A situação da cratera que chamou à atenção de moradores de Matarandiba, em Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi tema de discussão entre membros do Ministério Público Federal (MPF), representantes da empresa responsável [Dow Química] e órgãos como Ibama e Inema. A cratera foi descoberta há cerca de um ano e desde então preocupa moradores de Matarandiba.
A intenção do encontro foi obter mais dados sobre o fenômeno chamado de sinkhole – depressão circular em relevo que apresenta processo de dissolução de rochas e que se forma pelo abatimento de solo e rochas do teto de uma caverna com drenagem subterrânea. Conforme representantes da Dow Química, a empresa segue em monitoramento do local em tempo real, e os estudos feitos até o momento apontam não haver riscos para a população da Vila de Matarandiba ou mesmo na área de operação. Apesar de não apontar riscos, técnicos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) disseram que não é possível garantir 100% de ausência de riscos.
Já o Inema informou que recebeu solicitações de exploração de novos poços pela Dow Química, mas se comprometeu a não conceder novas licenças, salvo para um poço que servirá especificamente para estudo. Os novos licenciamentos não deverão ser concedidos até a conclusão dos estudos prevista pela Dow Química para o ano de 2020. No final da reunião, foi estabelecido um prazo de 20 dias para algumas providências. Entre elas, notificação do Inema sobre o evento geológico e ao licenciamento relativo aos novos poços; e vídeos encaminhados pela Dow Química com a visualização de toda a área e os estudos realizados por encomenda da empresa e ainda não apresentados ao MPF.
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