Presidente envia carta à Índia pedindo agilidade no envio de vacina

Foto: Carolina Antunes/ PR

O presidente Jair Bolsonaro enviou nesta sexta-feira (08), uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na qual solicita urgência no envio para o Brasil das doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca produzidas na Índia.  “O imunizante está sendo produzido no Serum Institute of India e deverá integrar de forma imediata a implementação do nosso Programa Nacional de Imunização”, informaram em nota conjunta a Secretaria de Comunicação da Presidência e o Ministério da Saúde.

Neste momento, o laboratório indiano fornecerá 2 milhões de doses da vacina. Na carta, Bolsonaro também agradeceu a Índia pela liberação das exportações dos insumos farmacêuticos produzidos naquele país, “de extrema relevância para o abastecimento do mercado brasileiro”, de acordo com a nota. O Ministério da Saúde quer começar a imunização, no cenário mais otimista, a partir de 20 de janeiro. Além da vacina da AstraZeneca, o governo federal também aguarda aprovação da Anvisa da CoronaVac, da chinesa Sinovac.

O pedido de urgência para a importação das doses da Índia ocorre após a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ter informado que vai ocorrer um atraso na chegada ao país do insumo necessário para a produção local do imunizante desenvolvida pela AstraZeneca. Até o fim do ano, o governo federal espera contar com mais de 200 milhões de doses do imunizante produzidos pela Fiocruz. A vacina da Sinovac está sendo produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. A expectativa do governo brasileiro é comprar 100 milhões de doses da Coronavac.

Agência Brasil

Campanha intensifica ações no Congresso para tributar super-ricos

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Tributar 0,3% mais ricos no Brasil permite arrecadar cerca de R$ 300 bilhões ao ano. Para alcançar essa receita a campanha Tributar os Super-Ricos apresentou oito propostas legislativas ao Congresso Nacional e vai intensificar os movimentos para aprová-las com urgência, diante do flagelo social e sanitário.

O país tem 14 milhões de desempregados, 40 milhões na miséria, encerrou o programa de Renda Emergencial, ultrapassou 200 mil mortos pela Covid-19, não tem prazo para a imunização contra o coronavírus e precisa ampliar os investimentos em políticas públicas para evitar mais mortes e sofrimento.

“É urgente garantir receitas para o Brasil sair da crise, aprofundada pela pandemia. Se o presidente diz não poder fazer nada, o Parlamento pode fazer”, resume Maria Regina Paiva Duarte, presidente do Instituto Justiça Fiscal, uma das organizações formuladoras das medidas apresentadas ao Congresso em agosto.

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PSOL aciona STF para que Bolsonaro prove acusação de fraude nas eleições de 2018

Foto: Isac Nóbrega/ PR

O PSOL apresentou nesta sexta-feira, dia 8, uma interpelação no Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de seu presidente Juliano Medeiros, para que Jair Bolsonaro esclareça em juízo suas acusações sobre fraude nas eleições de 2018. O partido pede ainda que ele explique suas declarações sobre eventuais consequências que possam haver caso o Brasil não adote o voto impresso no próximo pleito presidencial.

“Se nós não tivermos o voto impresso em 22, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos”, disse Bolsonaro na última quarta-feira (6/1). Diante disso, o PSOL pergunta no documento se o presidente da República pretende tomar alguma medida ou realizar alguma atitude; se a afirmação é uma ameaça às instituições e partidos políticos que participarão do pleito eleitoral de 2022; e  quais problemas ocorrerão no país caso não se estabeleça o voto impresso. “Há intenção de convocar os apoiadores, a exemplo dos Estados Unidos, para marcharem contra o Congresso Nacional ou contra qualquer outra instituição nacional ou entidade?”, questiona a legenda.

Ainda no dia 6, Bolsonaro disse que “a fraude existe (…) Eu só fui eleito porque tive muito voto em 2018”. De acordo com a interpelação, essa foi a oitava vez que o presidente fez a acusação, que precisa ser explicada. Nesse sentido pede que sejam apresentados pelo denunciante documentos, provas, indícios para a comprovação da fraude; uma explicação de como ele teve acesso a essas provas e por que não fez denúncia formal perante as autoridades eleitorais no tempo e modo legalmente previstos. (mais…)

Fala de Bolsonaro sobre Estados Unidos é criminosa, diz jurista

Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, dia 7, que haverá um motim no Brasil se as eleições de 2022 forem eletrônicas.

“Se tivermos votos eletrônicos em 2022 vamos ter um problema pior que nos Estados Unidos”, disse o presidente, ao comentar a invasão do Congresso norte-americano por radicais de extrema-direita, que deixou 4 mortos, 13 feridos e 15 presos.

A jurista e mestre em Direito Penal Jacqueline Valles afirma que a fala do mandatário brasileiro se configura como incitação ao crime.

“Numa análise rápida, vemos que a fala dele se enquadra nos artigos 4 e em 4 incisos do artigo 7 da Lei 1079/50. É clara a incitação à violência e ao crime contra as instituições democráticas”, analisa Jacqueline. (mais…)

ABI pede impeachment do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello

Crédito:: Najara Araujo/ Câmara dos Deputados

Diferentemente do que muita gente imagina, a legislação brasileira também prevê a hipótese de impeachment de ministros, e não apenas dos chefes de executivos.

A Lei 1079/50, em seu artigo 1º, define os crimes de responsabilidade e, em seu artigo 2º, estabelece que são passíveis da pena de perda do cargo – com inabilitação de até cinco anos para o exercício de qualquer função pública – não só o presidente da República, mas também os ministros de Estado.

Este dispositivo legal existe há mais de 70 anos e ganha no momento atualidade e importância quando o país tem à frente da área de Saúde alguém despreparado para a função, relapso e que comete seguidos crimes de responsabilidade. (mais…)

Anvisa divulga nota técnica sobre pós-vacinação em clínicas privadas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta quarta-feira (06), em Brasília, uma nota técnica sobre o acompanhamento de efeitos adversos em quem se vacina em clínicas privadas. Segundo a Anvisa, a nota técnica é válida para qualquer vacina, mas logo na introdução do documento a agência destaca o desenvolvimento célere de tratamentos e vacinas para covid-19 como principal desafio sanitário que motivou a publicação.

O documento foi publicado dois dias depois de a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), que representa o setor privado, confirmar a negociação para a compra de 5 milhões de doses de uma vacina contra covid-19 produzida na Índia.

A busca do setor privado pela compra de vacina contra a covid-19 causou polêmica devido ao receio de que a rede privada de saúde possa ter um imunizante disponível antes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Bahia Noticias