Por Eliane Kay – farmacêutica-bioquímica
A Rússia e a Ucrânia estão, geograficamente, muito distantes do Brasil. Mas a guerra em curso entre os dois países tem afetado o preço do pão nosso de cada dia. Isso se deve ao fato de que a produção brasileira de trigo é insuficiente para atender às necessidades do consumo interno. Dessa forma, precisamos importar cerca de 40% de nossas necessidades – algo em torno de 5 milhões de toneladas por ano. A Rússia concentra 30% das exportações do cereal.
O boicote mundial aos produtos russos elevou o preço do trigo e aumentou a disputa pelo produto de outros países para suprir a necessidade global. Com isso, o Brasil depende de importação (no caso do Brasil, especialmente de parceiros do Mercosul, como a Argentina, e o Canadá) e sofre com a inflação do cultivo. Na lógica mercadológica, a alta demanda e a baixa oferta de trigo afetam, nas gôndolas, o preço dos derivados – inclusive do pão.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra de trigo atingiu 6,35 toneladas, em 2020. A expectativa para este ano é atingir 7 milhões de toneladas. A demanda interna é estimada em 12 milhões de toneladas. (mais…)


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