ARTIGO: A história viva morre aos poucos

ARTIGO: A história viva morre aos poucos - artigosFoto: Pixabay

*Por José Carlos Pereira

No ano passado tivemos a quase destruição do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Até setembro de 2018, era um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas. E, na semana passada, assistimos à destruição de boa parte da catedral de Notre-Dame, um dos símbolos de Paris, capital francesa, e o monumento histórico mais visitado da Europa. Lembremos também da quantidade de museus, bibliotecas dos países em guerra que são destruídos por bombas ou saques. A história viva morre aos poucos.

Temos muitas leis, decretos e resoluções que garantem a segurança e proteção. Exemplo é a Resolução 2347, adotada pelo Conselho de Segurança da ONU, que protege o patrimônio cultural. No Brasil, desde 1937, existe o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cidadania que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. O Iphan tem como objetivo proteger e promover os bens culturais do País para as gerações presentes e futuras. Será que não estamos apenas “contando” a história e esquecendo de criar nos estudantes o desejo de conhecer para amar os tempos que nos antecederam?

Não somos frutos apenas do hoje, temos uma bagagem cultural, política, econômica e religiosa que nos acompanha durante séculos. O futuro depende do presente e do passado; se destruímos nossos monumentos, cometemos um “pecado social” contra às gerações futuras. (mais…)

ARTIGO: O QUE É ESTUPRO VIRTUAL?

ARTIGO: O QUE É ESTUPRO VIRTUAL? - destaque, artigosFoto: Bruno Fortuna/ Fotos Públicas

Tanto no mundo real quanto no “mundo virtual”, a dignidade sexual da pessoa humana deve ser respeitada. Também por isso, a partir do surgimento da Lei nº 12.015/2009, ampliou-se bastante o universo de situações que podem ser consideradas estupro, e, pouco a pouco, o meio jurídico vem reconhecendo a possibilidade de ocorrência do chamado ‘estupro virtual’.

De um modo geral, no crime de estupro, o agressor objetivando satisfazer seus desejos sexuais, por meio de violência ou grave ameaça, subjuga a vítima, tolhendo-lhe a sua possibilidade de escolha, ferindo a sua liberdade sexual. Todavia, no que tange ao estupro virtual, a novidade é que se passou a considerar possível a prática do crime de estupro mesmo à distância, ou seja, pela internet, e sem nenhum contato físico entre o agressor e a vítima.

Assim, a dinâmica do crime de estupro virtual tem sido considerada da seguinte maneira: por meio da internet (e-mail, chats, skype, whatsApp, redes sociais), um sujeito (do sexo masculino ou feminino), constrange outra pessoa, mediante grave ameaça (chantagem), a praticar ou permitir que com ela se pratique ato libidinoso (a vítima vê-se forçada a praticar masturbação em frente a webcam, a fotografar-se nua, entre outros atos ditados pela lascívia do agressor). (mais…)

ARTIGO: A Idolatria Politica x Dignidade humana

ARTIGO: A Idolatria Politica x Dignidade humana - artigosFoto: Nelson Jr./ ASICS/ TSE

*Por Francisco Araújo

É sempre muito difícil escrever sobre política, futebol, música ou religião. Ambos os temas, são para mim, assuntos sempre polêmicos. Desde que eu era adolescente, lembro-me de ver, toda a cidade envolvida, com euforia e fanatismo, na questão política. Sempre achei legal e me empolgava por aquele partido que diziam que era para eu “torcer”.

 

Porém, comecei a ver a coisa de forma mais profunda, escutando os discursos dos candidatos, entendendo a questão partidária, analisando as propostas, participando de algumas atividades e, com isso, podendo enxergar o outro lado. O lado que os eleitores, tão apaixonados, não veem. O total desapego e desprezo dos políticos para com os eleitores. (mais…)

MOTORISTA ALCOOLIZADO QUE PROVOCA MORTE NO TRÂNSITO. QUAL A PUNIÇÃO ADEQUADA?

MOTORISTA ALCOOLIZADO QUE PROVOCA MORTE NO TRÂNSITO. QUAL A PUNIÇÃO ADEQUADA? - destaque, artigosFoto: Pixabay

O comportamento do brasileiro no trânsito encontra-se longe do recomendável. O número de motoristas que dirigem alcoolizados, inclusive em pequenas cidades, provocando a morte alheia e destruindo famílias, tem aumentado ano após ano. Infelizmente, a lei, bastante atabalhoada em relação a esses crimes, produz uma fraca resposta punitiva por parte do Estado, favorecendo, em muitos casos, a impunidade.

No Brasil, ultimamente, há mais mortes no trânsito do que em guerras pelo mundo. Ostentamos o desonroso 5º lugar entre os países recordistas de morte no trânsito, registrando, num intervalo de 5 anos, mais de 200 mil mortes. Levantamento do Observatório de Segurança Viária aponta que são 3.500 mortes por mês, ou seja, 5 mortes por hora, ou ainda, 1 morte a cada 12 minutos no nosso trânsito.

Mas, como punir esses condutores embriagados que matam? Durante bastante tempo não houve consenso por parte da comunidade jurídica a esse respeito. Às vezes, entendia-se que o motorista nessa situação agia sem a intenção de matar, devendo responder por homicídio culposo (com pena leve); outras vezes, entendia-se que o indivíduo que bebe e dirige, levando outro à morte, teria assumido o risco de matar, e deveria ser responsabilizando pela prática de homicídio doloso (com pena mais dura).

Esse “vai-e-vem” da interpretação das normas sempre foi um “prato cheio” para decisões judiciais que, muitas vezes, não faziam justiça aos casos concretos. Contudo, o surgimento da Lei nº 13.546/2017, vigente desde abril de 2018, pode ajudar e muito na escolha do tratamento jurídico que se deve dar aos casos de embriaguez ao volante com resultado morte.

Desse modo, diante de nossas leis atuais, teremos dois tipos de situações quanto aos casos de morte no trânsito decorrentes de motoristas alcoolizados ao volante: (mais…)

Artigo: Família e escola: uma parceria fundamental

Artigo: Família e escola: uma parceria fundamental - educacao, brasil, artigosCrédito: Pixabay

Muito se fala sobre a importância de duas instituições pilares da sociedade, a família e a escola. Porém, precisamos cada vez mais pensar em como essas esferas podem se articular de maneira efetiva em prol do desenvolvimento das crianças.

Há por vezes uma transferência da educação, que seria papel da família, à escola. E muitas vezes a escola reclama da falta de participação das famílias na vida escolar dos alunos e se vê sobrecarregada, pois além de conteúdos das mais diversas disciplinas, se vê obrigada a ensinar às crianças valores básicos como respeito, honestidade, responsabilidade, entre outros.

A questão é que não podemos ficar em um jogo de culpados e de transferência de atribuições, mas se faz necessário buscarmos parceria e integração. A escola como lugar sistematizado de construção de conhecimento deve buscar cada vez mais planejar ações e estratégias para envolver as famílias no processo educativo. Não basta somente chamar os pais para reclamar dos alunos, ou para entregar boletins, mas talvez seja interessante convidá-los para feiras, exposições, cafés filosóficos ou poéticos e também investir na formação das famílias, pois muitas se encontram confusas e perdidas frente aos desafios que a sociedade moderna as impõe. É importante a escola promover palestras e formações sobre a questão dos limites na formação da cidadania, uso indevido de drogas, bullying, uso responsável de redes sociais, depressão, enfim tantos temas que pela troca de experiência entre escola e família podem ser melhor esclarecidos, prevenidos e trabalhados com nossas crianças e adolescentes. (mais…)