Por Dr. Roberto Yano – cardiologista
As doenças cardiovasculares estão entre as que mais matam mulheres ao redor do mundo. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que essas enfermidades são responsáveis por 1/3 dos óbitos femininos, o que significa 8,5 milhões de mortes ao ano ou 23 mil por dia.
Um dos fatores que contribui para esse cenário é o fato de mulheres poderem apresentar sintomas atípicos com relação a essas doenças, conforme explica o médico cardiologista Dr. Roberto Yano. Enquanto os sintomas comuns do infarto são dor no peito em forma de aperto e queimação, que pode irradiar para queixo, mandíbula e epigástrio, com duração maior de vinte minutos, mulheres prestes a sofrem um infarto do miocárdio podem chegar ao pronto-socorro com manifestações atípicas como dor nas costas ou no estômago, por exemplo.
“Não é incomum que elas cheguem apenas com falta de ar, sudorese ou sensação de desmaio. Devido aos sintomas atípicos, a mulher costuma demorar mais a procurar ajuda médica. Acha que está com uma gastrite e acaba tomando um antiácido. Acredita que a dor nas costas é da coluna e acaba tomando um anti-inflamatório. Essa demora no reconhecimento de sintomas retarda a sua ida ao hospital, o que piora o prognóstico da doença”, alerta Dr. Yano.