ARTIGO – Do Possível Pedido de Impeachment do Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e dos Três Chefes das Forças Armadas

ARTIGO - Do Possível Pedido de Impeachment do Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e dos Três Chefes das Forças Armadas - direito, artigosNa foto, Dr. Marcelo Válio | Crédito: Divulgação

Por Marcelo Válio – Advogado, Professor e Palestrante. 

Há poucos dias o Ministro de Defesa, através de fala antidemocrática ameaçou explicitamente a democracia nacional. Em manifestações, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e os três chefes das Forças Armadas teriam dito ao presidente da Câmara dos Deputados, que “sem voto auditável não haverá eleição no ano que vem.”

Trata-se de fala vergonhosa, autoritária e contrária aos mínimos ditames da Constituição Federal. Confirmadas as declarações, ferido está o artigo 1o da Constituição Federal: “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos…”

Ademais, o Estado Democrático de Direito é uma forma de Estado em que a soberania popular é fundamental.

Além disso, é marcado pela separação dos poderes estatais, a fim de que o legislativo, executivo e judiciário não se desarmonizem e comprometam a soberania popular. Outro ponto importante que caracteriza essa forma de Estado é o respeito aos Direitos Humanos que são fundamentais e naturais a todos os cidadãos. (mais…)

ARTIGO – O impacto do estresse na saúde dos pacientes

ARTIGO - O impacto do estresse na saúde dos pacientes - saude, artigosImagem de Gerd Altmann do Pixabay

Por Fábio Akiyama – osteopata e Fernanda Gil Machado –  fisioterapeuta

Muitos profissionais da saúde e principalmente pacientes, não compreendem como funciona o sistema nervoso autônomo, o simpático e o parassimpático. O sistema nervoso simpático, por exemplo, é um acelerador responsável por manter o corpo ativo, com a liberação de catecolaminas, como a adrenalina e o cortisol. Já o parassimpático funciona como um freio, que atua em momentos de descanso e digestão. Dessa forma, o corpo atua de maneira equilibrada.

No entanto, quando alguma situação gera estresse, o sistema nervoso simpático atua de forma descontrolada, como se o corpo estivesse em constante situação de perigo ou agitação, fazendo com que ele esteja preparado para uma situação de luto ou fuga. Em decorrência disso, o freio deixa de funcionar e coisas simples como o sono e digestão ficam irregulares.

Essa situação também pode ser conhecida como a Lei Bifásica, a 2ª Lei de Hamer. Em um gráfico, o sistema simpático é predominante e está na linha superior, pois funciona durante o período do dia e abaixo da linha está o parassimpático, que atua no período noturno e é chamado de vagotonia. (mais…)

ARTIGO – É permitido punir quem quer escolher a vacina?

ARTIGO - É permitido punir quem quer escolher a vacina? - artigosImagem de Bao_5 por Pixabay

Por Dr Marcelo Válio – doutor em direito e pós doutorando

Recentemente, o prefeito Orlando Morando da cidade de São Bernardo do Campo durante a transmissão de uma live nas redes sociais defendeu que “pessoas que se recusam a tomar a vacina no dia serão submetidas para o fim da campanha de imunização, ou seja, depois do último adulto de 18 anos na fila”.

Assim como o prefeito de São Bernardo, chefes do poder executivo de outras cidades também adotaram o mesmo procedimento.

Orlando Morando, alegou ainda que “não se vacinar é um direito seu, ninguém faz nada obrigado. Mas também é um direito nosso te colocar no fim da fila porque tem a vacina, você não vai tomar porque não quer. Escolher vacina nós não vamos permitir. Tem tanta gente esperando a vacina, ansioso, e aquele que tem o direito simplesmente fala: não vou tomar vacina, essa eu não quero. Então, se você não quer tomar vacina, é um direito seu.”

Respeitosamente ouso discordar em parte do Digníssimo Prefeito.

O posicionamento do chefe do Poder Executivo da Cidade de São Bernardo do Campo de “não tomar vacina” é o direito do indivíduo é equivocado pois quando falamos de uma pandemia, em regra o interesse público se sobrepõe ao particular e assim, um indivíduo quando se recusa a se imunizar coloca a coletividade em risco. Assim, é possível impor medidas a esse infrator pela não vacinação e não pela opção de escolha da vacina. (mais…)

ARTIGO – PL do Primeiro Emprego pode ser alento em meio a desemprego recorde no país

ARTIGO - PL do Primeiro Emprego pode ser alento em meio a desemprego recorde no país - direito, artigosFoto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Por Thaluana Alves  – advogada

Os números do desemprego no Brasil nunca foram tão avassaladores. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país – que também atravessa a maior crise sanitária de sua história – enfrenta uma taxa de desemprego recorde, registrando 14,7% no primeiro trimestre de 2021. Em outras palavras, mais humanas: há hoje 14,8 milhões de pessoas à procura de emprego no Brasil.

