ARTIGO – Por que a inflação oficial do País é menor que o aumento percebido nas despesas do dia a dia?

Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay

Por André Massaro – coordenador do GEAF

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador usado para medir a inflação oficial do Brasil, fechou 2022 com uma taxa de 5,79% acumulada no ano, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última semana.

Tal resultado revela que, pelo quarto ano seguido, o País fechou o ano com a alta dos preços acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,5% e teto de 5%. Embora a inflação tenha superado o teto, ela ficou abaixo dos 10,06% acumulados em 2021.

Segundo o levantamento, entre os produtos e serviços consumidos regularmente pela população, os que mais pesaram no bolso dos brasileiros no último ano foram: os alimentos e bebidas, com alta de preços de 11,64% no ano (acima dos 7,94% de 2021); os gastos com saúde e cuidados pessoais, que ficaram 11,43% mais caros; e o vestuário, que chegou a 18,02%, sendo a maior variação no mês. (mais…)

ARTIGO – Saiba se empréstimo para quitar dívidas é um bom negócio

Imagem de Drazen Zigic no Freepik

Por André Oliveira – CEO da CredFácil

Começar o ano com as contas em dia é o sonho da maior parte das pessoas, mas nem sempre organizar as finanças é fácil. De acordo com o último levantamento do Mapa da Inadimplência do Serasa, 69,83 milhões de brasileiros estão com o nome restrito, ou seja, com acesso limitado ao crédito. E para quem está próximo de negativar o nome, pegar um empréstimo para quitar as dívidas pode ser uma boa ideia. Por isso, negociar todos os débitos existentes e solicitar um financiamento para pagar valores à vista, aproveitar descontos e ficar apenas com uma dívida, pode ser uma alternativa.

Para André Oliveira, CEO da CredFácil, que atua no ramo de empréstimos e financiamentos consignados, é preciso analisar valores, prazo e taxas de juros. “O juros do novo débito precisa ser menor do que os das dívidas atuais, para que o empréstimo que tem como propósito quitar as dívidas seja uma boa alternativa. Então analise as taxas que está pagando e compare com a de um empréstimo consignado, que costumam ter valores mais baixos,  entre 1% até 1,8%”.

Trocar uma dívida por outra pode ajudar a economizar e entrar no novo ano “no azul”. “Se o empréstimo para quitar uma dívida reduzir o tempo de endividamento e ainda a taxa de juros for menor, além do cliente conseguir se organizar financeiramente, ele tem a oportunidade de tirar do papel outros sonhos”, explica o profissional. (mais…)

ARTIGO – O CadÚnico não é único

Foto: Divulgação | Editada pelo Tribuna do Recôncavo

Por Wagner Balera – doutor em Direito Previdenciário.

Dentre as diversas providências que há de tomar para a arrumação da casa, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome revisará o CADÚNICO: o cadastro único dos programas sociais. Entendamos, porém, que essa proposta já foi repetida diversas vezes. E, até agora, nada de concreto aconteceu.

Há mais de trinta anos, se intenta criar o banco de dados único. É o que consta dos Decretos n. 97.936 e n. 99.378, de 1990, pelos quais se determinava a implantação do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Já se pressupunha, como é  óbvio, que tal base deveria ser a única a recolher dados de interesse para os programas sociais do Estado brasileiro. Com a elementar lembrança de que os programas não são do governo alfa, do governo beta ou do governo gama.

Porém, esse Cadastro, cuja utilidade é indiscutível e cujo teor deveria conter os elementos da totalidade da comunidade protegida, esteve desde sempre repleto de omissões e inconsistências. Por essa razão, furando a proposta de unidade, certa norma operacional do SUS, de 1996, instituía o Cartão Nacional de Saúde, que implicaria no cadastramento nacional de usuários do SUS.

Será que os dados disponíveis no CadSUS foram integrados aos do CNIS? (mais…)

ARTIGO: A saúde por dentro das paredes: há diferenças entre tubulações na hora de construir?

Imagem por cattalin de Pixabay

Por Isabel Alencar – Gerente de Vendas Indiretas da Lubrizol

Ainda pouco observada na hora de construir ou reformar, é preciso ter atenção especial em relação às tubulações e buscar itens certificados e seguros para construções que protejam não apenas a obra, mas também a saúde das pessoas. A pandemia causada pelo COVID-19 acentuou ainda mais a importância dos consumidores avaliarem e priorizarem itens que ofereçam segurança e sejam resistentes à proliferação de micro-organismos nocivos à saúde.

