POEMA DE MARIA DO CARMO – CLAMOR INDÍGENA

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O dia celebrativo pelo reconhecimento aos povos originários, 19 de abril, conforme a Lei 14.402/22 que instituiu esta data como o DIA DOS POVOS INDÍGENAS, tem como objetivo  celebrar a diversidade cultural destes povos originários. A Poesia é um instrumento de clamor pelo reconhecimento da importância dos povos indígenas e do seu legado histórico e cultural que são um marco na história do nosso território BRASIL.

 

CLAMOR INDÍGENA

Desterrados,

Desprezados,

Invisibilizados,

Desumanizados,

Eles, os povos nativos,

Sem direito a posse da terra,

Sem direito a assistência,

Sem humanização.

Eles, os povos INDÍGENAS,

Destituídos de SER e de VIVER,

Imploram por sobreviver!

 

Autoria – Maria do Carmo da S. Santos

Poesia extraída do livro COLHEITAS ANCESTRAIS & PRIMAVERAS

Reflexão ‘Quinta-feira Santa: O Perdão’

Foto: Arquivo Pessoal

Por Neide Ferreira – poeta.

Nesta quinta-feira santa, dia de reflexão,

Pensamos no amor que Jesus nos deu.

Ele nos ensinou a perdoar,

A amar e a ser misericordioso.

 

O perdão é um dom precioso,

Que nos liberta do peso da dor.

Ele nos permite seguir em frente,

Sem o peso da raiva e do ressentimento.

 

Jesus nos mostrou o caminho do amor,

Com sua vida e com sua morte.

Ele nos ensinou a perdoar,

A amar e a ser compassivo.

 

Que possamos aprender com Jesus,

A perdoar e a amar sem condições.

Que possamos ser misericordiosos,

E espalhar amor e paz por onde passamos.

 

Nesta quinta-feira santa, vamos refletir,

Sobre o amor e o perdão de Jesus.

Vamos pedir para sermos instrumentos,

De amor e paz no mundo.

 

Com reflexão e paz, Neide Ferreira.

Poesia de Maria do Carmo Silva ‘CLAMOR DA NEGRITUDE’

Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Olha o Negro aqui!

Discriminado,

Rechaçado,

Desumanizado,

Humilhado,

Maltratado!

Olha o Negro aqui!

Por que discriminá-lo?

Por que rechaçá-lo?

Por que desumanizá-lo?

Por que humilhá-lo?

Por que maltratá-lo?

Por que inferiorizá-lo?

Discriminá-lo simplesmente pela cor da sua pele?

A melanina é um rótulo de exclusão?

NEGRO é humano, é cidadão!

NEGRO exige liberdade de ir e vir!

NEGRO é digno de respeito,

NEGRO clama por igualdade de condição!

A escravatura no Brasil gerou o preconceito e a discriminação racial que ainda perdura contra a vida da nossa população negra, cotidianamente submetida a novas formas de escravização, ao silenciamento, a invisibilidade, a violência, a intolerância, causando consequências dolorosas a nossa trajetória humana e social. Sou negra, poeta, escritora e acredito na POESIA como um eco por libertação das “correntes” que ainda nos aprisionam.

Autora: Maria do Carmo da Silva Santos.

Instagram: @mariadocarmoescritora

Poesia de maria do Carmo MEMORÁVEL NOITE DE SÃO JOÃO

Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

A noite caía.

A neblina, o céu embranquecia.

A chama da fogueira ardia.

A garotada soltava fogos, se divertia.

Eita noite boa, sô!

Amendoim, milho, canjica e licôr.

A sanfona comandava o arrasta-pé.

As vestes de chita a moda ditava.

O forró a festa comandava.

Era noite de SÃO JOÃO!

Eita noite boa, sô!

O capote para o frio aquecer.

Na brasa da fogueira assar milho e comer.

Dançar forró na sala ou no terreiro.

A alegria da noite do São João,

Aquecia o corpo e o coração.

Eita noite boa, sô!

“As FESTAS JUNINAS são uma forte tradição, na qual a promoção da cultura popular está no centro da roda. Historiadores afirmam que a festividade surgiu com este nome por acontecer durante o mês de junho. Outra versão diz que a festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seria uma homenagem a São João. É no Nordeste que as FESTAS JUNINAS ganham uma grande expressão. Em razão de longos períodos de seca na região, as festas são um momento de agradecer as raras chuvas que caem naquelas terras.

Fonte: JORNAL MUNDO JOVEM – Junho/2009.

Poema de Maria do Carmo Silva “RESISTÊNCIA INDÍGENA”

Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

No Dia dos Povos Indígenas, nessa sexta-feira (19), a professora, poeta, escritora e colunista do Tribuna do Recôncavo, Maria do Carmo da Silva, apresenta o poema: RESISTÊNCIA INDÍGENA.

És humano.

És um povo.

És indígena!

És filho da Mãe Terra.

És irmão da natureza.

És guerreiro.

És resistência!

Resistes a expulsão do teu habitat!

Resistes a discriminação de tua gente.

Resistes a violência sem precedentes.

O povo indígena, grita, clama:

Sou humano,

Sou povo, sou gente!

Vivo, existo e insisto em sobreviver.

A minha história e o meu legado,

A posteridade precisa conhecer.

(Extraído do livro LEITURAS E RELEITURAS de Maria do Carmo).

O Brasil tem cerca de 1,7 milhão de indígenas autodeclarados de 305 etnias, o que representa 0,83% do total de habitantes do país, de acordo com dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2022, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 2022 houve no Brasil 416 casos de violência contra indígenas, sendo assassinatos (180); homicídios culposos (17); lesões corporais dolosas (17); tentativas de assassinato (28); ameaças de morte (27); ameaças várias (60); violência sexual (20); racismo e discriminação étnico-cultural (38) e abusos de poder (29).

Fonte: Agência Brasil.

Poesia de Maria do Carmo sobre o verdadeiro sentido do Natal

Na foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Somos convidados a refletirmos acerca do verdadeiro sentido do Natal: a comemoração do nascimento do Salvador da humanidade! A sociedade contemporânea, sustentada pelo Capitalismo, motiva as pessoas apenas ao consumismo! Precisamos resgatar as lições de vida que o nascimento do nosso Salvador nos trouxe sustentadas na humildade, na solidariedade e na PAZ! Aprendamos com ELE!

ENTÃO, É NATAL!

Então, era NATAL!

Anunciavam os sinos da Igrejinha e da catedral.

O canto do galo à meia noite a boa nova anunciava.

Um tempo de Paz na humanidade iniciava!

Então, era NATAL!

Na simplicidade do presépio,

o cenário do nascimento do Menino-Deus representava.

A “Missa do galo” a meia noite era rezada.

Com galhos secos e plantas, a Árvore de Natal era montada.

Então era NATAL!

A ceia era realizada em família com simples iguaria.

O famoso Papai Noel para as crianças existia.

Então, era NATAL!

Na Igrejinha e na catedral,

o “Glória a Deus nas alturas” era alegremente entoado.

Um caloroso abraço de Feliz Natal, com todos era partilhado.

O Menino-Deus no presépio era reverenciado!

A simplicidade reinava nas casas, Igrejas, ruas e praças.

A PAZ trazida pelo Salvador, nos corações habitava.

Então, É NATAL!

Acolhamos o Menino-Deus na gruta dos nossos corações!

Vivamos a essência do Natal cotidianamente com a prática de boas ações!

Que o Natal de outrora, vivenciado com humildade,

Volte a habitar no coração da humanidade!

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.

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