Neste cenário sombrio, a recente aprovação pelo Senado Federal do PL do Primeiro Emprego (5.228/2019), criando incentivos às empresas para a contratação de jovens de 16 a 29 anos sem experiência no mercado de trabalho, pode representar um avanço na luta contra o desemprego no país. O projeto prevê a redução da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) – de 20% para até 1% – e da alíquota do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – de 8% para 1% – no primeiro ano de contratação.

Para a advogada e especialista em Direito Empresarial Thaluana Alves, essas medidas não significam perda de direitos para o trabalhador, mas um possível alento neste cenário tão desafiador. “As empresas poderão tomar fôlego por meio dessas contratações – e acredito que muitos empregadores deixarão de contratar de maneira informal, sem carteira assinada, e passem a dar oportunidade para jovens sem experiência”. (mais…)

Artigo – Gestor ou Psicólogo: O papel dos líderes no pós-pandemia

Artigo - Gestor ou Psicólogo: O papel dos líderes no pós-pandemia - artigosImagem de Gerd Altmann por Pixabay

*Mariane Guerra

Após um ano e meio de pandemia e com o avanço da vacinação, já é possível olhar em perspectiva as principais mudanças experimentadas pelas empresas e, também, listar processos e experiências que dificilmente retrocederão. Se por um lado foi extremamente desafiador para as companhias implementarem rotinas que viabilizassem a continuidade de suas operações, por outro foi igualmente estressante para os profissionais de RH liderarem todo este processo em um cenário cheio de incertezas.

E não chega a ser uma novidade para os gestores que as desigualdades existentes em nossa sociedade, como a distribuição por vezes injusta de responsabilidades no seio familiar entre homens e mulheres ou a falta de acesso a infraestrutura básica de comunicação em muitos bairros, mesmo nos grandes centros, impactam fortemente a performance do profissional no ambiente corporativo.

Contudo, ainda que exista uma conscientização muito maior dos líderes quanto à importância de atuar para mitigar estas situações – e verdade seja dita, existem iniciativas empresariais muito interessantes neste sentido -, é fato que ao se direcionar fisicamente ao trabalho as pessoas acabam centralizando estes problemas e tratando como questões particulares. Mas com muitos profissionais atuando em home office durante a pandemia, estas situações foram escancaradas e deixaram de ser uma questão particular do trabalhador ou do gestor de RH e precisaram ser enfrentadas pela alta liderança das companhias. (mais…)

ARTIGO – Fake news podem caracterizar crime?

ARTIGO - Fake news podem caracterizar crime? - direito, artigosImagem de memyselfaneye por Pixabay

Por Euro Bento Maciel Filho – mestre em Direito Penal

Poucos sabem, mas, a ideia de fake news não é algo novo. Essa expressão vem desde o século 19 e, ao pé da letra, significa exatamente “notícias falsas”. Sem dúvida, nos últimos tempos, esse termo está muito mais presente no nosso dia-a-dia. Com o crescimento das redes sociais, lamentavelmente, a difusão desses conteúdos tem obtido cada vez mais espaço, geralmente com o objetivo de atingir a honra e a reputação de pessoas físicas e/ou jurídicas.

O mestre em direito penal e advogado, Euro Bento Maciel Filho, explica que as notícias falsas vêm ganhando espaço principalmente nas mídias sociais. “Redes como Twitter, Facebook e Instagram alcançam milhões de pessoas em todo o mundo diariamente, então qualquer tipo de conteúdo pode ser espalhado de maneira rápida, sem se preocupar com a veracidade do tema em questão. Os motivos para espalhar são inúmeros, desde razões políticas e ideológicas, até aquelas de cunho eminentemente pessoal”, relata.

A publicação desses conteúdos, por si só, não é caracterizada como crime no Brasil. Isso porque a legislação brasileira não possui uma tipificação ou lei que envolve a divulgação de  notícias falsas, embora existam diversos projetos de lei tramitando no congresso para que essa conduta passe a ser punida. Contudo, não é em razão deste vácuo em nossa legislação que o responsável pela disseminação desse material não possa ser punido. (mais…)