Por Wellington das Mercês
Desde o Brasil – Colônia, coube às irmandades religiosas e posteriormente, aos senhores de engenho, a formação das bandas de fazendas. Com a finalidade de manter as tradições portuguesas por aqui, os músicos que tocavam para as entidades religiosas buscavam o aprendizado musical ou mesmo aprender a ler e em troca de alimentação; já com os fazendeiros, a relação continuava escravagista, sendo que o valor de mercado aumentava. Deve-se mencionar que ainda no período colonial esses grupos musicais eram conhecidas como bandas de barbeiros, também.
A partir do século XVIII, cresce o número de bandas oriundas de fazendeiros tornando-se um costume, como forma de aferir poder e riqueza através dessas formações musicais. A banda era oferecida em diversas ocasiões: festas religiosas, festas cívicas, leilões, rifas, campanhas políticas, saudações a personagens ilustres, enterros, carnaval, como outras diversas funções. A presença da banda em centros urbanos era sinal de prestígio e força do seu dono. Posteriormente, passaram a cobrar por tocatas.
Com o advento da república no Brasil e a diminuição das bandas de fazenda, começaram a surgir no início do século XIX, as primeiras filarmônicas, em formato de sociedades civis, tendo como mantenedores fazendeiros, comerciantes, pessoas da comunidade. (mais…)