12, o ex-governador voltou a ser internado em um hospital de campanha da cidade, após apresentar sintomas da doença. O quadro se agravou e ele foi intubado no dia seguinte.

No domingo, dia 14, a situação piorou e ele passou a precisar de uma UTI completa, entrando na fila de regulação. No entanto, a vaga só ficou disponível na quarta-feira, dia 17, no Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida, em Caldas Novas. Helenês Cândido deixa a esposa e dois filhos. O corpo foi enterrado às 10h desta quinta-feira, no Cemitério São Miguel, em Morrinhos, cidade onde nasceu.

Metro1

Insatisfeitos com Bolsonaro, policiais civis da Bahia aderem a paralisação nacional

Insatisfeitos com Bolsonaro, policiais civis da Bahia aderem a paralisação nacional - politica, policia, bahiaFoto: Alberto Maraux/ SSP-BA

Os policias civis da Bahia decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (16), aderir à campanha nacional intitulada ‘Lockdown da Segurança Pública’ e vão paralisar as atividades na próxima quinta-feira, dia 18, no horário das 8h às 12h. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sinpoc), a intenção do ato é cobrar a vacinação dos trabalhadores da segurança e demonstrar a insatisfação da categoria com a retirada de direitos imposta pela PEC 186, a chamada PEC Emergencial.

“Nós decidimos aderir ao Lockdown da Segurança Pública para mostramos à sociedade o tratamento injusto que é dado às forças de segurança em todo o território nacional. O Governo Federal enviou ao Congresso um projeto para congelar salários e impedir promoções dos policiais. Os senadores e deputados, por sua vez, aprovaram parte desses ataques aos direitos dos servidores, imputando grandes prejuízos aos policiais”, comenta Eustácio Lopes, presidente do Sindpoc. O presidente da entidade lembra que os trabalhadores da Segurança convivem diariamente com os riscos da profissão e, diante da pandemia, mantiveram-se na linha de frente, pois exercem atividades essenciais.

“Somos essenciais no combate ao crime e até mesmo no enfrentamento à covid-19, combatendo aglomerações e mantendo as delegacias abertas com todas as atividades funcionando, pois os criminosos não fazem quarentena. Mesmo assim, não tivemos nenhum tipo de reconhecimento, nem mesmo recebemos prioridade na vacinação, como aconteceu com os profissionais da saúde. Ao contrário disso, fomos duramente atacados com a retirada de direitos”, completou Eustácio. Uma nova paralisação nacional da categoria está marcada para a próxima segunda-feira, dia 22.

Bahia.Ba

Baiano Arthur Maia será relator da reforma administrativa na Câmara dos Deputados

Baiano Arthur Maia será relator da reforma administrativa na Câmara dos Deputados - politicaFoto: Wilson Dias/ Agência Brasil

O deputado federal Arthur Maia (DEM-BA) será relator da comissão especial criada na Câmara dos Deputados para analisar o projeto da reforma administrativa. A informação foi confirmada pelo parlamentar. Fernando Monteiro (PP-PE) vai presidir o colegiado. Na condição de relator, caberá a Maia criar o texto da reforma.

As definições foram feitas pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), após conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A previsão é de que o colegiado seja instalado depois que os parlamentares aprovarem a admissibilidade da reforma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Ainda não há data para que o deputado Darci de Matos (PSD-SC) apresente seu parecer sobre a matéria.

A PEC que propõe um novo regime para novos funcionários públicos foi apresentada pelo governo no ano passado e é uma das prioridades da cúpula do Congresso, que estima um período de seis a oito meses de tramitação.

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Novo ministro da Saúde diz que vai executar política definida pelo governo Bolsonaro

Novo ministro da Saúde diz que vai executar política definida pelo governo Bolsonaro - politica, brasilFoto: Marcos Oliveira/ Agência Senado

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira, dia 16, que vai seguir a política já estabelecida pelo governo federal no combate à pandemia. “A política é do governo Bolsonaro. A política não é do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo”, disse à imprensa antes de uma reunião com o atual ministro, Eduardo Pazuello.

Anunciado nesta segunda-feira, dia 15, o cardiologista é o quarto ministro a comandar a pasta desde o início da pandemia. Queiroga ainda elogiou as ações do governo federal para combate à pandemia do coronavírus e disse que vai dar “continuidade” ao trabalho desenvolvido pelo Ministério da Saúde.

“O governo está trabalhando. As políticas públicas estão sendo colocadas em prática. O ministro Pazuello anunciou todo o cronograma da vacinação. A política é do governo Bolsonaro. A política não é do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo. Ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e eu fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a esse trabalho”, disse Queiroga.

Metro1