Estudo aponta aumento da mortalidade materna e óbitos fetais durante a pandemia

Imagem de Cindy Parks do Pixabay

Pesquisadores avaliaram estudos envolvendo mais de seis milhões de gestações em 17 países, incluindo o Brasil

O estudo Efeitos da pandemia COVID-19 nos resultados maternos e perinatais: uma revisão sistemática e meta-análise (Effects of the COVID-19 pandemic on maternal and perinatal outcomes: a systematic review and meta-analysis), publicado nesta quarta-feira, 31 de março, no periódico científico The Lancet Global Health, faz um alerta a toda a comunidade médica, científica e à população, especialmente no Brasil, que na mesma data registrava 3.869 mortes por Covid.

Com mais de 320 mil mortes desde o início da pandemia, e registrando recordes de casos e de mortes dia após dia, pouco se fala sobre a gravidade da doença durante a gestação, ou de possíveis repercussões que a contaminação da gestante possa trazer ao feto.

No entanto, o estudo faz um importante alerta ao revelar que mais mulheres grávidas morreram, tiveram complicações ou deram à luz bebês natimortos durante a pandemia do que em anos anteriores. A conclusão foi obtida a partir da análise de 40 estudos realizados em 17 países. Além do Brasil, participaram estudos realizados nos Estados Unidos, Canadá, Itália, Turquia, Holanda, Reino Unido, Índia, China, Israel, Dinamarca, Hong Kong, Botsuana, Japão, Nepal, México e Irlanda. (mais…)

1º de abril – 7 mentiras sobre restrição de glúten e lactose na dieta

Imagem de HNBS por Pixabay

As dietas com restrição ou a retirada total de glúten e lactose têm ganhado espaço na casa de muitas pessoas que buscam emagrecer. Nos últimos 12 meses, segundo o Google Trends, a busca por “dieta sem glúten” cresceu mais de 550%. Já a procura por “dieta sem lactose” registrou um aumento repentino. Porém, quem não tem intolerância aos ingredientes deve ter cuidado com medidas assim. Essas restrições extremas devem ser seguidas pelos intolerantes à lactose, sensíveis ao glúten e os celíacos.

O glúten é uma proteína presente no trigo, cevada e centeio, responsável pela elasticidade nas massas e por dar maior flexibilidade aos alimentos. Já a lactose é o açúcar existente no leite – o leite de vaca, por exemplo, contém cerca de 5% de lactose.

Por conta da busca pelo peso ideal, muitos têm retirado o carboidrato e a proteína da rotina alimentar. Porém, a nutricionista do Hospital Marcelino Champagnat, Patrícia Lara, afirma que as dietas restritivas, sem glúten e lactose, são recomendadas apenas para quem tem diagnóstico clínico. “Não existe uma comprovação científica que certifique o benefício ou justifique a retirada desses itens da dieta para os indivíduos saudáveis”, destaca. Sendo assim, há muitos mitos sobre a redução do consumo de glúten e lactose na dieta alimentar. Confira alguns deles abaixo: (mais…)

Artigo – Desvio de septo: quando é recomendado operar?

Crédito: Divulgação/ MF Press Global

Por Dr. Edson Freitas – Otorrinolaringologista

O septo nasal é uma estrutura constituída de osso e cartilagem, que separam uma narina da outra. Quando essa “parede” tende mais para uma das fossas nasais, dificultando que ela exerça sua função de maneira correta, temos a condição chamada de desvio de septo.

Estima-se que 80% da população brasileira apresente essa característica, mas que nem sempre evolui para problemas respiratórios. A deformidade pode ocorrer tanto por um crescimento exagerado da cartilagem, quanto por um evento traumático, como é o caso de acidentes ou pancadas.

