STF decide que União pode bloquear repasses a estados e municípios

Em sessão plenária desta quarta-feira (21), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a União pode bloquear repasses voluntários a estados e municípios caso eles não instituam e arrecadem tributos locais. A decisão foi unânime.

Já era previsto no artigo 11 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) a possibilidade dos bloqueios. No entanto, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi movida, com o argumento de que isso feriria a independência fiscal dos entes federativos. O relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, rejeitou a medida, alegando que os repasses obrigatórios não são abrangidos pela norma.

“O que se quer é evitar que aqueles municípios e estados que ignoram a responsabilidade fiscal recebam um bônus, que seriam as transferências voluntárias. É evitar que se faça cortesia com chapéu alheio”, disse Moraes, que foi acompanhado por todos os demais ministros, sem qualquer ressalva.

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UFRJ deve R$ 669 milhões a responsável por obras do Museu Nacional

UFRJ deve R$ 669 milhões a responsável por obras do Museu Nacional - brasilFoto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição à qual o Museu Nacional está vinculado, deve R$ 669 milhões para a empresa responsável pelas obras emergenciais do equipamento cultural.

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o valor corresponde à última parcela da reforma, que tem como propósito recuperar as instalações destruídas em um incêndio ocorrido em 2018.

Ainda segundo a publicação, a UFRJ confirmou a inadimplência, mas atribui a falta de pagamento pelo dato de o Ministério da Educação não ter repassado os recursos previstos para este fim.

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STF aprova proposta de orçamento para 2020 sem reajuste salarial para ministros

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma votação que durou pouco mais de um minuto, aprovaram o orçamento da Corte para o ano de 2020 em R$ 686,7 milhões, com redução de R$ 92 milhões em relação à 2019. A redução foi imposta pela Emenda do Teto dos Gastos Públicos. O orçamento não contempla reajuste salarial para os ministros. A votação ocorreu na tarde desta quarta-feira (14).

O texto foi encaminhado com antecedência para os ministros analisarem a proposta e avaliar os termos antes da sessão administrativa. Depois da reunião, os ministros deram início a sessão plenária. “A sessão jurisdicional podia ser igual (à administrativa)”, comentou o ministro Alexandre de Moraes, ao final da sessão relâmpago, em referência aos longos debates nas sessões plenárias transmitidas pela TV Justiça.

O STF foi criticado nos últimos meses por firmar um contrato de R$ 481,7 mil para refeições que incluem lagostas e vinhos a serem servidas a autoridades. Toffoli ainda autorizou a abertura de licitação para trocar as cortinas da sede do STF, por R$ 1,8 milhões. Ele quer instalar cortinas motorizadas acionadas por controle remoto. Os ministros do STF, no final de 2018, tiveram um reajuste salarial de 16,38%, o que provocou o chamado efeito cascata. Com isso, os vencimentos foram elevados de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, com a restrição do pagamento do auxílio-moradia.

Bahia Noticias

TRF2 aceita denúncia sobre tortura e estupro no período militar

TRF2 aceita denúncia sobre tortura e estupro no período militar - brasilFoto: Vladimir Platonow/ Agência Brasil

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu acatar a denúncia de tortura e estupro de uma presa política durante o período militar no Brasil. A decisão foi tomada pela 1ª Turma do tribunal, por dois votos favoráveis – dos desembargadores Gustavo Arruda e Simone Schreiber – e um contrário, do relator, desembargador Paulo Espírito Santo.

O resultado tornou réu o sargento reformado do Exército Antônio Waneir Pinheiro de Lima, conhecido como Camarão, acusado de cometer sequestro, cárcere privado e estupro de Inês Etienne Romeu, na chamada Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), durante o regime militar.

O Ministério Público Federal (MPF) se opôs ao entendimento da Justiça Federal em Petrópolis de que o suposto crime foi alcançado pela Lei da Anistia de 1979 e que a possibilidade de punir o militar se extinguiu, pois os crimes estariam prescritos desde 1983. (mais…)