Artigo sobre Infertilidade conjugal. Quando um casal deve buscar ajuda especializada?

Artigo sobre Infertilidade conjugal. Quando um casal deve buscar ajuda especializada? - artigosFoto: Divulgação

Por Gérsia Viana – médica especialista em medicina reprodutiva

Quando um casal infértil deve buscar ajuda especializada? Essa é uma das dúvidas que acomete o casal que enfrenta dificuldade para ter filhos. Um casal que tem relações sexuais frequentes, sem uso de métodos anticoncepcionais, possui cerca 20% de chance de engravidar a cada mês. A infertilidade conjugal, que atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva, é caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com relações sexuais regulares, sem uso de medidas anticonceptivas, por um período de um ou mais anos.

Os tratamentos de reprodução assistida são cada vez mais procurados por pessoas que não conseguem ter filhos naturalmente. De acordo com o último relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), em 2021 foram realizados 45.952 ciclos de fertilização in vitro no Brasil.  O relatório é produzido com dados coletados pela ANVISA junto aos Centros de Reprodução Humana Assistida de todo país. Segundo a médica Gérsia Viana, especialista em medicina reprodutiva e diretora do Cenafert, a maternidade tardia é um dos fatores que levam os casais a buscarem ajuda especializada. “No mundo moderno, a mulher tem adiado cada vez mais seu projeto de maternidade para uma fase de sua vida, após os 35 anos, justamente quando a fertilidade feminina começa a declinar”, explica a especialista.

Apesar da maternidade tardia ser um dos fatores que levam muitos casais ou mulheres interessadas em ser mães-solo a buscarem ajuda nos centros de reprodução assistida, é importante ressaltar que a infertilidade é compartilhada igualmente por ambos os parceiros. “Se até pouco tempo a responsabilidade em gerar uma criança era atribuída exclusivamente à mulher, hoje já está comprovado que essa responsabilidade é compartilhada por ambos os sexos”, revela Gérsia Viana. Cerca de 40% dos casos de infertilidade de um casal são atribuídos à mulher, 40 % aos homens e em 20% dos casos o problema está presente em ambos os parceiros ou tem causas indefinidas. Portanto, quando um casal decide buscar ajuda médica para ter filhos, a investigação da infertilidade deve ser sempre feita pelos dois, o homem e a mulher. “É fundamental identificar as condições de fertilidade de cada um dos parceiros para que o tratamento mais adequado para cada caso seja indicado’, esclarece. (mais…)

ARTIGO – Você escova os dentes de seu animal? Periodontite atinge 85% dos pets

Escovando dente do petPhoto by Anna Shvets / Pexels

Por Stefanie Poblete – médica veterinária

Escovar os dentes é um hábito que faz parte da nossa rotina e deve fazer também na dos nossos pets. Problemas nos dentes e gengivas podem ser a porta de entrada para doenças ainda mais perigosas, mas afinal, o que é e como prevenir as periodontites?

A médica veterinária Stefanie Poblete, analista técnica de marketing da Syntec do Brasil, esclarece que a doença periodontal, ou periodontite, é o processo inflamatório dos tecidos que sustentam o dente, e dependendo do seu grau compromete a qualidade de vida dos pets. “Ela surge em razão do acúmulo de placa bacteriana. Mesmo sendo uma característica fisiológica frequente, o desafio pode aumentar se o tutor não realizar a higienização correta dos dentes dos animais”.

De acordo com a Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan), pelo menos 85% da população de cachorros e gatos no país já sofreram com essa doença. A prevalência pode variar de 44 a 80% em animais com mais de 3 anos de idade. (mais…)

ARTIGO – Desigualdade social, exclusão e polarização política

ARTIGO - Desigualdade social, exclusão e polarização política - artigosFoto: Divulgação | Editada pelo Tribuna do Recôncavo

Por André Naves – especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social

A polarização político-eleitoral, que tantos males traz ao desenvolvimento nacional, é uma consequência da nefasta desigualdade social existente em nosso país. Essa desigualdade pode ser percebida em cada grupo ou setor social que se encastelou em bolhas ideológicas incomunicáveis, formadas a partir de diferentes conjunturas e percepções da realidade de cada um.

Condições materiais extremamente distintas levam a incomunicáveis torres de marfim habitadas por setores sociais cada vez mais apartados uns dos outros: é o tecido social que se esgarça, o diálogo que se rompe, e realidades diversas são ignoradas.

