Poema de Maria do Carmo alusivo ao 20 de novembro: CLAMOR DA NEGRITUDE

Poema de Maria do Carmo alusivo ao 20 de novembro: CLAMOR DA NEGRITUDE - poesia, noticiasFoto: José Gilberto

No Brasil o povo NEGRO é vitimado pelo preconceito desde o período colonial. Em pleno século XXI ainda sofremos com o racismo, mas não nos deixamos abater. A luta pelo resgate da nossa dignidade é diária e contínua! Somos resistência! A nossa voz continua a clamar por respeito!

CLAMOR DA NEGRITUDE

Olha o Negro aqui!

Discriminado,

Rechaçado,

Desumanizado,

Humilhado,

Maltratado!

Olha o Negro aqui!

Por que discriminá-lo?

Por que rechaçá-lo?

Por que desumanizá-lo?

Por que humilhá-lo?

Por que maltratá-lo?

Por que inferiorizá-lo?

Discriminá-lo simplesmente pela cor da sua pele?

A melanina é um rótulo de exclusão?

NEGRO é humano, é cidadão!

NEGRO exige liberdade de ir e vir!

NEGRO é digno de respeito,

NEGRO clama por igualdade de condição!

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.

Poema de Maria do Carmo em homenagem ao TRIBUNA ON que completa 1 ano nesta terça

Nesta terça-feira, dia 04/10/2022, o programa Tribuna ON completa seu primeiro ano de existência. Apresentado por Hélio Alves e Uanderson Alves, de segunda a sexta, das 21h30 às 22h30, o Tribuna ON sempre conta com a presença de um convidado especial abordando assuntos relevantes, totalizando nesse período de um ano 253 entrevistas. Confira a homenagem feita pela poetisa Maria do Carmo:

 

TRIBUNA ON, PRESENTE!

 

Desde os primórdios da humanidade,

a comunicação sempre existiu.

Da vida na caverna a era digital,

comunicar-se é necessário e essencial!

 

A comunicação aproxima pessoas,

ultrapassa as barreiras geográficas,

promove a realização de sonhos,

à vida humana dá motivação e graça! (mais…)

Poesia de Maria do Carmo – RECORDAÇÔES JUNINAS

Poesia de Maria do Carmo - RECORDAÇÔES JUNINAS - sao-joao-2022-2, poesiaNa foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Alvorada festiva, o mês de junho acolhia.

À meia noite, chuva de fogos de artifício.

Junho chegava! Mês de muita animação!

Homenagem a Santo Antonio, São João e São Pedro.

Bandeirolas tremulavam em sinal de alegria.

Vestes coloridas para dançar o forró pé de serra!

Cabanas de palha eram o palco da festança.

A tradicional fogueira aquecia a noite fria.

Um galho de árvore (ramo), à fogueira fazia companhia.

O povo arrastava o pé até amanhecer o dia.

Sanfona, pandeiro, triângulo e zabumba, o forró conduzia.

Licôr, amendoim, milho, laranja, canjica, a vontade para se fartar.

Casas de portas abertas para comidas e bebidas partilhar.

E a tradição popular comemorava:

Viva Santo Antonio Casamenteiro!

Viva São João batizador!

Viva São Pedro que a chave do céu segurou!

COMENTÁRIO DE MARIA DO CARMO:

“As vivências das tradições culturais são o marco da História de uma sociedade. Na sociedade contemporânea, as festas juninas vem perdendo as suas características peculiares em detrimento de um novo contexto sociocultural, demarcado por padrões que privilegiam outros interesses e hábitos, totalmente opostos aos tempos passados”.

Sobre a autora:

Poesia de Maria do Carmo - RECORDAÇÔES JUNINAS - sao-joao-2022-2, poesiaMaria do Carmo, residente na cidade de Mutuípe (BA), é autora do livro de poesias “Recomendações Poéticas” e da “Coletânea Poética Retalhos de Vivências”. Tem poemas publicados em várias Antologias, entre elas: Tabuleiro de Poesia e Seletos Versos. É professora da Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães em Santo Antônio de Jesus e colunista do Tribuna do Recôncavo.

Poema de Maria do Carmo “A PAZ PEDE PASSAGEM”

Poema de Maria do Carmo "A PAZ PEDE PASSAGEM" - poesiaNa foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

A PAZ PEDE PASSAGEM

Explosões! Bombardeios!

Sirenes anunciam o Toque de Recolher!

Carros-bombas, mísseis, arsenal de armas!

Fogo cruzado! Sangue derramado.

Civis atordoados buscam abrigo!

Fuga em massa! A população busca refúgio!

