Em 28 de junho é celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+, momento de consolidar importantes avanços sociais que foram conquistados na pauta destes grupos, mas também de debater o quanto ainda existe a evoluir, em especial no combate à violência e ao preconceito. No âmbito da saúde mental, os avanços no tratamento de homossexuais e transgêneros têm assegurado mais assertividade e qualidade de vida a estas pessoas que integram grupos com grande vulnerabilidade em desenvolver patologias como depressão, ansiedade e outros transtornos mentais.
Isso se deve muito ao sofrimento, aos conflitos e à violência relacionada à auto aceitação e à aceitação familiar e social, fruto de uma ideia equivocada de “normalidade”. De acordo com a psicóloga integrante do Núcleo de Sexualidade da Holiste, Lara Cannone, é necessário enfatizar que sexualidade não é opção, e homossexualidade e transexualidade não são desvios ou patologias.
“O papel do psicólogo não é colocar juízo de valor sobre o paciente, mas sim olhar esse indivíduo dentro das suas questões e sofrimentos. O preconceito internalizado no próprio indivíduo se traduz, muitas vezes, em adoecimento, e o que se faz é justamente desconstruir a ideia de normalidade e ajudar a lidar com todas as consequências trazidas pelo contato desse indivíduo com o mundo externo e com seus próprios modelos”, comenta.