Caso Felca expõe exploração de menores na internet

Imagem por jeferrb do Pixabay

Na última semana, denúncias feitas pelo youtuber Felca trouxeram à tona a exploração de menores de idade na criação de conteúdo na internet. O caso, que envolve o influenciador H.S. e a adolescente K.S., de 17 anos, expôs novamente os riscos aos quais meninas e adolescentes estão sujeitas no ambiente digital, incluindo a exploração sexual e a exposição a conteúdos inadequados desde muito cedo.

Os dados mais recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 revelam a gravidade desse cenário. Em 2024, foram registradas mais de 85 mil vítimas de estupro no Brasil, sendo cerca de 60% menores de 13 anos. No ambiente virtual, os crimes de abuso sexual infantil online também avançaram: as denúncias de produção, armazenamento e compartilhamento de imagens de exploração sexual infantil cresceram 61,4% entre 2019 e 2024. Entre as vítimas identificadas nesse tipo de crime, 76,5% são meninas.

Segundo especialistas da Plan International Brasil, para prevenir essas situações é interessante ensinar as crianças desde a primeira infância sobre consentimento, formas de abuso e canais de denúncia, fortalecendo vínculos familiares e redes comunitárias de proteção.

Fernanda Arantes.

Golpes de sites falsos crescem no Brasil e preocupam especialistas; veja como se proteger

Imagem de Dariusz Sankowski por Pixabay

Com o crescimento acelerado de compras on-line, aumentou também o número de golpes envolvendo sites falsos. Muitos consumidores relatam experiências de comprar produtos pela internet e, após realizarem o pagamento, nunca terem recebido o item. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 31% dos brasileiros informaram terem sido vítimas de golpe ou de tentativa. Nas parcelas com mais instrução e mais renda, os percentuais são ainda maiores, de 39% e 41%, respectivamente.

Os criminosos costumam criar páginas que imitam grandes varejistas, com design profissional e promoções irresistíveis. O advogado José Crisostemo, especialista em Direito do Consumidor, alerta: ‘Esses sites costumam usar nomes semelhantes aos de grandes lojas, com domínios alterados de forma sutil, como a troca de uma letra ou a inclusão de hífens. O consumidor, muitas vezes, só percebe o golpe após dias de espera sem entrega ou ao tentar contato com um SAC inexistente.’

A Polícia Civil tem reforçado o alerta à população sobre a importância de verificar a reputação dos sites antes de concluir uma compra. A Bahia é o 4º estado com maior proporção de tentativas de fraudes no Brasil em 2024, com 6,69% das ocorrências, segundo levantamento do Mapa da Identidade e da Fraude da empresa Caf. O levantamento indica também que 1,24% de todas as transações realizadas no país no mesmo ano foram identificadas como tentativas de golpe. (mais…)

AGU promete agir contra mudanças da Meta que violem leis brasileiras

Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, informou em nota que irá agir contra as mudanças na política de moderação de conteúdo das redes sociais da Meta – o que inclui Facebook e Instagram – a partir do momento que elas afetem à democracia ou violem as leis brasileiras.

“Nosso país não é terra sem lei. Não vamos ficar de braços cruzados em relação a ataques à democracia”, destacou o ministro da AGU, Jorge Messias.

Para o ministro as mudanças anunciadas reforçam a necessidade de uma regulação das redes sociais no Brasil. A manifestação do ministro destaca que a decisão da Meta vai aumentar a desinformação nas redes sociais que, segundo ele, já enfrentam problemas com fake news e discursos de ódio.

Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: Agência Brasil

Moraes reforça que redes sociais só operarão no Brasil se respeitarem as leis

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, declarou nesta quarta-feira, dia 08, que as redes sociais devem respeitar a legislação brasileira para continuar operando no país. A fala ocorreu durante uma cerimônia em alusão aos dois anos dos ataques extremistas de 8 de janeiro de 2023, na sede do Supremo Tribunal Federal.

“Aqui no Brasil, a nossa Justiça Eleitoral e o nosso STF, ambos já demonstraram que aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, [as redes sociais] só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira. Independentemente de bravatas de dirigentes irresponsáveis das big techs”, afirmou Moraes.

O ministro também destacou o papel das plataformas digitais nos ataques de 8 de janeiro, afirmando que contribuíram para a disseminação de discursos de ódio e práticas golpistas. Ele reforçou que o STF não permitirá o uso das redes para fins antidemocráticos. (mais…)

Primeira Turma do STF tem maioria para manter X suspenso no Brasil

Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) criou maioria para manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu o funcionamento do X no Brasil na última sexta-feira. A decisão vale até que a empresa cumpra decisões da Justiça, pague multas aplicadas por desobedecer ordens judiciais.

A análise é feita no plenário virtual e os ministros têm 24 horas para inserirem seus votos no sistema eletrônico da Corte, isto é, até as 23h59 desta segunda. Além de Moraes, que referendou sua decisão em plenário virtual logo no início da madrugada, também votaram a favor da suspensão os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, o que fez com que a Corte chegasse à maioria. Faltam votar Cármen Lúcia e Luiz Fux,

Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes confirmou os termos da decisão individual e propôs o referendo da suspensão do X e da multa de R$ 50 mil para pessoas e empresas que utilizarem ‘subterfúgios tecnológicos’ para manter o uso do X, como o uso de VPN. A multa foi questionada pela OAB.

Metro1

Criador do Orkut pretende contratar brasileiros para desenvolver nova rede social

Foto: Reprodução/ Orkut

O engenheiro turco Orkut Büyükkökten, fundador da rede social que leva seu nome e marcou toda uma geração no Brasil, já anunciou que pretende voltar ao ramo com uma nova rede baseada (mas atualizada) no clássico Orkut. Segundo ele, a nova plataforma será um espaço mais autêntico e saudável para os usuários que as vigentes por aí.

Em visita ao país, Orkut afirmou que planeja contratar profissionais brasileiros para colaborar no projeto. Vale destacar que, competindo com a Índia, que tem uma população muito maior, o Brasil foi o país com o maior número de usuários da pioneira rede social, somando cerca de 30 milhões de usuários ativos nos anos 2000.

Orkut Büyükkökten declarou pretender corrigir os rumos tóxicos que as plataformas contemporâneas, sem citar nomes, tomaram, onde influenciadores, corporações e profissionais de marketing detonaram as interações autênticas entre pessoas comuns e reais. Ele avalia que, em vez de conectar, as redes sociais atuais acabam gerando comparações irreais e impactando negativamente a saúde mental dos usuários, especialmente os mais jovens. (mais…)