Por Claudia Elisa Soares – especialista em ESG
Sandman estreou na plataforma de streaming Netflix no início de agosto e logo de cara se tornou a série mais vista da plataforma no Brasil, segundo ranking do site FlixPatrol. A produção fictícia se baseia na HQ de mesmo nome escrita por Neil Gaiman. Na trama, o objeto chamado “rubi” tem o poder de alterar a realidade e é utilizado no quinto episódio pelo vilão John para compelir as pessoas a falarem apenas a verdade.
Esta passagem lembra muito o princípio de transparência radical defendido e adotado por Ray Dalio, fundador da Bridgewater, uma das maiores gestoras de fundos de investimento do mundo. Dalio defende que o time inteiro de uma empresa, independentemente do cargo, tempo de casa ou idade, deve se manifestar livremente, desde que seja em prol da melhoria da empresa. E, com isso, ser o mais transparente possível.
A relação acontece porque no episódio da série, o personagem John está cansado das mentiras e omissões das pessoas e passa a usar o artefato “rubi” para que só sejam ditos os reais desejos, mesmo que isso soe rude ou irreal. Apesar de ter funcionado muito bem na Bridgewater (na vida real) e algumas outras companhias, não deu certo na série. As pessoas acabam passando do ponto e machucando umas às outras. (mais…)