O site Tribuna do Recôncavo ouviu, nesta quinta-feira (10/01), o fundador e presidente do Movimento de Promoção de Igualdade Étnico Racial “Tenho fé, sou do Candomblé”, Marcelo Santos, o qual falou sobre duas oferendas depositadas na Praça Padre Mateus em Santo Antônio de Jesus (BA), e sobre a transferência do velório e sepultamento de Maria Stella de Azevedo Santos (Mãe Stella de Oxóssi), da cidade de Nazaré para Salvador.
Segundo Marcelo, as oferendas são presentes de adeptos e simpatizantes da religiosidade de Matriz Africana, que são depositadas em vias públicas como é feito em outros municípios, a exemplo de Salvador e Brasília. “Em uma de minhas idas a Brasília eu vi uma oferenda perto da Câmara dos Deputados. Não é uma coisa restrita de Santo Antônio de Jesus, é uma coisa que ocorre, creio que nos 417 municípios da Bahia, e no Brasil em sua ampla maioria de estados e municípios”, disse.
Ainda de acordo com Marcelo, as características das oferendas depositadas na Praça Padre Mateus, de segunda para terça (08/01), não são de oferendas feitas por pessoas de Terreiros de Candomblé, Centros de Umbanda e Centros de Giro. “Acredito que aquela oferenda tenha sido de algum simpatizante que quis em sua vontade individual professar e manifestar a sua fé…”.
Marcelo ressaltou que as oferendas depositadas na Praça Padre Mateus não foi uma aberração, no entanto, Marcelo chamou a atenção para que as pessoas tenham prudência na hora de depositar essas oferendas, para que procurem um local em que não tenha tanta exposição, “até mesmo para que isso não seja invertido em uma ótica negativa contra o povo de santo”. (mais…)