Jean Wyllys, ex-deputado do PSOL, falou sobre o episódio da briga com Jair Bolsonaro e seus filhos em 2016, durante o processo de impeachment de Dilma Roussef (PT) na Câmara dos Deputados. Entrevistado do Conversa com Bial exibido na quinta-feira (11), o baiano que desistiu de ser deputado mesmo após a reeleição, por “medo de retaliação”, admite que tem “orgulho” da cusparada dada em Bolsonaro.
“Não me arrependo de nada. Tenho orgulho e tem uma explicação para isso. Vivíamos um momento tenso no país. Antes de mim, por ordem alfabética, votou Jair Bolsonaro e ele elogiou um torturador. Para completar, eu proferi meu voto e quando voltei ele disse ‘queima rosca’, como se fosse um garoto”, lembra Wyllys. O psolista deixou o Brasil após as eleições por, segundo ele, receber ameças de morte.
Wyllys contou a Pedro Bial que pretende estudar em Berlim (Alemanha), sobre o poder do discurso de ódio sobre as pessoas. O professor afirmou que Bolsonaro ainda antes do início de seu primeiro mandato nunca o tratou como “adversário”, e sim como “inimigo”. “Uma das razões de eu ter deixado o mandato foi que eu teria quatro anos de um mandato reativo, não seria propositivo. O presidente nunca me tratou como adversário, me tratou como inimigo”.
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