Na sociedade colonial escravocrata brasileira, os poucos negros que conseguiam fugir, formavam comunidades denominadas Quilombos que não eram apenas esconderijos de escravos, mas territórios de resistência onde eles tinham liberdade para expressar seus sentimentos, sua crença, podiam cantar, dançar, plantar e colher. Atualmente os remanescentes quilombolas lutam cotidianamente pela preservação da sua comunidade, da sua história, por dignidade humana e pelos Direitos que lhe são assegurados.
“É urgente e necessário que a população remanescente dos Quilombos seja reconhecida, que a sua história seja transmitida para as gerações posteriores, que as suas tradições e costumes sejam preservados e a sua história de luta e de resistência seja difundida, sobretudo nas escolas, pois, a invisibilidade e o menosprezo para com o povo negro que com suor e sangue doou-se na construção desta nação, gera o racismo e o preconceito que infelizmente ainda assolam a nossa nação”, disse a poeta e professora Maria do Carmo.
Em visita a Ilha de Boipeba, que integra o município de Cairu-BA, por ocasião da realização da 1ª Feira Literária (FLIPEBA), Maria do Carmo teve a oportunidade de visitar a Comunidade Quilombola de Monte Alegre, reconhecida e contemplada com este certificado pela FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES, onde segundo informações de moradores, vivem cerca de 32 famílias e 300 habitantes, ligados por laços de parentesco.

Foto: Maria do Carmo/ Tribuna do Recôncavo