Armandinho fez duras críticas ao formato atual do Carnaval baiano e lamentou a ausência de grandes nomes da música do estado nos circuitos Dodô (Barra-Ondina) e Osmar (Campo Grande).
“Era pra gente sair 18h, passaram a gente pra trás porque a gente não tem lugar oficial no Carnaval. Botaram a gente pra sair 20h30, 21h. Não é o nosso horário. Eles tiraram o lugar oficial dos trios independentes, acabou com o Tapajós, não teve mais horário nobre, acabaram com os trios independentes que traziam pra cá Moraes Moreira, Baby do Brasil, Pepeu [Gomes]…”, reclamou Armandinho neste domingo (3), pouco antes de se apresentar com seu trio no circuito Barra-Ondina, com saída marcada para 20h.
Segundo ele, isso ocorreu após a criação de blocos sem cordas com nomes que fazem sucesso atualmente, uma resposta ao movimento que cobrava o fim dos blocos de Carnaval em Salvador. “Isso se acabou porque os espaços da rua estão na mão de empresário. Empresário quer vender abadá, quer vender patrocínio? Contrata os artistas de nome que estão fazendo sucesso. O povo está indo atrás dos ídolos dele. Mas no Carnaval, tem que fazer como Pernambuco e Rio de Janeiro fazem: vender a cultura da gente. Rio de Janeiro é sambódromo, Pernambuco é frevo, é maracatu, e prevalece isso. Virou lei. Tem que fazer assim, não adianta fazer de outro jeito”, sugeriu. (mais…)