Turista de Jaú, em São Paulo, Michel Leite Neves, 31 anos, estava acompanhado da família em uma das lanchas atingidas por uma rocha gigante que deixou dez pessoas mortas, no Lago de Furnas, na cidade de Capitólio, em Minas Gerais, no fim da manhã de sábado, dia 8. O sobrevivente contou que, na embarcação em que estava, não conseguiu ouvir o alerta das pessoas devido ao barulho da cachoeira.
Segundo Michel, deu para perceber que havia pequenas pedras caindo, mas quando questionado, o piloto teria explicado que era algo recorrente, sem perceber o anúncio do acidente. Em seguida, Michel relata o momento em que notaram a pedra maior desprender-se. “Ele virou o barco porque disse que era melhor a gente sair dali. Mas nesse momento o paredão já estava caindo. A sorte é que o motorista teve essa percepção. A lancha dele era menor e muito rápida e por isso conseguimos escapar”.
Por causa do choque com a água, estilhaços da rocha causaram ferimentos leves nos ocupantes da lancha. A sogra de Jaú precisou passar por cirurgia, já que teve uma fratura exposta no cotovelo. “Foi assustador. Na hora, a gente imagina que está morrendo. Não tem como descrever o sentimento, foi a pior sensação da minha vida. Estamos bem abalados, chocados. É um trauma inexplicável”, lembra.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: G1 e Metro1