Nesta segunda-feira, dia 21, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que reconhece duas regiões separatistas da Ucrânia, Luhansk e Donetsk, como independentes, em mais um passo que ajuda a incendiar a crise naquela parte do leste europeu. Em uma dura mensagem recheada de argumentos históricos, ele alegou que as terras ancestrais do leste ucraniano são russas. Disse ainda que a Ucrânia moderna é uma invenção da União Soviética. De acordo com ele, “A Ucrânia é parte integrante da nossa história”.
“Acho necessário tomar uma decisão que deveria ter sido tomada há muito tempo – reconhecer imediatamente a independência e a soberania da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk”, discursou, antes de assinar dois documentos.
O líder russo afirmou que a Ucrânia não foi capaz de formar um estado sólido desde o fim da URSS e, por isso, depende de países estrangeiros como os EUA. Segundo ele, o governo ucraniano é um regime fantoche dos americanos e está buscando criar armas nucleares. Putin se queixou de que, quando a URSS se desintegrou, houve a promessa de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pararia de se expandir, mas isso não ocorreu. E que, fazendo parte da Otan, a Ucrânia servirá de base de ataques contra a Rússia. O vizinho vem sendo inundado de armas estrangeiras, alegou.
Na semana passada, o Parlamento russo aprovou um pedido para que o presidente reconhecesse as autodeclaradas repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse logo após o anúncio de Putin que conversou com o presidente dos EUA, Joe Biden. Zelenskiy twittou que também planejava falar com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e que estava iniciando uma reunião de seu conselho de segurança e defesa nacional.
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