Dólar sobe pelo quarto dia seguido e chega a R$ 5,57

Foto: Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil

Em mais um dia de turbulência no mercado financeiro, o dólar subiu pela quarta sessão consecutiva e voltou a aproximar-se de R$ 5,60. A bolsa de valores caiu mais uma vez e continua no menor nível em um ano. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira, dia 18, vendido a R$ 5,57, com alta de R$ 0,046 (+0,87%). A cotação chegou a operar próxima da estabilidade no início do dia, mas inverteu a tendência ainda durante a manhã e firmou-se acima de R$ 5,56 a partir das 14h45. Desde a primeira semana de outubro, a moeda norte-americana não subia quatro dias seguidos.

Apesar das altas recentes, a divisa acumula recuo de 1,34% em novembro, por causa das quedas expressivas no início do mês. Em 2021, a valorização chega a 7,34%. No mercado de ações, o dia também foi instável. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 102.426 pontos, com queda de 0,51%. O indicador está no menor nível desde 11 de novembro do ano passado. A bolsa foi influenciada pela queda nas ações de mineradoras, decorrente do recuo do preço internacional do minério de ferro, e nas ações de bancos, afetadas pelas incertezas em relação à economia doméstica. A possibilidade de o Senado mudar o teor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios está pressionando o mercado.

Apesar de a PEC liberar R$ 91,6 bilhões em gastos públicos no próximo ano, os investidores receiam que uma eventual rejeição do texto estimule o governo a buscar soluções como a edição de um eventual decreto de calamidade pública que permita créditos extraordinários (fora do teto de gastos) em 2022. No mercado internacional, o dólar subiu perante as principais moedas de países emergentes. No Brasil, a queda do preço internacional do minério de ferro deverá agravar a situação por significar redução do valor exportado, impactando o superávit da balança comercial e aumentando o déficit nas contas externas.

Agência Brasil

Camamu recebe 9ª edição da Feira de Economia Solidária da Bahia

Foto: Elói Corrêa/ GOV-BA

O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), realiza mais uma edição da Feira de Economia Solidária da Bahia. O evento ocorre em Camamu, na Costa do Dendê, de 18 a 20 de novembro, na Praça Professor Pirajá da Silva, Centro.

Com a possibilidade de ampliar o faturamento e promover o escoamento da produção dos empreendimentos econômicos solidários, a Feira de Economia Solidária contribui na geração de trabalho e renda da região, além de fortalecer o segmento no estado. Itens da agricultura familiar, alimentos, manualidades e artesanatos serão comercializados por grupos, associações e cooperativas.

“Os empreendimentos econômicos solidários estão empolgados com a realização das feiras, que ampliam significativamente as oportunidades de comercialização. Serão 100 edições, até o fim do próximo ano, nos diversos territórios de identidade da Bahia, com um aporte total de R$ 2 milhões”, destaca o titular da Setre, Davidson Magalhães.

Setre

STF derruba desconto linear em mensalidade de faculdades

Foto: Rosinei Coutinho/ SCO/ STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, dia 18, derrubar decisões judiciais que concederam descontos lineares nas mensalidades de faculdades durante a pandemia de covid-19. Por 9 votos a 1, a Corte seguiu voto proferido pela relatora, ministra Rosa Weber, que se manifestou pela inconstitucionalidade das decisões. Para a ministra, as medidas foram tomadas de forma linear em todos os contratos, sem avaliar os efeitos econômicos para ambas as partes e o caso específico de cada aluno, ferindo os princípios constitucionais da livre iniciativa e da isonomia.

Pela decisão, os descontos podem ser judicializados ou discutidos entre alunos e as faculdades. Porém, devem levar em conta diversos pontos, entre eles, as características do curso, carga horária, formas de avaliação, custos de transposição para aulas remotas, além da condição econômica dos estudantes. A Corte julgou ações protocoladas pelo Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras e pela Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup).

