Minutos após o anúncio da exoneração do ministro do Meio Ambiente, o deputado Célio Studart (PV-CE) escreveu no Twitter: “O ministro Ricardo Salles vai embora tarde! Finalmente sai de cena um dos maiores inimigos do meio ambiente e dos animais! Sua gestão foi um verdadeiro desastre para o país, além de ter causado grandes danos à imagem do Brasil no exterior.”
Integrante titular da Comissão de Meio Ambiente da Câmara (CMADS), Célio defendia a saída do agora ex-ministro desde o primeiro ano da gestão Bolsonaro. Em novembro de 2019, protocolou o primeiro pedido de impeachment junto com o então presidente da CMADS, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), por crime de responsabilidade.
Na ocasião, Salles desrespeitou prazo constitucional para apresentar respostas a requerimento de informação apresentado por Célio Studart. Diante disso, os parlamentares pediram ao procurador-geral da República a apresentação de denúncia ao STF para abertura de processo de impeachment.
Em maio de 2020, o parlamentar apresentou um novo pedido de impeachment após a divulgação da íntegra dos vídeos de reunião ministerial na qual Salles sugeriu que o governo deveria aproveitar a atenção da imprensa na pandemia do novo coronavírus para aprovar “reformas infralegais de desregulamentação e simplificação” na área do meio ambiente e “ir passando a boiada.
Nas ocasiões em que Salles esteve em audiências públicas na CMADS, Célio o questionou duramente sobre temas como desmatamento em alta, conflito com parceiros internacionais envolvendo o Fundo Amazônia e políticas públicas relacionadas aos animais.
“Apesar da notícia de Salles agradar, é importante frisar que o novo ministro, que anteriormente era conselheiro de entidade ruralista, não vai continuar passando a boiada. Vamos continuar alertas e passando pente fino em todas as ações do MMA”, finaliza Studart.
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