Varejo brasileiro deve deixar de faturar R$ 11,8 bilhões por causa de feriados

Uma estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que o varejo nacional deve perder R$ 11,8 bilhões em 2020 por causa de feriados e pontes. Ainda de acordo com a estimativa, o montante é 53% maior do que os R$ 7,6 bilhões estimados em 2019. O “prejuízo” será maior pelo fato de ter mais feriados aos fins de semana e mais pontes de emendas. Neste ano, foram sete dias de feriados; em 2020, serão 11.

O setor classificado no estudo como “outras atividades” é o que deve contabilizar a maior perda, em torno de R$ 4,48 bilhões, alta de 47% em relação a 2019. É importante ressaltar que nesse grupo predomina o comércio de combustíveis, além de joias e relógios, artigos de papelaria, entre outros. Já as atividades de supermercados e farmácias devem perder R$ 3,2 bilhões e R$ 1,87 bilhão, respectivamente, aumentos de 58% e 59% na comparação a 2019.

Os demais segmentos que devem deixar de faturar com os feriados e pontes são: vestuário, tecidos e calçados (-46%), com R$ 1,1 bilhão; e móveis e decoração (-61%), com montante atingido de R$ 1 bilhão. A FecomercioSP desconsiderou os feriados estaduais e municipais – que também prejudicam, em média, a atividade comercial. Na análise da Entidade, esses R$ 11,8 bilhões podem parecer um enorme dano ao varejo, contudo, o valor representa 0,6% de tudo o que o setor fatura em um ano (ou aproximadamente dois dias de comércio completamente fechado).

Bahia.Ba

Recorde de emprego informal reduz produtividade no Brasil

Recorde de emprego informal reduz produtividade no Brasil - economiaFoto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

O recorde de informalidade está ajudando a derrubar a produtividade da economia brasileira, que ainda se recupera da recessão vivida entre 2014 e 2016. Normalmente, quando a economia cresce e gera novos empregos, há aumento em inovação, equipamentos, capacitação e, consequentemente, produtividade. Ou seja, cada trabalhador consegue produzir mais com menos horas de trabalho.

Mas não é isso que está acontecendo com os 38,8 milhões de trabalhadores na informalidade, o que equivale a 41,4% da força de trabalho, já que as vagas geradas nos últimos anos são quase todas informais, pagam menos e são menos produtivas, como “bicos temporários”, segundo mostra estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

A produtividade por hora ficou estagnada em 2018, e passou a cair este ano, cerca de 1,1% no primeiro trimestre e 1,7% no segundo. A pesquisadora do Ibre/FGV Laisa Rachter sugere que as pessoas que estão entrando no mercado em 2019 estão aceitando qualquer tipo de trabalho para contribuir com a renda da família.

Metro1

Banco Central aponta alta de 0,44% no PIB de setembro

O Banco Central indicou nesta quinta-feira, dia 14, que o nível de atividade da economia brasileira registrou alta de 0,44% em setembro na comparação com agosto. O resultado é do chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma “prévia” do PIB. Com o resultado, a economia brasileira terminou o 3º trimestre com crescimento de 0,91%, segundo o indicador

Na comparação com setembro de 2018, o IBC-Br subiu 2,11%, enquanto no acumulado em 12 meses o índice teve alta de 0,99%. O resultado do mês de setembro representa uma aceleração frente a alta de 0,22% registrada em agosto. Em julho, o indicador apontou estagnação (variação zero). O índice foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de compensação para comparar períodos diferentes). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Os economistas das instituições financeiras projetam para 2019 uma alta de 0,92% para o PIB do Brasil, após um avanço de 1,3% em 2017 e 1,1% em 2018. A previsão do governo é de um crescimento de 0,9%. Para 2020, a estimativa do mercado subiu para 2,08%, de acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central. O resultado oficial do PIB do 3º trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 3 de dezembro. No 1º trimestre, houve queda de 0,1% e, no 2º trimestre, alta de 0,4%.

Bahia.Ba

Sefaz envia à polícia e à PGE lista de empresas que sonegaram R$ 307 milhões

Sefaz envia à polícia e à PGE lista de empresas que sonegaram R$ 307 milhões - policia, economiaFoto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

A Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba) informou nesta quarta-feira, dia 13, em nota, que encaminha à Procuradoria Geral do Estado (PGE) e à Polícia Civil dados sobre 587 empresas baianas que declararam débito com o ICMS e não repassaram ao Fisco o imposto devido, em um total de R$ 307 milhões sonegados.

A falta de pagamento do imposto levou a Justiça baiana a condenar o empresário George Araújo Brandão de Sá, sócio da empresa Allimed Comércio de Material Médico Ltda, por crime de apropriação indébita tributária. Os dados sobre débitos declarados e não pagos por empresas de todo o estado foram levantados pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), vinculada à Sefaz-BA, e devem subsidiar ações de cobrança ou de instauração de inquérito policial.

As informações ainda podem ser enviados ao Ministério Público sob a forma de notícias-crime. A maior parte das empresas listadas na condição de omissas junto ao fisco está localizada na Região Metropolitana de Salvador: são ao todo 289. Outras 165 ficam na região norte e 133 na região sul.

Metro1

Banco do Brasil e Caixa perdem exclusividade no pagamento do abono e seguro-desemprego

O governo Bolsonaro derrubou a exclusividade do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal no pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial. Até então, os pagamentos eram privativos aos bancos oficiais. No entanto, a Medida Provisória 905/2019 – que criou o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo – também abriu os serviços aos bancos privados.

“Os pagamentos dos benefícios do Programa Seguro-Desemprego e do abono salarial serão realizados por meio de instituições financeiras, conforme regulamento editado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia”, afirma o texto da MP.

Entre outros pontos da medida provisória, estão a taxação do seguro-desemprego para bancar os custos da nova modalidade de contratação, o que significa, na prática, que os desempregados custearão o programa.

Babia.Ba

IAF alerta para empobrecimento da classe média com a Reforma Tributária

IAF alerta para empobrecimento da classe média com a Reforma Tributária - economiaFoto: Marcos Santos/ USP Imagens

O Instituto dos Auditores Fiscais do Estado da Bahia (IAF) alertou que as proposições da Reforma Tributária, especificamente a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45, sacrificarão, sobretudo, os cidadãos da classe média. Os serviços, hoje com alíquota máxima de 5%, passarão a ser tributados a 20, 25%, de modo que os serviços consumidos pela classe média terão alta significativa de preços, assim também como outras modalidades de expressão de riqueza, como os bens intangíveis e direitos em geral.

De acordo com Vladimir Morgado, diretor jurídico do IAF, com a implementação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), com alíquota estimada entre 20% e 25%, calibrada de forma que a União, Estados e Municípios não tenham perdas na arrecadação atual, componentes da classe média perderão o poder de compra.

“Muitas mercadorias atualmente isentas ou com alíquotas abaixo de 12% passarão com o novo imposto a ter carga tributária no mínimo dobrada ou triplicada. Todavia, o problema, novamente, vai cair no colo da classe média”, afirmou Morgado, ressaltando que a política liberal que retornou com toda a força no mundo inteiro pode trazer como consequência o empobrecimento da classe média no Brasil, ainda que tenha a intenção de incentivar o empreendedorismo, captar novos empregos e incrementar a renda. (mais…)