Formado em Administração de empresas e diretor executivo da TV Bahia desde 2012, João Gomes começou a carreira na área de telecomunicação, na antiga Telebahia. De lá foi convidado para integrar o time da afiliada da Rede Globo para montar a estrutura do escritório em São Paulo, onde ficou por dois anos.
Em seguida, assumiu o marketing da TV e todas as empresas do grupo, que incluem jornal, rádios e o portal iBahia. Após nove meses de passagem pela Braskem, voltou para a TV Bahia e assumiu o atual cargo. De lá para cá, entendeu que o seu maior desafio, enquanto gestor, é não perder relevância diante da população, mesmo com um quadro em que a audiência derrapa e fica em segundo lugar, especialmente no horário do almoço.
“Se eu retrato um caso de violência, não faço isso extenuando a situação daquela pessoa. Faço isso acompanhando os desdobramentos daquele caso. Não vamos trazer para o palco a violência, mas a violência é uma realidade social, tem que estar presente, pois faz parte. Porém, entrevistar o bandido não traz relevância para o telespectador, para a sociedade e nem para a solução do problema. Entrevistar muitas vezes o delegado que faz parte da operação e ficar muito tempo ali não é o ideal. A ideia é saber qual a história por trás, o que pode ser feito para mudar aquela situação. É como falar sobre o tema”.
No papo, Gomes confessou não ter problema em admitir as derrotas no Ibope, mas reafirmou sua predominância no primeiro lugar, com 66% dos minutos em 2018. Disse estar satisfeito com o trabalho de Jéssica Senra e pontuou que consumir televisão é uma questão de hábito. Logo, trazer Zé Eduardo, que comanda o “Balanço Geral”, seu principal concorrente, nunca foi uma opção.
“Em nenhum momento, porque não é por números de audiência que escolhemos alguém para trabalhar com a gente. É pela proposta. O conteúdo tem que estar ligado com aquilo que nos comprometemos a entregar. Agora nós temos muito mais perdas no horário do almoço do que vitórias. Mas como já disse outras vezes: celebro mesmo perdendo nos números se sairmos com a consciência de um bom trabalho de entrega para o telespectador”, reafirmou.
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