Para atender o mercado cada vez mais exigente, a Lubrizol, fornecedora de produtos químicos especiais para os mercados de transporte, indústria e de consumo, lançou no mercado em 1959 o material polivinil clorado (CPVC), da mesma família do cloreto de polivinil (PVC). Apesar da semelhança no nome e nos tipos de produtos disponíveis, o CPVC apresenta maior resistência a fatores como temperatura, pressão e impacto.

Além de todos os benefícios estruturais e técnicos, os tubos produzidos com CPVC apresentam também, um dos menores índices de crescimento bacteriano do mercado, estando entre os materiais mais seguros no quesito saúde. As tubulações produzidas com componentes metálicos geram condensação, fornecendo um ambiente propício para o desenvolvimento de mofo e outros tipos de microrganismos nocivos para a saúde humana, como é o caso da Legionella pneumophila. (mais…)

Artigo sobre tecnologia no campo. Saiba como identificar e prevenir problemas comuns em plantações de soja

Imagem de Charles Echer por Pixabay

Por Marilize Oliveira – analista de pesquisa na TMG

Para quem cultiva soja, é comum enfrentar problemas como ferrugem asiática, nematoide de cisto e grande diversidade de climas e solos. Essas são situações que podem afetar a produção, gerando grandes prejuízos. De acordo com Marilize Oliveira, analista de pesquisa na TMG — Tropical Melhoramento & Genética — empresa brasileira de soluções genéticas de algodão, soja e milho –, há meios de identificar e prevenir alguns problemas para evitar perdas.

A ferrugem asiática é provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e é considerada um dos principais problemas enfrentados pelos produtores. “Os sintomas começam com o surgimento de pequenas lesões angulares formando urédias (estrutura de reprodução do patógeno) na parte abaixo da folha. Com o progresso da doença, as lesões ficam com coloração castanho-claro (lesão TAN) ou castanho-avermelhado (lesão RB – “reddish-brown”). O formato dessas lesões é delimitado pelas nervuras das folhas e podem ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura, sendo mais comum após o florescimento. A ferrugem asiática provoca amarelecimento foliar e a planta pode perder as folhas precocemente, o que reduz o número de vagens por planta e de grãos por vagem, além de que o grão gerado tem peso menor”, explica Marilize.

O nematoide de cisto da soja (NCS), Heterodera glycines, é um dos nematoides que vêm causando grandes prejuízos à cultura. “As perdas podem ficar entre 5% e 30% em locais com baixas infestações e chegar a 70% naqueles com maior incidência”, comenta a analista. Mais prevalente no Estado de Mato Grosso, principalmente em locais com solos arenosos ou médio-arenosos, o nematoide de cisto da soja é caracterizado por uma ligeira redução no porte da planta, mesmo em regiões com boa distribuição de chuvas e em solos de fertilidade naturalmente mais alta. “Em lavouras onde há uma grande área afetada, é comum ocorrer a morte prematura de plantas”, diz a analista. (mais…)

ARTIGO – Síndrome do intestino hemorrágico prejudica vacas leiteiras e pode levá-las à morte

Imagem de Charlie Boyd do Pixabay

Por Vanessa Carvalho – zootecnista 

Informações levantadas nos Estados Unidos indicam que apenas 14% dos rebanhos identificaram casos da síndrome do intestino hemorrágico – também conhecida pela sigla em inglês HBS, de Hemorragic Bowel Syndrome. Ainda mais preocupante é que 79,3% das vacas acometidas pela enfermidade são retiradas do rebanho por morte ou descarte. “Ainda pouco conhecida no Brasil, a síndrome é bastante perigosa e tem potencial para causar sérios prejuízos em uma propriedade leiteira”, alerta a zootecnista Vanessa Carvalho, gerente de produtos e serviços técnicos para bovinos de leite da Phibro Saúde Animal.

“Esse problema é caracterizado principalmente por hemorragia aguda no jejuno, a parte intermediária do intestino delgado, que pode subsequentemente levar à formação de coágulos sanguíneos intraluminais e obstrução. Como consequência, os animais apresentam diferentes sintomas, como depressão, estase – ou impotência – ruminal, diminuição repentina da produção de leite, queda no consumo, cólicas, desidratação, fezes escuras ou com presença de sangue coagulado e morte”, informa Vanessa Carvalho.

Doutora em nutrição de ruminantes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Vanessa explica que a HBS é uma enfermidade ainda pouco diagnosticada no Brasil, apesar de presente em fazendas, e, justamente por isso, causa prejuízos em razão da queda repentina no leite e das baixas taxas de recuperação e de cura, levando grande parte dos animais a morte. (mais…)