Com grupos incomunicáveis, a representação política, que deveria ser democrática, e, portanto, deveria contar com a participação de todos, se torna exclusiva dos setores sociais que possuem influência política. Dessa forma, grupos politicamente dominantes predam os recursos públicos, instituindo políticas públicas exclusivistas e ineficientes, geradoras de privilégios, desvios e deturpadoras das prioridades sociais. Esse mecanismo excludente determina a menor transparência das relações políticas, impulsionando a corrupção. (mais…)

Artigo sobre o Janeiro Branco: quem cuida da mente, cuida da vida

Artigo sobre o Janeiro Branco: quem cuida da mente, cuida da vida - artigosFoto: Divulgação

Por Bianca Reis – psicóloga

O janeiro branco é uma campanha brasileira iniciada em 2014, que busca chamar a atenção para o tema da saúde mental na vida das pessoas. O mês de janeiro foi escolhido para trabalhar essa temática porque é justamente neste mês que as pessoas estão mais focadas em resolução e metas para o ano, devido a esperança e crença de mudanças com o início do ano.

A cor branca nessa campanha, representa de uma forma simbólica, uma folha em branco, sobre a qual podemos projetar novas histórias, expectativas ou mudanças que desejamos para nossas vidas. O janeiro branco é um movimento criado e promovido por psicólogos e vem ganhando cada vez mais destaque e força na sociedade ao longo dos anos, tendo como propósito a importância de cuidar da saúde mental, apostando na qualidade de vida.

A psicóloga Bianca Reis, relata que “é preciso aprender a administrar as emoções naturais e que a população precisa entender a importância de mantermos a nossa saúde mental em bom estado”. (mais…)

ARTIGO – Resgate ético é o único caminho para o futuro do país

ARTIGO - Resgate ético é o único caminho para o futuro do país - artigosFoto: Divulgação | Editada pelo Tribuna do Recôncavo

Por Samuel Hanan – engenheiro

O maior problema do Brasil, hoje, talvez não seja de ordem econômica nem financeira. Tampouco reside na falta de leis ou de competência. Está, sim, na falência ética e moral do nosso povo. Assistimos, cada vez mais, a um comportamento de desrespeito aos valores que sustentam uma sociedade, à falta de responsabilidade social a partir das práticas profissionais e à desvalorização das relações humanas.

Há uma inquestionável degradação dos valores éticos, princípios que não se limitam apenas às normas, costumes e tradições culturais de uma sociedade, mas se alicerçam também em comportamentos e regras – escritas ou não – essenciais para a convivência sadia em sociedade.

Tais valores foram se perdendo ao longo do tempo e esse esgarçamento do tecido moral se cristalizou com o (mau) exemplo do comportamento da classe política. O Brasil foi se tornando um país onde impera a Lei de Gérson, aquela que diz que o importante é levar vantagem em tudo, tomada emprestada e nunca devolvida de um comercial de cigarros. (mais…)

ARTIGO – Janeiro Verde reúne alertas sobre prevenção do câncer de colo de útero

ARTIGO - Janeiro Verde reúne alertas sobre prevenção do câncer de colo de útero - saude, artigosFoto: Divulgação | Editada pelo Tribuna do Recôncavo

Por André Bouzas – cirurgião oncológico

Embora seja uma doença de comportamento agressivo, o câncer de colo de útero é altamente prevenível. Apesar disso, os dados preocupam: no Brasil, a doença  atinge mais de 16 mil mulheres por ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Por ser, com frequência, assintomática, 60% dos casos são diagnosticados em estágios avançados e 35% das pacientes com diagnóstico morrem pela ação do tumor. Causado pela infecção persistente provocada por alguns tipos do papiloma vírus humano (HPV), este que é o quarto tipo de câncer mais frequente em mulheres pode ser evitado pela vacina contra o HPV e, principalmente, pelo exame de Papanicolau, mais conhecido como preventivo. E esses são os grandes alertas da campanha Janeiro Verde, em curso até o fim deste mês.

Embora a infecção pelo HPV seja muito frequente, na maioria dos casos ela é transitória, com regressão espontânea. Contudo, em algumas pacientes, a infecção persiste e, quando o agente causador é um tipo viral oncogênico, as lesões precursoras podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, orofaringe e boca. Nos homens, lesões causadas pelo HPV também podem evoluir para câncer de pênis.

Segundo o  cirurgião oncológico André Bouzas, após o contágio pelo HPV, geralmente transmitido por via sexual, quando o sistema imunológico não consegue combater o vírus, células anormais se desenvolvem na parte do útero que fica em contato com a vagina e causam lesões precursoras do câncer. “Nesta fase, até podem surgir sangramento vaginal, corrimento e dor, mas o mais comum é a ausência de sintomas. Por isso o Papanicolau precisa ser feito anualmente por todas as mulheres desde o início de sua vida sexual, pois é através dele que as lesões pré-câncer podem ser identificadas e tratadas”, destacou. (mais…)