Setor industrial brasileiro teve queda generalizada no mês de março

Setor industrial brasileiro teve queda generalizada no mês de março - economiaImagem Ilustrativa | Foto: Manu Dias/ GOV-BA

Pela primeira vez desde desde 2012, quando foi iniciada, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) registrou em março queda em todas as 15 regiões pesquisadas. Na média nacional, segundo divulgou o IBGE nesta quinta-feira, dia 15, o recuo ficou em 9,1%. Na segunda metade, o mês foi afetado pelas medidas de enfrentamento da Covid-19.

As retrações mais intensas aconteceram nos estados do Ceará (-21,8%), Rio Grande do Sul (-20,1%) e Santa Catarina (-17,9%). Os dados se referem ao comparativo com o mês imediatamente anterior. Na Bahia, o setor industrial retraiu 5% em março frente ao mês anterior. Em relação ao mesmo mês de 2019, houve avanço de 5,8%. Em 2020, a indústria baiana tem ganho acumulado de 7,1%, enquanto no intervalo de 12 meses – de abril de 19 a março de 20 – a perda é de 0,4%.

Segundo o IBGE, a última grande disseminação de resultados negativos havia sido em maio de 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros, com taxas negativas em 14 locais, ficando de fora apenas o Pará. Na comparação com o mesmo mês de 2019, a indústria nacional caiu 3,8% em março deste ano, com resultados negativos em 11 dos 15 locais pesquisados.

Bahia.Ba

Banco Central antecipa produção de R$ 9 bilhões em cédulas

Banco Central antecipa produção de R$ 9 bilhões em cédulas - economiaFoto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O Banco Central (BC), antecipou para este mês pedido de produção de cédulas, no valor de R$ 9 bilhões, para a Casa da Moeda. Essa produção já estava prevista na programação anual, mas a antecipação foi necessária para evitar a falta de cédulas.

Desde o início da pandemia de covid-19, o BC observou que há “entesouramento” do dinheiro no país. Segundo a Agência Brasil, o BC afirma que o entesouramento ocorre porque as pessoas estão guardando o dinheiro em vez de colocar em circulação.

“O pedido visa a construir estoques de segurança e mitigar eventuais consequências do fenômeno de entesouramento que se observa desde o início da pandemia. O BC entende que o entesouramento pode ser consequência de três fatores: saques por pessoas e empresas para formação de reservas, diminuição do volume de compras no comércio em geral e porque parcela considerável dos valores pagos em espécie aos beneficiários dos auxílios [como o auxílio emergencial] ainda não retornou ao sistema bancário”, diz o BC, em nota.

Metro1

Camaçari: Petrobras inicia venda de três termelétricas

Camaçari: Petrobras inicia venda de três termelétricas - economia, camacariFoto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

A Petrobras iniciou a venda de três usinas termelétricas localizadas em Camaçari (BA), todas movidas a óleo combustível. A estatal petrolífera também está vendendo uma UTE bicombustível em Canoas-RS, movidas a óleo diesel ou gás natural. A primeira etapa do desinvestimento consiste no teaser, com informações sobre o negócio a ser ofertado.

De acordo com a Petrobrás, o teaser contém as principais informações sobre a oportunidade, bem como os critérios de seleção de potenciais participantes. Está disponível no site da Petrobras https://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-e-comunicados/teasers.

As UTEs Polo Camaçari pertencem exclusivamente à Petrobras e englobam as usinas Arembepe, Bahia 1 e Muricy, com potência total instalada de 329 MW. As usinas operam com óleo combustível e têm possibilidade de conversão para operação a gás natural.A UTE Canoas tem titularidade da Petrobrás e possui potência instalada de 249 MW.

Bahia.Ba

ONU: Comércio global deve recuar mais de 25% no 2° trimestre de 2020

ONU: Comércio global deve recuar mais de 25% no 2° trimestre de 2020 - economiaFoto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O comércio mundial de bens deve cair a uma taxa nunca vista desde a crise financeira global de 2009, com as estimativas ficando cada vez mais sombrias nas últimas semanas, disse quarta-feira, nesta quarta-feira, dia 13, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês).

