Depois do sucesso da série produzida pela HBO e pela Sky, “Chernobyl”, a televisão estatal da Rússia anunciou que irá lançar a sua própria versão da história do maior acidente nuclear da história da humanidade. A emissora garantiu que a série será baseada em fatos reais documentados. A produção irá revelar o participação da CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) no desastre que ocorreu em 1986, no norte da então República Socialista Sovética da Ucrância, na cidade de Pripyat.
Pelo menos 31 pessoas morreram na época, com a explosão de um reator nuclear, e os efeitos da radiação são sentidos ainda hoje na região. O diretor da TV russa, Aleksey Muradov, afirmou que deseja mostrar o que “realmente aconteceu na época” e segundo informações da Folha de S. Paulo, Muradov disse em entrevista ao Komsomolskaya Pravda, o jornal mais lido do país, que a proposta é apresentar uma “visão alternativa da tragédia”. “Há uma teoria de que os americanos se infiltraram na central nuclear de Chernobyl”, disse.
“Muitos historiadores não descartam a possibilidade de que no dia da explosão, um agente dos serviços de inteligência do inimigo estava trabalhando na estação.” A revista americana Hollywood Reporter informou que o Ministério da Cultura russo contribuiu com US$ 463.000 para a produção. A minissérie da HBO, no entanto, foi bem avaliada inclusive pelos críticos da Rússia. O Kinopois, semelhante ao site IMDB – que avaliou “CHernobyl” em 9,7 – deu 9,1 para a minissérie americana.
“O respeito e a meticulosidade que os criadores do programa puseram no trabalho é impressionante”, opinou no Meduza, site independente de notícias russo, Slava Malamud, jornalista americano que cresceu durante a era soviética no que hoje é a Moldávia. O analista argumenta que a reação causada pela série, está provavelmente ligada a um sentimento de vergonha por serem os Estados Unidos a contaram a história de Chernobyl, e não a própria Rússia.
Bahia.Ba
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