Em concordância e defesa do despacho do Ministério da Saúde que defende a abolição do uso do termo “violência obstétrica” em políticas públicas e normas, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) considera a expressão inadequada, e, segundo o corregedor do Conselho, José Abelardo Meneses, “uma jogada intencional dos governos anteriores de desprestigiar os médicos”.
Atualmente o termo “violência obstétrica” é utilizado para definir casos de violência física ou psicológica praticados contra gestantes na hora do parto. Segundo o próprio Ministério da Saúde em campanha a fim do esclarecimento sobre o tema, veiculada em 2017, a definição era daquela que ocorre na gestação ou parto, podendo ser “física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, além de negligência, discriminação e/ou condutas excessivas ou desnecessárias ou desaconselhadas, muitas vezes prejudiciais e sem embasamento em evidências científicas”.
No entanto, para o Cremeb, “o termo é inadequado, e foi criado nos governos anteriores com a finalidade, supõe-se, de afastamento do médico do atendimento em algumas áreas do atendimento a saúde”, conforme disse Meneses. (mais…)


Foto: Marcelo Camargo/ Ag. Brasil