Nem todo o desvio de septo precisa resultar em uma cirurgia. As recomendações são realizadas apenas quando a condição traz problemas ao paciente, como dificuldade para respirar. Segundo o otorrinolaringologista Dr. Edson Freitas, a obstrução nasal costuma ser uma das queixas mais comuns de quem convive com o desvio, visto que ele pode facilitar a retenção de secreções, sangramentos e trazer dificuldade para dormir. (mais…)

Artigo – Mulheres têm o dobro de chances de morrer por infarto

Imagem de unknownuserpanama de Pixabay

Por Dr. Roberto Yano – cardiologista 

As doenças cardiovasculares estão entre as que mais matam mulheres ao redor do mundo. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que essas enfermidades são responsáveis por 1/3 dos óbitos femininos, o que significa 8,5 milhões de mortes ao ano ou 23 mil por dia.

Um dos fatores que contribui para esse cenário é o fato de mulheres poderem apresentar sintomas atípicos com relação a essas doenças, conforme explica o médico cardiologista Dr. Roberto Yano. Enquanto os sintomas comuns do infarto são dor no peito em forma de aperto e queimação, que pode irradiar para queixo, mandíbula e epigástrio, com duração maior de vinte minutos, mulheres prestes a sofrem um infarto do miocárdio podem chegar ao pronto-socorro com manifestações atípicas como dor nas costas ou no estômago, por exemplo.

“Não é incomum que elas cheguem apenas com falta de ar, sudorese ou sensação de desmaio. Devido aos sintomas atípicos, a mulher costuma demorar mais a procurar ajuda médica. Acha que está com uma gastrite e acaba tomando um antiácido. Acredita que a dor nas costas é da coluna e acaba tomando um anti-inflamatório. Essa demora no reconhecimento de sintomas retarda a sua ida ao hospital, o que piora o prognóstico da doença”, alerta Dr. Yano.

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Infectologista condena uso do “kit Covid” e alerta para efeitos colaterais

Imagem Ilustrativa | Imagem de Valeria GB por Pixabay

Desde o início da pandemia, médicos e associações da área têm combatido o chamado “kit Covid”, relação de medicamentos que supostamente funcionam como “tratamento precoce” da Covid-19. Com o agravamento da doença em todo Brasil, os especialistas voltam a condenar o uso de remédios como hidroxicloroquina e ivecmectina para combater a doença.

Estudos realizados para avaliar a eficácia desses remédios no tratamento da Covid-19 revelaram que os fármacos não trazem benefícios ao tratamento, ou seja, não possuem eficácia, além de apresentarem riscos à saúde por conta dos efeitos. Há relatos de cinco pacientes na fila de transplante de fígado após usarem esses medicamentos. Outros três morreram por conta de hepatite. Também há casos de hemorragia e insuficiência renal ligadas ao uso desses remédios.

“Além de não terem efeito algum contra Covid, esses medicamentos têm efeitos colaterais, podem ser tóxicos – alguns menos, outros mais. A ivermectina não é tão tóxica, mas utilizada de forma repetida pode ter uma toxicidade hepática muito grande”, explica o infectologista Matheus Todt, da S.O.S. Vida.

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Pessoas com epilepsia tem mais risco de morte prematura

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As principais razões que levam pessoas com epilepsia à morte prematura são a falta de acesso aos serviços de saúde em casos de convulsões duradouras ou que ocorrem sem período de recuperação e também em situações como afogamento, ferimentos na cabeça e queimaduras.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de morte prematura para epiléticos é até três vezes maior do que entre a população geral. O neurologista Marcos Soares do Plano Boa Saúde do Grupo Vitalmed acrescenta que, em muitos casos, a falta de conhecimento sobre como identificar a doença e como lidar com ela contribui para essa realidade.

A epilepsia tem entre as causas mais comuns a lesão cerebral traumática ou, no momento do nascimento, infecções cerebrais, como meningite ou encefalite, e ainda, em decorrência de acidente vascular cerebral (AVC). O especialista esclarece que há diferentes tipos de crises. (mais…)

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