O Brasil chegou a 45 medalhas na edição deste ano dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em Bogotá. O evento é disputado por atletas com deficiência entre 12 e 20 anos, de 20 países. No sábado, dia 10, foram 14 pódios. Oito vieram no halterofilismo, onde os competidores têm deficiência nos membros inferiores (amputação ou lesionados medulares) ou paralisia cerebral. Destaques para Mylena Silva (categoria acima de 86 quilos), Clayton Costa (até 59), Daniel Nascimento (até 88) e Alessandro Ramos (até 97), que levaram ouro nos respectivos pesos. Dennis Sella ficou com a medalha de prata entre os atletas até 97 quilos, enquanto Pedro Alcântara, Leonardo Pereira (ambos até 88quilos) e Lucas Mariano (até 97) conquistaram o bronze.
Mais seis medalhas foram conquistadas na bocha, esporte praticado por atletas com grau severo de comprometimento físico-motor, causado por paralisia cerebral elevada ou por lesões medulares. Na classe BC1 (competidores que jogam com as mãos ou os pés e podem ter um auxiliar que lhes entregue as bolas), Laissa Guerreira obteve o primeiro dos três ouros brasileiros alcançados sábado na modalidade. Na classe BC4 (atletas com quadros severos de origem não cerebral), foram mais dois ouros, com André Martins e Beatriz Chagas. Houve, ainda, três pratas, com Caio Martins na BC1, Eduardo Santos na BC2 (semelhante à BC1, com a diferença que os jogadores não podem receber auxílio) e Ricardo Campos na BC3 (competidores que usam calhas para lançar a bola, com apoio de um calheiro).
No quadro de medalhas, o Brasil aparece na quarta posição, com 25 ouros, 12 pratas e oito bronzes. A liderança é da anfitriã Colômbia, com 42 medalhas douradas, seguida por Argentina (28) e México (27). A delegação brasileira não tem representantes nas provas de atletismo e natação, as que mais distribuem medalhas. Segundo o CPB, a organização do Parapan de Jovens não conseguiu garantir a realização da classificação funcional (processo que define a classe do competidor, de acordo com a deficiência) a todos os atletas destas modalidades, levando a entidade a decidir não levá-los a Bogotá. (mais…)