Doenças do aparelho circulatório (como infarto, AVC, hemorragia intracerebral), neoplasias (câncer em diversas partes do organismo) e razões externas (acidentes, agressões, complicações tardias, homicídios, suicídios) são as três principais causas de morte de médicos e médicas no Brasil entre 2000 e 2017. No período foram registrados 27.577 óbitos, sendo 22.620 (82,02%) homens e 4.957 (17,97%) mulheres. A média anual de médicos dos dois sexos mortos foi de 1.622.
Os dados integram um levantamento inédito concluído em novembro pela Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) a fim de conhecer o perfil de mortalidade da categoria em âmbito nacional. Para isso, foram analisados registros de óbitos de todos os Estados cadastrados ao longo de 17 anos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do DATASUS, bem como a Classificação Internacional de Doença (CID) para constatação das causas das mortes e a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, para identificação das especialidades.
Há diferenças entre as causas de mortes entre homens e mulheres médicas. No caso deles, as doenças do aparelho circulatório estão em primeiro lugar, com 78,57%, na segunda posição vem câncer com 17,86% e causas externas em terceiro lugar, com 3,57%. Entre as mulheres, o câncer vem em primeiro lugar, com 46,15%, doenças do aparelho respiratório em segundo (30,76%) e causas externas com a mesma porcentagem dos homens, 3,57%. (mais…)