Por Débora Gagliato – médica oncologista
Qual o melhor método para diagnosticar o câncer de mama? No Brasil, alguns casos da doença são percebidos pela própria mulher, mas o autoexame é uma iniciativa que não deve substituir os exames de rastreamento radiográfico. “O autoexame vai detectar lesões provavelmente mais avançadas, localmente aparecendo com sinais, como nódulo endurado, alteração da pele da mama ou a secreção que sai pelo mamilo. Mas não deve substituir a rotina de exames de rastreamento”, explica a médica oncologista especialista em câncer de mama Débora Gagliato, do Centro de Oncologia e Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, hub de saúde de excelência, eleita entre as Top 4 do setor em Oncologia do país pela revista Newsweek. “É importante que a mulher se conheça e se, eventualmente, notar alguma diferença da mama, seja na pele ou na apalpação com sensação de nódulo, que possa antecipar sua avaliação clínica”, recomenda a médica.
Com base nessa orientação, a BP está propondo para mulheres no Outubro Rosa, mês dedicado ao cuidado e prevenção ao câncer de mama no país, uma reflexão: quanto tempo você gasta por dia se olhando, conhecendo seu corpo e as mudanças que nele acontecem? A ideia é estimular que elas invistam um minuto por dia para se olharem e não terem medo dos sinais que o corpo pode dar. “Olhar para si e garantir um cuidado integrado são iniciativas essenciais para a prevenção. Estar alerta, conhecer o seu corpo e eventualmente tomar uma conduta frente a qualquer mudança é importante, mas isso não pode substituir os exames de rastreamento de rotina”, contou a médica Débora.
A BP Medicina Diagnóstica, centro de diagnósticos da instituição, registrou de janeiro a agosto deste ano um aumento de 16% na procura por mamografias e ultrassom de mamas em relação a 2021. O volume é ainda 8,7% maior que o mesmo período da pré-pandemia, em 2019. (mais…)