Policiais da 4ª Coorpin de Santo Antônio de Jesus, sob o comando do Delegado Adilson Freitas, prenderam em cumprimento a mandado judicial de prisão preventiva os indivíduos Adilson, 39 anos, Breno, 18 anos e Romerito, 33 anos, todos acusados de torturarem com murros, pauladas, socos e pontapés a pessoa de Gildásio Alves Pereira, de 51 anos, fato ocorrido na localidade rural de Riacho da Lama, município de Laje/BA, no dia 20/02/2019, por volta das 17h30min.
A vítima morreu em razão das agressões quatro dias após, no dia 24/02/2019, no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus/BA. As agressões teriam sido motivadas por um suposto estupro cometido por Gildásio a uma criança.
O crime de agressão contra Gildásio causou clamor público na Cidade de Laje e região, por ter sido cometido a luz do dia e na presença de várias pessoas que filmaram cenas das agressões. Imediatamente a Polícia Civil iniciou as investigações e, após coletar algumas cenas gravadas e ouvir testemunhas, o Delegado representou pela prisão preventiva dos acusados, que foi deferido pelo Juiz Criminal, sendo as prisões cumpridas entre os dias 07 e 08/03/2019.
Gildásio Alves tinha 51 anos de idade, porém a aparência era de idoso, por se tratar de uma pessoa pobre, sofrida e vulnerável, sendo frequentemente visto embriagado pelas ruas da comunidade rural de Riacho da Lama.
Segundo o delegado Dr Adilson Freitas, os acusados quiseram dar a aparência de se tratar de linchamento popular, quando na verdade o que ocorreu foi um homicídio cometido a “sangue frio”, com requintes de crueldade, sem possibilidade de defesa da vulnerável vítima, que estava sentada ao chão, clamando por sua vida, afirmando não ter cometido o crime ao qual estava sendo acusado. As cenas de tortura circularam nas redes sociais, principalmente através do aplicativo Whatszapp, ganhando forte repercussão.
A vítima do estupro, de apenas 06 anos de idade, foi levado pela mãe para presenciar a sessão de tortura e afirmou em declarações na Delegacia não ter sido o velho Gildásio quem abusou sexualmente de si, mas sim outra pessoa mais jovem, que nada tem a ver com Gildásio.
Para o Delegado Adilson Freitas, que comandou a operação policial, os acusados teriam julgado a vítima, sem direito de defesa e condenado a mesma a morte, numa espécie de ‘Tribunal do Crime’. Sendo brutalmente torturada, pois, Gildásio ficou agonizando quatro dias no hospital e morreu em seguida, inocente, sem entender por que estavam lhe agredindo, já que não cometeu nenhum crime”, concluiu o delegado.
Editado por Tribuna do Recôncavo | Informações: PC
Deixe seu comentário
3 respostas para “Laje: Acusado de estupro morre após ser torturado; vítima diz que ele era inocente”
Todos tem direito de defesa, principalmente o inocente. Estas criaturas devem ser condenadas a prisão perpétua ou pena de morte, e o pior, a comunidade assistindo tudo e ninguém foi capaz de defender porque foram 3 diante de uma comunidade. Certo que podiam defender e tb a mãe deve ser punida pois conhecia a vítima e sabia que não era capaz desse ato e concordou com um brutal assasinato na precenca da mãe, uma senhora de 90 anos implorando pela vida do filho e aqueles mostros, inclusive a mãe, sem provas,concordou. Quem deve julgar é a justiça e não por conta própria, a criança deve ser investigada porque o culpado deve ser descoberto para aí sim pagar pelo crime dele. Minha opinião.
O que a mãe tem a ver? Em que mundo você vive? Você acha que linchamento é um evento organizado onde ela poderia ter interferido a favor do cara? Pelo amor [de Deus], uma multidão contra 3 caras não puderam fazer nada! Imagina a mãe da criança ainda fragilizada pelo o que aconteceu com seu filho. Os envolvidos devem ser punidos, “justiça” com a próprias mãos não leva a lugar nenhum…
Não só os que cometeram essa barbaridade, mas a mãe da criança também merece está na cadeia. Que os homens façam pagar pelo crime cometido e Deus faça a justiça contra esses monstros, pois não são seres humanos.