“Temos que respeitar a vontade popular”, diz Bolsonaro sobre armas

“Temos que respeitar a vontade popular”, diz Bolsonaro sobre armas - politicaFoto: Isac Nóbrega/ PR

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira (10), em Curitiba, o Decreto nº 9.785/2019, que regulamentou regras para aquisição, cadastro, registro, posse, porte e comercialização de armas de fogo no país. Entre as novidades, a medida amplia a diversidade de calibres de armas de uso permitido, incluindo semiautomáticas; aumenta a quantidade de compra de munições para armas de uso permitido (5 mil unidades por ano) e para armas de uso restrito (1 mil unidades por ano). A norma também estende para 11 categorias, como jornalistas e deputados, o direito ao porte de armamento.

O presidente fez referência ao referendo popular de 2005, que rejeitou o fim do comércio de armas de fogo e munição no país, por 63,9% contra 36,06% dos votos, para defender que seu decreto respeita a vontade popular. “Tive a honra de assinar um decreto mais amplo, no limite da lei. Não como uma política pública, mas como direito individual do cidadão à legítima defesa. Afinal de contas, nós temos que respeitar a vontade popular. Em 2005 o povo decidiu pela compra, posse e, em alguns casos, porte de arma de fogo”, disse o presidente durante o discurso na inauguração do Centro de Inteligência de Segurança da Região Sul.

O decreto tem sido alvo de controvérsia desde que foi assinado, na última terça-feira (07). Pareceres técnicos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal sugerem inconstitucionalidades em alguns pontos da medida. Uma ação contra o decreto foi protocolada pelo partido Rede Sustentabilidade no Supremo Tribunal Federal e a ministra Rosa Weber, relatora do processo, deu cinco dias de prazo para que o presidente da República esclareça pontos da norma. (mais…)

Câmara e Senado questionam legalidade de decreto sobre armamento

Câmara e Senado questionam legalidade de decreto sobre armamento - politicaFoto: Carolina Antunes/ PR

O decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) que ampliou o porte de armas no Brasil abriu uma crise envolvendo o Planalto e o Congresso Nacional por conta de uma possível inconstitucionalidade no texto. Nesta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que a Casa legislativa tem poder de derrubar a determinação de Bolsonaro por conta de uma afronta à Constituição Federal.

Membros do Senado também se manifestaram com pareceres que apontam que o decreto extrapola e distorce o Estatuto do Desarmamento. Questionado sobre o tema, Bolsonaro afirmou que a palavra final sobre a manutenção ou não do decreto é o Congresso.

“Não tem que negociar. Se é inconstitucional, tem que deixar de existir. Quem vai dar a palavra final vai ser o plenário da Câmara. Ou a Justiça”, declarou. Segundo os documentos feitos pela Câmara e pelo Senado, o ato extrapolou seu poder regulamentar ao estabelecer uma presunção absoluta de que todas as 20 categorias listadas cumprem requisito básico para andarem armadas.

Metro1

Isidório encena ataque na Câmara em protesto contra decreto de Bolsonaro

Isidório encena ataque na Câmara em protesto contra decreto de Bolsonaro - politicaFoto: Reprodução/ Redes Sociais

O deputado federal baiano Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) encenou um ataque na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (09), em protesto contra o decreto de Bolsonaro que facilita o porte de armas para várias categorias, incluindo políticos. Com uma arma de brinquedo em punho, ele deitou ao chão, ao lado de um assessor, e começou a falar sobre os possíveis efeitos decreto.

“O que será da nossa nação? Essa nação que queremos? Porque não somos os EUA, somos brasileiros. Imaginem o inferno que será essa nação com todos os políticos armados. Imaginem a discussão da reforma da Previdência. Se chamando o ministro de ‘tchuchuca’ terminou naquele jeito, imagina terminando na bala”, criticou o deputado, em vídeo registrado pela imprensa.

Isidório declarou apoio a Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição, mas depois do pleito chegou a declarar que apoiaria “tudo que fosse bom” do governo Bolsonaro e fez ressalvas a alguns posicionamentos do presidente em relação a armamento e força policial.

Metro1

SAJ: Vereador critica Rui Costa pela postura em relação a greve dos professores universitários

O vereador Uberdan Cardosos (PT), critica o governador Rui Costa por cortar o pagamento dos professores das universidades estaduais (Uneb, Uesc, Uefs e Uesb), que estão em greve. Durante a sessão na câmara, o vereador declarou ser contra também a postura do governo federal em reduzir recursos para as universidades do país.

“O fato de ser governador do PT não vou coadunar com isso, pelo contrário. Todos estão equivocados”, disse. O governador Rui Costa mandou cortar o ponto de todos os trabalhadores grevistas no final de abril.

Mas, foi obrigado pela justiça a efetuar o pagamento do salário para os professores, bem como eventuais meses subsequentes, em valores devidamente corrigidos e atualizados. O desembargador Jatahy Fonseca determinou prazo de 72 horas para o governador.

Blog do Valente

Bolsonaro assina decreto que facilita uso de armas e munições

Bolsonaro assina decreto que facilita uso de armas e munições - politicaFoto: Marcos Corrêa/ PR

O presidente Jair Bolsonaro assinou na tarde desta terça-feira (07), um decreto que flexibiliza as regras para registro, posse, porte e comercialização de armas de fogo e munições a colecionadores, atiradores esportivos e caçadores.

O texto deve ser publicado no Diário Oficial da União nesta quarta. O decreto ainda dá permissão para o proprietário rural com posse de arma de fogo utilizar a arma em todo o perímetro da propriedade rural e permite a compra de até mil cartuchos por ano – antes o limite era 50. Além disso, praças das Forças Armadas com dez anos ou mais de experiência terão direito ao porte de arma.

“O nosso decreto não é um projeto de segurança pública. É, no nosso entendimento, algo mais importante. É um direito individual daquele que, porventura, queira ter uma arma de fogo, buscar a posse, que seja direito dele, respeitando alguns requisitos”, declarou.

Bahia.Ba

Justiça eleitoral da Turquia anula eleição em Istambul

Justiça eleitoral da Turquia anula eleição em Istambul - politica, mundoFoto: Pixabay

A Justiça Eleitoral da Turquia anulou nesta segunda-feira (06/05), a eleição municipal de Istambul, que no final de março marcou uma contundente derrota para o presidente Recep Tayyip Erdogan  e encerrou um ciclo de mais de 20 anos de hegemonia do grupo político do mandatário na administração da cidade.  Segundo a agência de notícias estatal Anadolu, a Justiça Eleitoral determinou ainda a realização de um novo pleito na cidade, a maior da Turquia.

A decisão atendeu a um pedido da legenda de Erdogan, o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), que havia apontado supostas irregularidades no pleito vencido pelo oposicionista Ekrem Imamoglu. A eleição municipal ocorreu em 31 de março. Na ocasião, o opositor Partido Republicano do Povo (CHP) conseguiu desbancar o candidato de Erdogan por uma diferença de 0,16% – menos de 14 mil votos.

Não foi a única derrota de Erdogan, que formou sua base política em Istambul após governar a cidade nos anos 1990. Seu partido também perdeu em Ancara, a capital do país, e falhou em desbancar a oposição do controle de Izmir, a terceira maior cidade da Turquia. Segundo a Anadolu, 7 dos 11 membros do Conselho Superior Eleitoral da Turquia votaram a favor de uma nova eleição em Istambul. (mais…)