Laços familiares quebrados! Desolação!

Filas quilométricas na via da esperança.

Ruas desertas, rotina interrompida, fome, lágrimas!

Territórios vitimados pela Guerra!

O poderio político, militar, econômico, social, impera!

Explosão de violência!

Bombardeio humano e social.

Caos! Comoção mundial!

Inocentes mortos! Genocídio!

Sociedades vitimadas pelo terror:

homens, mulheres, crianças, idosos!

Povos famintos de alimentos, de abrigo e de Paz.

Humanos despidos de dignidade!

Todos chorando, clamando e implorando:

Implorando pelo cessar fogo!

Implorando pelo respeito à vida!

Implorando pelo fim da Guerra!

É a VIDA implorando por sobreviver!

É a PAZ implorando para se estabelecer!

Sobre a autora:

Poema de Maria do Carmo "A PAZ PEDE PASSAGEM" - poesiaMaria do Carmo, residente na cidade de Mutuípe (BA), é autora do livro de poesias “Recomendações Poéticas” e da “Coletânea Poética Retalhos de Vivências”. Tem poemas publicados em várias Antologias, entre elas: Tabuleiro de Poesia e Seletos Versos. É professora da Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães em Santo Antônio de Jesus e colunista do Tribuna do Recôncavo.

Poema de Maria do Carmo ” DEVASTAÇÃO”

Poema de Maria do Carmo " DEVASTAÇÃO" - poesia, noticiasImagem de Andreas Riedelmeier por Pixabay

DEVASTAÇÃO

O rio encheu, transbordou!

O seu curso natural desviou.

Suas águas velozmente tudo inundou!

Destruiu plantações e construções.

Desolação e caos gerou!

O rio encheu, transbordou!

O seu curso normal foi oprimido,

para dar passagem ao Capitalismo!

Suas águas velozmente tudo inundou!

A fauna e a flora devastou!

O rio encheu, transbordou!

A paisagem natural e humana devastou.

O ser humano perplexo ficou,

diante do cenário desolador.

As águas do rio inundaram o coração da gente!

Águas de um rio que transbordou,

águas da enchente!

Sobre a autora:

Poema de Maria do Carmo " DEVASTAÇÃO" - poesia, noticiasMaria do Carmo, residente na cidade de Mutuípe (BA), é autora do livro de poesias “Recomendações Poéticas” e da “Coletânea Poética Retalhos de Vivências”. Tem poemas publicados em várias Antologias, entre elas: Tabuleiro de Poesia e Seletos Versos. É professora da Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães em Santo Antônio de Jesus e colunista do Tribuna do Recôncavo.

Poesia de Maria do Carmo “NATAL ATÍPICO”

Poesia de Maria do Carmo "NATAL ATÍPICO" - poesiaNa foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

No calendário, uma data especial!

Todos os caminhos levam às comemorações.

A decoração dos ambientes a todos encanta.

As músicas típicas da época, emocionam!

Roupas e calçados novos, mesa farta.

A troca de presentes é cultural.

Nos quatro cantos do mundo é NATAL!

Na cotidiana realidade, para todos a data é especial?

Para muitos, todos os caminhos levam aos lixões.

Por acaso, uma árvore de natal descartada,

foi por uma criança, carinhosamente resgatada!

Lá não há música natalina! Só o som do motor dos caminhões.

Roupas, sapatos e alimentos, são disputados!

No cotidiano dos que ali buscam a sobrevivência,

A troca de presentes é mera fantasia!

No lixão também há natal!

Há natal porque há seres humanos!

Há seres humanos desprovidos de dignidade!

Há uma criança que nasce e renasce em meio ao monturo!

Em meio ao monturo,

há uma criança que recolhe uma árvore de natal descartada,

e a decora com o brilho dos seus olhos,

com a esperança, com o sonho de um futuro promissor.

Esta criança prossegue na labuta,

catando os resíduos descartados, inclusive para se alimentar.

Esta criança, é a representação do Cristo que num lixão renasce

e a humanidade uma lição ensina:

a desigualdade social faz ofuscar o brilho do Natal

e faz o cenário do presépio mudar de lugar!

“Então é Natal e o que você fez”

para que o Menino Deus não renasça no lixão outra vez?

Sobre a autora:

Maria do Carmo, residente na cidade de Mutuípe (BA), é autora do livro de poesias “Recomendações Poéticas” e da “Coletânea Poética Retalhos de Vivências”. Tem poemas publicados em várias Antologias, entre elas: Tabuleiro de Poesia e Seletos Versos. É professora da Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães em Santo Antônio de Jesus e colunista do Tribuna do Recôncavo.