Preço do leite ao produtor registra aumento em março

Preço do leite ao produtor registra aumento em março - economiaImagem de Couleur do Pixabay

O preço do leite ao produtor registrou aumento no pagamento de março. Apesar disso, a relação de troca leite/mistura a base de milho e soja piorou para o pecuarista. Os preços ao consumidor também registraram elevação, com UHT puxando a alta. As exportações apresentaram forte retração de 64,9% em março/22 na comparação com fevereiro/22. Por outro lado, as importações cresceram.

A aumento no preço do leite ao produtor em março se deu em função de menor oferta de leite e incremento dos custos de produção. O preço médio nacional pago ao produtor foi de R$ 2,21 por litro. Ainda assim, em março/22 houve leve piora na relação de troca leite/mistura. Foram necessários 58,2 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura. Esse valor foi próximo ao observado em março/21.

No varejo, o preço da cesta de lácteos exibiu aumento mensal de 4,2%. Todos os itens pesquisados apresentaram elevação de preço, com destaque para o aumento no preço do leite UHT.  Em 12 meses, a inflação de leite e derivados foi de 13,5%, ficando acima da inflação oficial brasileira, o IPCA, que acumulou 11,3% em 12 meses.

Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: EMBRAPA

IPCA: Preço do combustível impactou alta recorde da inflação oficial

IPCA: Preço do combustível impactou alta recorde da inflação oficial - economiaFoto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas

A inflação oficial acumulada em 12 meses registrou, em março deste ano, taxa de 11,3%. Essa é a maior variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde outubro de 2003, quando havia ficado em 13,98%. Desde setembro do ano passado, a taxa acumulada em 12 meses está acima dos 10%. Entre dezembro de 2003 e agosto de 2021, o IPCA só havia superado a barreira dos 10% por quatro meses, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016.

O resultado também está bem acima da meta de inflação, estabelecida pelo Banco Central, que varia entre 2% e 5% para 2022. Grupos de despesa importantes para a composição do índice como alimentação, transportes e habitação registram altas de preços acima da média da inflação oficial. Os preços dos alimentos, por exemplo, subiram 11,62% em 12 meses, puxados por itens como cenoura (166,17%), tomate (94,55%) e hortaliças e verduras (33,29%). Os transportes acumulam alta de preços de 17,37% em 12 meses, puxados pelos combustíveis (27,89%).

A gasolina subiu 27,48%, o óleo diesel, 46,47% e o etanol, 24,59%. Também se destacam o transporte por aplicativo (42,74%) e o seguro voluntário de veículos (16,43%). Já os gastos com habitação tiveram aumento de 15%, com variações de preços de 28,52% para energia elétrica residencial e de 29,80% para os combustíveis domésticos, o que inclui o gás usado para cozinhar. Os itens monitorados, isto é, aqueles que têm preço regulado por autoridades governamentais, acumulam alta de 14,84% no ano.

Metro1

Preços da construção aumentam, informa o IBGE

Preços da construção aumentam, informa o IBGE - economiaImagem de олег реутов por Pixabay

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,99% em março, aumento de 0,43 ponto percentual (pp) em relação a fevereiro. O acumulado do primeiro trimestre de 2022 ficou em 2,29%. O Sinapi foi divulgado nesta sexta-feira, dia 08, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos doze meses, a alta no indicador foi de 15,75%, resultado abaixo dos 16,28% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em março do ano passado, o índice ficou em 1,45%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, ficou em R$ 1.549,07 em março, sendo R$ 927,28 relativos aos materiais e R$ 621,79 à mão de obra. Em fevereiro, o valor havia fechado em R$ 1.533,96. “Um dos destaques nesse mês é a variação da parcela dos materiais, que vem apresentando desaceleração ao longo de 2022 e registra a menor variação desde julho de 2020”, disse, em nota, o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira. Em março, a parcela dos materiais apresentou variação de 0,48%, queda de 0,29 pp em relação ao mês anterior (0,77%).

“Este é o menor índice observado desde julho de 2020. Na comparação com março de 2021 (2,2%), houve uma queda expressiva de 1,72 pontos percentuais”, acrescentou o gerente. Por outro lado, o que puxou a alta do índice em março foi a parcela da mão de obra. Com aumento de 1,75%, o índice ficou 1,52 pp acima de fevereiro (0,23%) e 1,28 pp acima de março de 2021 (0,47%). “Esse aumento é decorrente de reajustes captados em uma parcela das categorias e dos acordos coletivos que estão sendo praticados”, afirmou o pesquisador.