O comércio de mercadorias deve ter caído 3,0% no primeiro trimestre em relação aos três meses finais de 2019, e espera-se perda de 26,9% no segundo trimestre, informou a Unctad. Na comparação anual, esses números seriam de quedas de 3,3% e 29,0%, respectivamente.

“Neste momento, a forma da recuperação ainda não está clara; dependerá da rapidez com que as economias retornarão ao crescimento positivo e que sua demanda por bens comercializados suba mais uma vez”, disse o chefe de estatísticas da Unctad, Steve MacFeely.

Bahia.ba

Meirelles vê risco de economia cair como em 1929

Ex-ministro da Fazenda e atual chefe da pasta e do Planejamento no Estado de São Paulo, Henrique Meirelles afirmou que a economia do Brasil pode sofrer grave abalo com a pandemia do novo coronavírus. Para ele, a situação pode se assemelhar ou ser até mesmo pior do que em 1929, quando a economia mundial entrou em colapso e tem como marco referencial a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque.

“Aquela quebra da bolsa americana, a grande depressão, foi uma coisa brutal, mas temos números de alguns países que podem se aproximar disso ou superar. É o caso dos EUA, há uma previsão de taxa de desemprego de pouco menos de 4% e estava indo a 20% na verdade. Um aumento brutal. Isso mostra que pode chegar lá. Temos de fato um problema gravíssimo. […] É possível que seja algo igual ou pior que a depressão de 29, mas não é o que se prevê no momento. Mas pode piorar”, apontou, em entrevista.

Meirelles afirmou, no entanto, que a crise não é causada pela quarentena, mas, sim, pela pandemia. Ele cita o exemplo da Suécia, que demorou de aderir ao isolamento, mas prevê uma queda brusca do Produto Interno Bruto (PIB). “A suécia tem um padrão de vida altíssimo, onde as pessoas moram muito bem, não têm comunidades, moram em cômodos grandes, em espaços separados e não têm famílias grandes, em alto padrão de vida. A autoridade sanitária da Suécia disse que é diferente, que o sueco tem discernimento e que cada um faria o que bem entender. A doença cresceu, cresceu muito e isso gerou impacto, a população ficou com medo. A previsão de queda do PIB sueco é de 12%. É brutal, sem quarentena e nem nada, só pandemia. A média da Europa, mesmo com Itália no meio, é de 7 a 7,5% de queda. Isso mostra que esse dilema de economia versus pandemia não existe. No primeiro momento sim, se avalia que fazendo a quarentena piora a economia. Mas em um segundo momento, a pandemia vai piorar, isto é que o que causa crise é a pandemia e não as medidas de combate”, analisou.

Redação: Metro1 | Reportagem: Rádio Metrópole

Governo diz que apura se militares receberam auxílio de forma indevida

Governo diz que apura se militares receberam auxílio de forma indevida - economiaFoto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O Ministério da Defesa divulgou uma nota nesta segunda-feira, dia 11, na qual informou que apura se militares receberam de forma indevida o auxílio emergencial de R$ 600, destinado a ajudar trabalhadores informais durante a crise na economia provocada pela pandemia do coronavírus.

“O Ministério da Defesa informa que foi identificada, com o apoio do Ministério da Cidadania, a possibilidade de recebimento indevido de valores referentes ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal no período de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus por integrantes da folha de pagamentos deste ministério. A referida folha de pagamentos é composta por militares da ativa, da reserva, reformados, pensionistas e anistiados”, diz um trecho da nota.

A pasta informou que foram adotadas “todas as medidas necessárias à rigorosa apuração” do caso e que tenta identificar “se houve valores recebidos indevidamente, de modo a permitir a restituição ao erário”. Segundo o Ministério da Cidadania, quem recebeu o auxílio emergencial sem ter direito terá de devolver os recursos aos cofres públicos por meio do pagamento de uma Guia de Recolhimento da União (GRU). O benefício é pago pela Caixa Econômica Federal, que informou que faz a operação somente após a validação dos dados dos cidadãos pelo próprio governo.

Metro1