Alunos do Centro Educacional 30 de Junho em Serrinha participam da Flica

Alunos do Centro Educacional 30 de Junho, na cidade de Serrinha, no Nordeste baiano, participaram no último sábado, dia 26, da Flica – Festa Literária Internacional de Cachoeira. Segundo a professora de literatura Ana Lídia, os alunos interagiram com os integrantes do projeto Oxe a partir do convite da professora Gal Meireles e Rodrigo Carvalho. Também fizeram doação de livros para a participação na Charanga Litero-Musical.

“O Centro Educacional 30 de Junho tem esse perfil de trabalhos de intervenções artísticas em várias modalidades por muito tempo e estar na Flica 2019 foi uma grande realização da nossa Instituição”, disse a professora.

Para o aluno Ednaldo Gonçalves, que participou do evento pela primeira vez, foi uma interação diferente, a exemplo da apresentação de poesias em parceria com o projeto OXE, onde os alunos ganharam brindes. Já o diretor Adriano Abreu destacou a importancia do colégio proporcionar essa vivência em outros espaços, abrindo um leque de possibilidades para os alunos.

Confira as entrevistas completas no vídeo abaixo:

Imagem: Cosme Santos | Reportagem, redação e edição: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Jovem de Nova Redenção recita na Flica crônica “Mãe Preta”

Durante a Flica 2019, em Cachoeira, a jovem Larissa Novais, da cidade de Nova Redenção, na Chapada Diamantina, apresentou no Espaço Educar para Transformar, a crônica “Mãe Preta”, uma história elaborada por ela para o projeto Educação Patrimonial e Artística (EPA).

Ao Tribuna do Recôncavo, Larissa falou que seu texto representa o que acontece com as mães nas favelas brasileiras, que sempre estão perdendo seus filhos para o racismo e para a violência. A crônica de Larissa conta a história de uma mãe negra que chora ao ver o seu filho morto.

“É triste mas é necessário que a gente esteja sempre fazendo esse tipo de intervenção, porque quem tem que lutar somos nós”, disse Novais.

Confira no vídeo abaixo a entrevista e parte da crônica:

Reportagem, redação e edição: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Flica: Escritor Matheus Rocha faz sessão de autógrafos de seu livro sobre ansiedade

No último sábado, dia 26, o escritor feirense Matheus Rocha participou da Mesa 9, da Geração Flica, sediada na Casa do Iphan, em Cachoeira. A Geração Flica é uma novidade do evento, cuja programação foi voltada para os jovens leitores.

Matheus falou sobre a importância da literatura LGBTQIA+ para os jovens do Brasil e sua relação com a ansiedade. Após o bate-papo o escritor realizou uma sessão de autógrafos do seu livro “Não me julgue pela capa”, uma obra que fala sobre ansiedade.

Ao Tribuna do Recôncavo, Matheus contou que seu livro fala sobre as inseguranças com o corpo, com o futuro, com o relacionamento e com os sonhos. “É um livro que fala de um ansioso para outro ansioso”, disse o autor. Para adquiri-lo é só acessar o link: www.amazon.com.br/N%C3…

Reportagem e redação: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Estudante de Catu recita na Flica poesia “80 Tiros”; assista

Durante a Flica – Festa Literária Internacional de Cachoeira, realizada entre os dias 24 e 27 de outubro, a poetisa e aluna do Colégio Luiz Viana, em Catu, Bruna Bispo, apresentou a poesia “80 Tiros”, uma crítica ao fato ocorrido em abril deste ano, no Rio de Janeiro, quando o músico Evaldo Rosa, de 46 anos, morreu após ter seu carro fuzilado por militares.

No Espaço Educar para Transformar, criado pela Secretaria da Educação, na Fundação Hansen Bahia, em Cachoeira, “Sol”, como é conhecida, mostrou em sua poesia a revolta social com a morte do músico Evaldo, uma pessoa negra que foi alvejada na presença do filho e da esposa.

“Todo mundo sabe que o preto na sociedade é sempre taxado como bandido, inconsequente e agressor, só que não é. E quando aconteceu esse fato, que foi a morte desse músico por conta da negligência do comando militar, isso me incomodou e eu sentir uma grande necessidade de produzir essa poesia”, disse Bruna ao Tribuna do Recôncavo.

Confira no vídeo abaixo a entrevista e parte da poesia “80 Tiros”:

Reportagem, redação e edição: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Charanga Literária do projeto OXE agita ruas de Cachoeira durante a Flica

Durante a FLICA – Festa Literária Internacional de Cachoeira, integrantes do projeto OXE: Literatura Baiana Contemporânea, do IFBA de Santo Amaro, realizaram entre os dias 24 e 26, em parceria com a Minerva Cachoeirana, o evento Diálogos Lítero-Musical.

Em entrevista ao Tribuna do Recôncavo, Lídia Souza falou que o objetivo do projeto é dar visibilidade aos escritores baianos contemporâneos que não são tão visíveis como Jorge Amado e Castro Alves. “A gente mostra com esse projeto que tem vários outros autores muito bons, como Mairant Gallo, Júlio Braga e Lidiane Nunes”, disse.

No evento Diálogos Lítero-Musical foram oferecidas atividades literárias e musicais, a exemplo da Charanga que percorreu as ruas de Cachoeira, na tarde de sábado, dia 26, puxada por uma carroça cheia de livros e animada pela filarmônica Minerva Cachoeirana.

Confira no vídeo abaixo a entrevista com os integrantes do projeto OXE, Lídia Souza e Rodrigo Carvalho, como também a apresentação da Charanga.

Reportagem, redação e edição: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Cachoeira: Quadrinhos como expressão das culturas compõem penúltima mesa da Flica

A penúltima mesa da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) no sábado (27) discutiu a contribuição das histórias em quadrinhos (HQs) para compor lacunas sobre a formação da sociedade brasileira e ajudar a falar melhor sobre assuntos tratados de maneira enviesada. “Quer que desenhe? Perspectivas negras nos quadrinhos” contou com os autores Marcelo D’Salette e Hugo Canuto.

A partir das provocações feitas pela jornalista Luana Assiz, os dois abordaram os quadrinhos no século 21 como expressão e afirmação das culturas urbanas, em interação com as tradições, em um processo de ressignificação e de representatividade do povo negro. Além disso, comentaram sobre o processo criativo das HQs assinadas por eles e acerca de temáticas como escravidão; ancestralidade e intolerância religiosa, apoiando-se em documentos e na ficção.

D’Salette é paulista e autor da premiada HQ Cumbe; e de obras como Encruzilhada e Angola Janga – esta última, selecionada pelo Governo Federal para compor as bibliotecas públicas escolares. “Talvez seja se sensibilizando com o outro que a gente encontre uma maneira de derrubar essas fronteiras sociais, como o racismo”, afirmou D’Salette numa de suas reflexões.

Já o baiano Canuto, alcançou o prestígio com o Conto dos Orixás. Na visão do quadrinista, o poder da sua arte está em conseguir chegar nas pessoas. “Nós temos que manter a chama acesa e seguir lutando cada vez mais por liberdade, por mais democracia. E o campo da arte é onde a gente consegue mostrar tudo isso, esse nosso pertencimento coletivo”, resumiu.

Matéria do jornalista Edvan Lessa cedida ao Tribuna do Recôncavo