Agência Brasil

Inflação oficial acumula alta de 3,2% nos três primeiros meses do ano

Inflação oficial acumula alta de 3,2% nos três primeiros meses do ano - economiaImagem de Pexels por Pixabay

Indicador oficial da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 1,62% em março. O resultado foi divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, dia 08. Com esta aceleração – a maior para um mês de março desde 1994, quando foi criada a moeda Real -, o acumulado no primeiro trimestre foi a 3,2%.

Segundo o Conselho Monetário Nacional, o centro da meta inflacionária para este ano inteiro é de 3,5%. O IPCA de março foi 0,61 ponto percentual acima da taxa de fevereiro e levou o acumulado de 12 meses para 11,30%. Em todo o ano de 2021, a inflação ficou em 10,06%.

Segundo o IBGE, a escalada de março é resultado de aumentos em oito dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. A maior variação (3,02%) e o maior impacto (0,65 p.p.) vieram dos Transportes, que aceleraram na comparação com o resultado de fevereiro (0,46%). Em seguida, aparece Alimentação e bebidas, com alta de 2,42% e 0,51 p.p. de impacto.

Bahia.Ba

Venda de veículos usados cresce quase 30% em março

Venda de veículos usados cresce quase 30% em março - economiaFoto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A venda de veículos usados registrou recuperação significativa em março, com expansão media de 29,73% sobre o desempenho de fevereiro. Assim como ocorreu no mercado de novos, as transações de motocicletas puxaram a alta, com crescimento de 32,5% sobre fevereiro.

“O mercado ultrapassou a marca de 1 milhão de transações no mês pela primeira vez no ano. Todos os segmentos automotivos tiveram alta entre 28% e 32%, o que pode significar um aquecimento das vendas”, afirmou o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), José Maurício Andreta Jr. Em relação a março de 2021 o movimento geral em usados recuou 12,2%. No acumulado do trimestre, o setor tem retração de 22,84%.

As transações de caminhões usados também se destacaram no mês passado, com crescimento na casa dos 28% sobre fevereiro, mas os resultados foram negativos na comparação com março de 2021 e, também, com o 1º trimestre do ano passado. “A falta de componentes, que ainda afeta a fabricação de caminhões novos, deve ter influenciado nas vendas de usados”, explicou Andreta Jr.

Bahia.Ba

Produção agrícola deve chegar a 269,3 milhões de toneladas, diz Conab

Produção agrícola deve chegar a 269,3 milhões de toneladas, diz Conab - economiaFoto: Jaelson Lucas/ AEN - Fotos Públicas

A produção de grãos no Brasil poderá chegar a 269,3 milhões de toneladas na safra 2021/22. O número é 5,4% maior do que o registrado na safra anterior, correspondendo um acréscimo de 13,8 milhões de toneladas, caso se confirmem as expectativas anunciadas nesta quinta-feira, dia 7, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão, no entanto, é menor do que a divulgada no primeiro levantamento da companhia, que projetava uma safra de 288,6 milhões de toneladas.

Com isso, o volume divulgado hoje representa uma redução de 6,7% (ou 19,3 milhões de toneladas), em relação à projeção anterior. Segundo a Conab, essa queda nas expectativas se deve às “condições climáticas adversas” observadas nos estados da Região Sul e no centro-sul de Mato Grosso do Sul, com perdas maiores na soja e no milho. “O resultado até o final desta safra vai depender muito do comportamento climático, fator preponderante para o desenvolvimento das culturas”, explica o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

“Entre os meses de março e abril, aproxima-se a conclusão da semeadura da segunda safra brasileira, na qual se destaca a cultura do milho. As chuvas foram mais regulares em toda a região produtora, inclusive no sul do país, o que permitiu o plantio em boas condições de umidade. O produtor fez sua parte. Agora vamos esperar pelo clima”, acrescentou. O levantamento estima que a área plantada total no país é de 72,9 milhões de hectares, o que representa crescimento de 4,4% na comparação com a safra 2020/21. “Os maiores incrementos de área são observados na soja, com 4,1% ou 1,6 milhão de hectares e, no milho, com 6,5% ou 1,3 milhão de hectares”, detalha a Conab.

Agência Brasil