As entidades alegam que foi retirado das escolas privadas o poder de negociar com os pais ou alunos individualmente os atrasos no pagamento, beneficiando quem não teve a renda afetada. Devido aos efeitos econômicos provocados pela pandemia, pais e alunos passaram a cobrar a redução do valor das mensalidades diante das dificuldades de pagamento, proibição de aulas presenciais e adoção de aulas virtuais. Com a falta de consenso, o Judiciário foi acionado, e diversos juízes obrigaram a redução das cobranças em cerca de 30% e 50%.

Agência Brasil

Exportações baianas cresceram 29,6% em 10 meses deste ano

Foto: Manu Dias/ GOV-BA

As exportações baianas cresceram 29,6% no acumulado entre janeiro e outubro deste ano, frente ao mesmo período de 2020. Em valores, a venda para o exterior totalizou US$ 8,24 bilhões (R$ 45,6 bilhões). Os dados são do Informe Executivo de Comércio Exterior de outubro, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). A publicação da secretaria destaca que a Bahia segue liderando o comércio exterior no Nordeste, representando 47,2% do montante escoado pela região.

O Informe atribuiu o resultado baiano à retomada da atividade econômica no mundo, com o avanço da vacinação contra o coronavírus e o arrefecimento da pandemia. Por setor de atividade, a indústria de transformação contribuiu com 62% do total exportado, seguida da agropecuária (30,6%) e a indústria extrativa (6,6%). “Estamos em constante retomada do crescimento da nossa economia.

O setor mineral e petroquímico continua crescendo”, explicou o secretário da SDE, Nelson Leal. Considerando o mesmo período de comparação, vale destacar o segmento químico e petroquímico que teve incremento de 63,4%, chegando a um total de US$ 1,6 bilhões (R$ 8,86 bilhões) em vendas em 2021, seguido pelo setor mineral com alta de 157,3% total comercializado de US$ 545 milhões R$ 3 bilhões.

Bahia.Ba

Prorrogada medida provisória que zera tributos sobre importação de milho

Foto: Roque de Sá/ Agência Senado

Duas medidas provisórias foram prorrogadas e duas perderam a vigência, conforme atos declaratórios do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, dia 18. A MP 1.071, de 22 de setembro, que zerou tributos sobre o milho importado para enfrentar a baixa oferta do produto no mercado brasileiro, teve sua vigência prorrogada por 60 dias. Ela zera até o fim do ano o PIS/Pasep e a Cofins na importação de milho.

A MP 1.072, de 1º de outubro, que altera o cálculo da Taxa de Fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários, também teve sua vigência prorrogada por 60 dias. A correção dos valores das taxas, segundo o Poder Executivo, visa atualizar a cobrança, adaptando-a ao crescimento do número de operadores no mercado nos últimos anos.

As MPs que perderam a eficácia foram a 1.055, de 28 de junho, que instituiu a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética para estabelecer medidas emergenciais de enfrentamento da atual crise hídrica; e a 1.056, de 5 de julho, que abriu crédito extraordinário de R$ 20,2 milhões para o Ministério da Cidadania, para prorrogação do auxílio emergencial.

Agência Senado

Inflação será principal problema econômico em 2022, diz ministro

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

A resiliência da inflação será o grande problema da economia brasileira em 2022, disse na quarta-feira, dia 17, o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, as previsões de baixo crescimento para o próximo ano podem não se confirmar, com os mais pessimistas do mercado se surpreendendo com as previsões de crescimento entre 0% e 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

“O problema não será crescimento baixo, o problema será inflação resiliente. A inflação provavelmente será um pouco acima do que vocês estão prevendo, mas o crescimento também será maior do que vocês estão prevendo, então vamos ver. Eu não faço previsões, eu faço piada de previsões, de previsões erradas”, declarou o ministro em inglês ao participar de evento virtual promovido por um banco brasileiro.

Na última edição do boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo Banco Central (BC), os analistas de mercado projetam crescimento de 0,9% para o PIB em 2022 e inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,8% no próximo ano.

Agência Brasil