A pandemia afetou a vida das pessoas de uma forma geral, mas para as mulheres o impacto do excesso de funções, que já era realidade, se intensificou. A necessidade de conciliar as funções de trabalho com as tarefas domésticas numa realidade desafiadora como ter crianças sem escola, afastamento de redes de apoio, preocupação com saúde, finanças, combinados ao pouco tempo para os cuidados pessoais, podem desencadear problemas de ansiedade que precisam ser um ponto de atenção na saúde mental das mulheres.
Para a professora do curso de Psicologia da AGES, Catiele Reis, a carga de trabalho das mulheres já era grande e piorou, e como a pandemia já é naturalmente desencadeadora de processos de ansiedade e depressão, nas mulheres esses sintomas, segundo estudos, estão mais elevados. A professora alerta para alguns sintomas que as mulheres podem observar no seu comportamento e, caso necessário, devem procurar acompanhamento psicológico: falta de disposição para fazer os afazeres do dia a dia, irritabilidade constante, sensação de frustração e vontade de chorar frequentemente.
“A terapia vai ajudar na redução dos sintomas de ansiedade, no aumento da capacidade de enfrentamento dos problemas, ressignificação do momento atual e do seu papel frente a si mesmo e aos outros e a no desenvolvimento de mecanismos mais funcionas de adaptação perante a situações de dificuldade”, destaca a professora.